José Sócrates garante que não se encontrou com Carlos Santos Silva, num restaurante, em Lisboa, numa altura em que ambos estão impedidos de manterem contactos entre si por serem arguidos da Operação Marquês.
CASO JOSÉ SÓCRATES
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O Correio da Manhã noticia que os dois amigos terão jantado juntos, na última semana, no restaurante Solar dos Leitões, na zona de Benfica, em Lisboa, citando uma fonte e uma testemunha para suportar a informação e notando que o encontro teve ainda a presença de uma terceira pessoa.
Informação que é “falsa e completamente disparatada”, frisam os advogados de Sócrates num comunicado citado peloObservador. “Desde que está em liberdade, o sr. Eng.º José Sócrates nunca jantou nesse restaurante e nunca jantou com o seu amigo Eng.º Carlos Santos Silva”, refere-se no documento.
“Tamanha invenção só vem confirmar acampanha de ódio e de perseguição pessoal, o desprezo pela verdade e a falta de respeito com os seus leitores”, dizem ainda os advogados de Sócrates.
O ex-primeiro-ministro e Santos Silva são arguidos na Operação Marquês, por suspeitas de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais, e estão impedidos de contactar entre si, no âmbito das medidas de coacção que lhes foram aplicadas quando foram libertados com Termo de Identidade e Residência.
Sócrates defende Lula e fala em “vingança política” contra Dilma
Enquanto isso, Sócrates continua a criticar o facto de o Ministério Público ainda não ter deduzido qualquer acusação contra si.
Em entrevista à edição brasileira do jornal El País, ele diz que o Procurador responsável pelo seu caso “tem descumprido todos os prazos legais” e acusa os “encarregados de fazer justiça” de saltarem “todas as regras do direito processual”.
“A acusação de corrupção se transformou no instrumento jurídico para a destruição política“, diz ainda o ex-governante, notando que “o objectivo” era “impedir” a sua “candidatura à presidência” da República e “que o Partido Socialista não ganhasse as eleições, o que “conseguiram”, sublinha.
Sócrates também compara o seu caso ao de Lula da Silva, suspeito no âmbito das investigações da operação brasileira Lava Jato, e frisa na mesma entrevista que na situação do ex-presidente brasileiro houve igualmente “detenção abusiva e querem julgamentos populares sem possibilidade de defesa”.
“O que ocorre no Brasil é uma tentativa de destituição sem delito, sem fundamento constitucional”, diz, reforçando que “o impeachment de Dilma Rouseff é uma vingança política da direita, que não aceita a derrota nas urnas”.
Sócrates ainda nota que estão a tentar “impedir a candidatura de Lula à presidência de 2018″ e a “utilizar a Justiça para condicionar eleições”.
ZAP
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