Os 50 mortos e 53 feridos no tiroteio em uma discoteca “gay”, em Orlando, que está a ser tratado como “ato de terrorismo”, é o pior da história dos EUA.
Trata-se do pior massacre realizado por um só atirador na história dos Estados Unidos da América, ultrapassando o tiroteio na Universidade da Virgínia Tech, em 2007, que resultou em com 32 mortos.
Considerando o número de mortos, a tragédia no bar gay Pulse Club só é menos significativo do que os acontecimentos de 11 de setembro de 2001, quando dois aviões se despenharam contra as Torres Gémeas de Nova Iorque, provocando a morte a 5996 pessoas.
O presumível atirador tinha duas armas de fogo, uma das quais uma pistola, e foi morto num confronto com os agentes policiais, referiu John Mina.
O massacre começou às 2h da manhã e terminou às 5h, com a morte do atirador, que foi identificado como Omar S. Mateen, cidadão norte-americano de origem afegã, nascido em 1986.
“Vamos determinar oficialmente se é um crime de ódio ou um incidente de terrorismo, ou mesmo se se trata de um crime violento, quando tivermos todos os factos”, disse à imprensa governador da Flórida, Rick Scott.
Atirador jurou lealdade a ‘jihadistas’
O FBI anunciou estar a investigar o massacre como um “ato de terrorismo” e que o suspeito poderá ter “uma inclinação” para o terrorismo islâmico.
Segundo a estação televisiva NBC, que cita fontes policiais, o atirador telefonou alguns instantes antes do crime para o número 911 para anunciar a sua lealdade ao líder do EI.
A CNN avança a mesma notícia, citando um responsável norte-americano que explicou que “o FBI de imediato acreditou tratar-se de um ataque islamita por causa dessa chamada telefónica” e porque eram já conhecidas do FBI as suas “simpatias islamitas”.
No entanto, segundo o pai do presumível atirador, “o tiroteio não tem nada a ver com religião“.
“Não tem nada a ver com religião”, disse Mir Seddique, pai de Omar Mateen, ao canal televisivo NBC.
Segundo Seddique, há algum tempo o jovem tinha ficado furioso ao ver dois homossexuais a beijarem-se no centro de Miami.
“Omar viu dois homens a beijarem-se em frente da sua mulher e do seu filho e ficou muito zangado“, referiu.
“Não sabíamos de nada. Estamos chocados como todo o país”, disse o pai de Omar Matten, identificado como cidadão norte-americano de origem afegã, com cerca de 20 anos.
Mir Seddique apresentou desculpas em nome da sua família pelo ato do filho.
As autoridades norte-americanas estão convencidas que “não há outra ameaça” relacionada com o tiroteio, como declarou um responsável da polícia federal, Ron Hopper.
ZAP / Lusa
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