O
tempo de fidelização era uma das informações vendidas. Assim, as empresas
concorrentes podiam abordar os clientes para que mudassem de operador. Foram
detidas seis pessoas.
A
Polícia Judiciária (PJ) deteve esta quinta-feira, 23 de Junho, seis
colaboradores de empresas de telecomunicações pela alegada venda de dados de
clientes a empresas concorrentes. A actividade tinha lugar na Grande Lisboa e
Algarve.
"Não
obstante a protecção empresarial exercida sobre tais dados pessoais, os autores
acediam aos sistemas informáticos corporativos das empresas onde eram
trabalhadores, copiavam a informação pessoal de valor comercial para
estabelecimento de perfis de utilização, vendendo-os, seguidamente, a
terceiros, concorrentes na área de mercado em causa", explica a PJ em
comunicado.
Foram
apreendidos meios informáticos e listagens que permitiam a alegada actividade
criminosa no âmbito da operação Signal. Fonte da PJ explicou à agência Lusa que
a venda das listas com centenas de nomes de clientes podia render 1.500 euros.
O tempo de fidelização era um dos critérios transmitidos, permitindo às
empresas concorrentes abordar o cliente quando o seu contrato estivesse perto
de expirar.
Os
seis detidos – três homens e três mulheres com idades entre os 32 e os 60 anos
– vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Loures.
Fonte
da PJ explicou à agência Lusa que, por exemplo, a venda de uma lista de
"200, 300 ou 400 nomes" de clientes de uma destas empresas a
colaboradores de outra empresa concorrente neste mercado, poderia custar
"1.000 ou 1.500 euros", valor que era variável.
No
decorrer da operação denominada de "Signal", foram apreendidos os
meios informáticos e as listagens que davam suporte à alegada actividade
criminosa em curso.
Fonte:
NEGÓCIOS COM LUSA | 23 Junho 2016, 13:36
Comentário:
nada acontece por acaso, creio que todos temos a noção disso. Há uns dias a
esta parte, fui contactado via telemóvel por empresas de quem nunca subscrevi
qualquer serviço, a não ser da Vodafone sou cliente há bastante tempo.
O
que me deixou mais perplexo ainda, é que sabiam que os serviços contratados
estavam em via de terminar o prazo. Como foi possível? Quem passou os
meus|nossos dados para quem nem sequer conhecemos? Possivelmente, a notícia em
supra diz tudo.
Os
nossos dados pessoais, que são solicitados por todos e para tudo andam a ser
traficados. O deus do dinheiro impera neste mundo, não olhando a meios para
atingir os fins.
J. Carlos
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