A candidata democrata à Casa Branca
Hillary Clinton condenou hoje o papel da Arábia Saudita, do Kuwait e do Qatar
no financiamento mundial de ideologias extremistas, um dia após o atentado de
Orlando, nos Estados Unidos.
“É mais que tempo de os sauditas, os
qataris e os kuwaitianos e outros impedirem os seus cidadãos de financiarem
organizações extremistas”, declarou Hillary Clinton num discurso em Cleveland,
Ohio.
“É preciso que parem de apoiar as
escolas e as mesquitas radicais que conduziram demasiados jovens ao extremismo
no mundo”, acrescentou.
O autor do massacre ocorrido no domingo
em Orlando, Florida, Omar Mateen, é um cidadão norte-americano de origem afegã
que jurou lealdade ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) imediatamente antes
de cometer o crime, assassinando a tiro 49 pessoas e ferindo 53 num clube
noturno gay.
O massacre abalou a campanha
presidencial e Hillary Clinton dedicou um discurso já agendado a explicar o seu
plano de luta contra a ameaça ‘jihadista’, não só no estrangeiro, mas no
interior das fronteiras dos Estados Unidos.
“O terrorista de Orlando pode estar
morto, mas o vírus que envenenou a sua alma está bem vivo”, declarou numa
intervenção sóbria, sem música nem bandeirolas eleitorais, apenas com bandeiras
nacionais como decoração.
“A ameaça metastatiza-se, devemos ser
tão flexíveis e versáteis como os nossos inimigos. Enquanto Presidente, a
identificação e a detenção dos lobos solitários serão uma alta prioridade”,
sustentou.
A candidata reiterou igualmente o seu
apelo para um endurecimento da legislação sobre venda de armas com o objetivo
de impedir pessoas como Omar Mateen, que foi em tempos vigiado e interrogado
pelo FBI (polícia federal norte-americana), de livremente se abastecerem de
armas de fogo.
“Se forem considerados demasiado
perigosos para terem o direito de apanhar um avião, é porque são demasiado
perigosos para terem o direito de comprar uma arma de fogo nos Estados Unidos”,
defendeu.
Como em Dezembro passado, após os
atentados de Paris e de San Bernardino, na Califórnia, Hillary Clinton
declarou-se, por último, a favor da proibição das armas de assalto, as pistolas
ou espingardas semiautomáticas utilizadas pelos autores de tiroteios.
Fonte Lusa
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J. Carlos
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