O
Ministério Público Federal (MPF) confirmou, hoje, a denúncia contra o
ex-Presidente brasileiro Lula da Silva e outras seis pessoas por tentativa de
obstruir a Operação Lava Jato, que investiga um mega-esquema de corrupção.
Para
além do ex-chefe de Estado, a denúncia é contra o seu amigo José Carlos Bumlai,
o ex-senador Delcídio do Amaral, o banqueiro André Santos Esteves, o ex-assessor
de Delcídio, Diogo Ferreira Rodriguez, o advogado Edson Siqueira Ribeiro Filho,
e o filho de Bumlai, Maurício Barros Bumlai.
Segundo
um comunicado do MTP, todos "são acusados de agirem irregularmente para
atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato", que investiga um
esquema de corrupção envolvendo dezenas de políticos e várias empresas, entre
as quais a petrolífera estatal Petrobras.
Todos
os envolvidos são acusados de tentar impedir o ex-diretor da Área Internacional
da Petrobras Nestor Cerveró de assinar um acordo de delação premiada (prestação
de informações em troca de redução de pena) com os investigadores da Lava Jato.
O
caso já tinha sido denunciado pelo Procurador-Geral da República (PGR), Rodrigo
Janot, em dezembro.
Contudo,
como entretanto Delcídio do Amaral deixou de ter foro privilegiado ao perder o
cargo de senador, o caso foi enviado do Supremo Tribunal Federal (STF), onde
são investigados os políticos com foro privilegiado, para a Justiça Federal do
Distrito Federal.
Com
a mudança de instância na Justiça para Brasília, também determinada pelo facto
de o crime ter ocorrido na capital brasileira, o MPF foi acionado e precisou
confirmar a denúncia prévia do PGR.
"Além
de confirmar os elementos apresentados, o procurador da República Ivan Cláudio
Marx faz acréscimos à peça inicial, com o objetivo de ampliar a descrição dos
fatos e as provas que envolvem os acusados", lê-se num comunicado do MPF,
sem adiantar mais dados.
Fonte:
Lusa
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