A campanha de Maria de Belém para as últimas eleições presidências deixou dívidas no valor de 447 mil euros. As contas foram divulgadas esta quarta-feira pela Entidade das Contas e Financiamentos Políticos que funciona junto do Tribunal Constitucional.
Os números entregues a 6 de junho pela candidatura revelam que nessa data esta apenas tinha como ativo 11,77 euros de depósitos bancários e um passivo de 447.628 euros, quase tudo relativo a fornecedores.
Recorde-se que devido ao fraco resultado eleitoral, 4,24% dos votos, Maria de Belém não teve direito ao esperado subsídio público entregue aos candidatos com mais de 5% dos votos, numa falta de receita que desequilibrou completamente as contas.
Ao todo, a candidata gastou 541 mil euros, menos 17% do que tinha orçamentado, mas teve de receita apenas 90 mil euros em resultado de angariações de fundos. A previsão inicial da candidatura apontava para uma receita total de 895 mil euros.
A TSF contactou Maria de Belém que remeteu qualquer esclarecimento para o mandatário financeiro da candidatura.
As contas agora reveladas pela Entidade das Contas e Financiamentos Políticos revelam ainda que Sampaio da Nóvoa foi o candidato com mais despesas na tentativa de chegar a Belém: 924 mil euros. Seguem-se Edgar Silva (581 mil euros), Maria de Belém (541 mil euros) e Marisa Matias (303 mil euros).
Com despesas de 245 mil euros, Henrique Neto é outro candidato, além de Maria de Belém, que também apresenta um passivo elevado de 180 mil euros.
Quanto ao presidente eleito, Marcelo Rebelo de Sousa gastou apenas 179 mil euros, números que apenas ficam acima dos registados por candidatos muito menos votados: Paulo Morais, Cândido Ferreira, Vitorino Silva e Jorge Sequeira.
Entre estes candidatos menos votados, Paulo Morais é o único com um prejuízo de campanha elevado, com um passivo de 47 mil euros.
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