Um golo de Ricardo Quaresma, perto do
final do prolongamento, garantiu a Portugal um lugar nos quartos de final do
Euro 2016 de futebol, no triunfo por 1-0 sobre a Croácia, num jogo em que teve
‘estrelinha'.
Depois do ‘nulo’ registado no tempo
regulamentar, Quaresma decidiu o duelo dos ‘oitavos' na recarga a uma defesa
incompleta de Subasic, aos 117 minutos, naquela que foi a única situação de
verdadeiro perigo que a seleção nacional criou em toda a partida.
Instantes antes, a Croácia tinha
acertado no poste da baliza de Rui Patrício e estava em ‘cima' de Portugal, que
nessa altura já tinha assumido o desejo de chegar às grandes penalidades,
quando o selecionador Fernando Santos juntou Danilo Pereira e William Carvalho
no meio, aos 108 minutos.
Em Lens, as duas equipas não conseguiram
fugir ao medo da eliminação e acabaram por realizar uma partida sem grandes
situações de perigo. Rui Patricio e Subasic foram praticamente espetadores com
lugar privilegiado no relvado.
O guarda-redes português não fez
qualquer defesa em toda a partida, enquanto o croata, na única vez que
interveio, parou com dificuldade um remate de Ronaldo, acabando a bola por
sobrar para Quaresma, no lance que decidiu o jogo.
Antes, mesmo sem acertar no alvo, a
Croácia acabou por ser a equipa que mais perto esteve de marcar e em quase
todas as situações pelo defesa Vida, que já nos segundos finais esteve perto de
levar a decisão para os penaltis.
Portugal foi praticamente inofensivo no
ataque (Cristiano Ronaldo esteve demasiado preso aos centrais), mas melhorou e
muito no funcionamento do seu meio campo, primeiro com a entrada de Adrien para
o ‘onze', mas sobretudo quando Renato Sanches foi lançado no arranque da
segunda parte, para o lugar de André Gomes, que mais uma vez foi a unidade em
mais baixo rendimento na equipa lusa.
Sanches, considerado pela UEFA o melhor
em campo, ‘obrigou' Fernando Santos a desistir do disfuncional 4-4-2 e mudar
para um 4-3-3, dando outra consistência e alegria ao jogo de Portugal. O médio
que vai transitar do Benfica para o Bayern foi também determinante no golo, na
forma rápida que transportou a bola mais de 30 metros até à área da Croácia.
Mesmo sem ‘poder de fogo', algo que terá
que solucionar com alguma urgência, a seleção nacional acabou por fazer,
principalmente durante a segunda parte, o seu melhor jogo no Euro2016 e, mesmo
com alguma ‘estrelinha', carimbou um lugar nos ‘quartos', em que vai encontrar
a Polónia, em Marselha.
Com apenas dois dias de descanso,
Fernando Santos foi obrigado a refrescar a equipa, fazendo não só entrar
Adrien, mas também Cedric, para o lugar de lateral direito, José Fonte, para o
centro da defesa (grande jogo do central do Southampton), e Raphael Guerreiro,
ao lado esquerdo da defesa, como previsto. De fora, ficaram Vieirinha, Ricardo
Carvalho, Eliseu e João Moutinho.
Desde de muito cedo se percebeu que
Croácia e Portugal entraram em campo sem autorização para arriscar, com a bola
a passar demasiado tempo a meio campo, numas fases mais nos pé dos croatas,
noutras nos portugueses.
Aos 25 minutos, Pepe atirou por cima em
boa posição e, aos 30, Perisic atirou às malhas laterais da baliza de Patrício,
nos dois únicos lances de registo na primeira parte., em que André Gomes acabou
por ser o mais ‘desastrado' em campo.
O médio do Valência, que não parece bem
fisicamente, ainda teve alguns minutos para convencer Fernando Santos no
arranque da segunda parte, mas o selecionador nacional perdeu a paciência logo
à primeira bola perdida e foi ‘obrigado' a colocar Renato Sanches.
A partir dai, Portugal passou a atuar
com João Mário e Nani bem abertos nas alas, e Ronaldo no meio, enquanto Sanches
e Adrien fecharam o meio, à frente de William.
Portugal melhorou, trocou bem melhor a
bola, mas, dentro do futebol temeroso das equipas, foi a Croácia que podia ter
marcado, primeiro por Brozovic e depois por Vida. Ambos falharam a baliza em
boa posição.
Depois de Nani ter sofrido uma grande
penalidade clara (mesmo em frente do árbitro de baliza), e com o passar dos
minutos, Portugal e Croácia fecharam ainda mais as suas linhas, praticamente
abdicando de colocar mais unidades na frente.
Durante o tempo regulamentar, destaque
ainda para a entrada de Quaresma, aos 87 minutos, para o lugar de João Mário.
No arranque do prolongamento, Kalinic
ainda assustou Rui Patrício, mas o jogo foi-se mantendo na mesma toada, sem
grandes aventuras por parte das duas equipas.
Com a entrada de Danilo e a saída de
Adrien, aos 108 minutos, Portugal deu mostras de querer levar a decisão para os
penaltis e a Croácia cresceu um pouco na partida. Vida, com a baliza aberta,
atirou por cima, e Perisic acertou no ‘ferro'.
Praticamente na jogada seguinte, com os
croatas subidos no terreno, Renato Sanches conduziu a bola mais de 30 metros,
deixou em Nani, que com um centro rasteiro assistiu Cristiano Ronaldo na área.
O ‘capitão’ da seleção nacional obrigou Subasic a grande defesa, mas, na
recarga, Quaresma só teve que encostar a confirmou o triunfo.
Fonte e Foto: Lusa
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J. Carlos
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