O ator Camilo de Oliveira vai ser cremado, com uma missa de corpo presente na Basílica da Estrela. Depois de uma carreira de quase 75 anos, o ator morreu este sábado, aos 91 anos.
A cerimónia de cremação do ator Camilo de Oliveira, que faleceu no passado sábado, aos 91 anos, realiza-se esta quarta-feira, no cemitério do Alto de S. João, em Lisboa.
A missa de corpo presente tem início às 10h00, na Basílica da Estrela, seguindo-se o funeral para o cemitério do Alto de São João, em Lisboa.
O ator Camilo de Oliveira contava uma carreira de quase 75 anos, no teatro, na televisão e também no cinema, tendo-se destacado na comédia e no teatro de revista.
Camilo de Oliveira nasceu a 23 de Julho de 1924, em Buarcos, próximo da Figueira da Foz, curiosamente num camarote, durante uma digressão da Companhia de Teatro Rentini, onde atuavam os seus pais. Aos cinco anos subiu ao palco pela primeira vez, mas a estreia profissional deu-se quando tinha 15 anos.
O ator fez parte de diversas companhias e atuou em vários palcos, designadamente nos teatros ABC, Maria Vitória e Variedades, no Parque Mayer, em Lisboa, no extinto Monumental, também na capital, e no Sá da Bandeira, no Porto, entre outros.
Nestas décadas dedicadas ao riso, Camilo de Oliveira trabalhou muitas vezes em parceria, com atores como Ivone Silva, Io Appolloni, Aida Batista e Florbela Queiroz, Nuno Melo e António Feio, Heitor Lourenço, Maria Emília Correia ou Paula Marcelo, a sua última mulher, tendo criado personagens como Agostinho, o inspetor de alfândega, ou o Padre Pimentinha.
Com Ivone Silva protagonizou, aliás, um dos pares de maior sucesso da televisão, “Os Agostinhos”, no programa “Sabadabadú”, em 1981, na RTP, que mereceu uma Rosa de Prata no Festival de Montreux, em 1982.
Entre os seus sucessos, o ator realçava a comédia em dois atos “Um coronel”, de Jean-Jacques Bricaire e Maurice Lasaygues, no Teatro Variedades, em Lisboa, em que contracenou com Alina Vaz, Francisco Nicholson, António Feio, Paula Marcelo, entre outros.
No cinema participou em “O homem do dia” (1958) e “O ladrão de quem se fala” (1969), ambos de Henrique Campos.
“Abaixo as saias” (1958), “Ó pá, não fiques calado” (1963), “Sopa no mel” (1965), “Duas pernas e um milhão” (1967), “Alto lá com elas” (1970), “As coisas que um padre faz” (1976), “Aldeia da roupa suja” (1978), “Há mas são verdes” (1983), “Isto é que vai uma crise” (1992), “Camilo & Filhas” (1996), “O padre Camilo” (2003) e “O meu rapaz é rapariga” (2008) foram alguns dos seus sucessos.
Fonte: Lusa
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