12 Abril, 2016
O mediático caso dos Panama Papers pode ajudar a devolver um quadro do pintor italiano Amedeo Modigliani à família do dono a quem foi roubado, durante a 2ª Guerra Mundial, pelo regime nazi.
ESCÂNDALO PANAMA PAPERS
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A Justiça suíça apreendeu a obra avaliada emmais de 21 milhões de euros, numa decisão relacionada com a disputa quanto à sua propriedade.
O quadro “Homem sentado apoiado numa bengala”, pintado por Amedeo Modigliani, terá sido roubado a Oscar Stettiner, um coleccionador de arte judeu, durante a 2ª Guerra Mundial, por elementos do regime nazi.
Em 1996, foi adquirido, num leilão em Londres, pela companhia offshore International Art Center (IAC), que foi criada pelo escritório de advogados panamenho Mossack Fonsseca.
Os Panama Papers revelam que esta IAC pertencerá a David Nahmad, também coleccionador de arte judeu que tem uma colecção de quase cinco mil peças, incluindo 300 quadros de Picasso, armazenadas nos portos francos de Genebra – os portos francos são zonas isentas de impostos.
A família Nahmad tem alegado que o quadro de Modigliani não é da sua propriedade, mas da IAC. Argumento que usou em tribunal no processo que o agricultor francês Philippe Maestracci, neto de Oscar Stettiner, moveu, em 2011, com o intuito de recuperar a obra.
O documentos do Panamá vêm contrariar esta versão, lenvando as autoridades suíças a apreender a obra e a abrir uma investigação.
Entretanto, David Nahmad veio dizer, conforme cita a BBC, que “não podia dormir à noite se soubesse que possuía um objecto roubado” pelos nazis.
Já o seu advogado, Richard Golub, sublinha que o mais importante é saber se o neto de Oscar Stettiner pode provar a propriedade do quadro.
SV, ZAP
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