O presidente do Novo Banco, que está de regresso ao Lloyds Bank, lamentou hoje que Portugal esteja a discutir as sanções e não esteja em pensar a forma de transformar o país.
"Preocupa-me
que estejamos a discutir sanções de algo que rapidamente se vai
resolver e que não estejamos a pensar como vamos transformar o país,
que tem um crescimento anémico e tem um desemprego grande",
afirmou Eduardo Stock da Cunha, em entrevista à SIC Notícias.
"Porque
é que não tentamos todos pôr de acordo" e discutir "como
Portugal poderá crescer, 3%, 4%, 5% ao ano" e baixar a taxa de
desemprego, prosseguiu o gestor.
Relativamente
a um eventual resgate, Stock da Cunha afirmou que "Portugal está
a fazer o seu caminho", embora tenha reconhecido que neste
momento há pouco investimento e as exportações não estão a ter a
evolução esperada, salientando que a atual situação deveria pôr
todos a pensar "como é possível melhorar a situação".
Questionado
sobre qual é a receita para melhorar o país, destacou que é
necessário todos estarem "de acordo nas grandes prioridades".
"Têm
de perceber a área em que Portugal pode ter algo distintivo",
"deixar a pequena quezília" e "saber executar com
disciplina, precisão" e corrigir o que tem de ser corrigido,
adiantou o gestor.
Sobre
o Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia, Eduardo Stock
da Cunha afirmou que "nesta situação não vai haver vencedores
e vencidos".
"Espero
que as autoridades políticas estejam à altura deste momento muito
importante da vida europeia e mundial" e que o impacto na Europa
e em Inglaterra seja limitado, acrescentou.
Sobre
a criação de um banco mau, afirmou que "pode ser uma ideia a
explorar".
Fonte:
Lusa
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