O ritmo de crescimento do setor do turismo em Portugal durante o primeiro semestre indica que vai ser batido novamente o recorde de visitantes estrangeiros neste ano, realçou hoje o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral.
"Temos
muito ainda para fazer no turismo, um setor em que as coisas estão a
correr bem, que está a ter um crescimento muito bom este ano - como
já teve em anos anteriores - e vai ter um novo recorde de turistas",
salientou à Lusa o governante durante a cerimónia de apresentação
do 'Portugal stopover', novo programa da TAP, em Lisboa.
"Está
a crescer não só em número de turistas, mas também do valor gasto
por turista", vincou o ministro, reafirmando o desejo de afirmar
Portugal como um destino de qualidade.
"O
turismo tem estado a crescer mas, ao crescer, isso cria uma
responsabilidade e significa que temos que fazer não só mais, mas
melhor", sublinhou, apontando para o esforço que está a ser
feito ao nível da formação profissional, sendo uma das faces mais
visíveis o investimento nas escolas do Turismo de Portugal.
"Se
vão chegar mais turistas, temos que lhes garantir também um melhor
serviço", assinalou Caldeira Cabral.
E
destacou: "Estamos a trabalhar numa estratégia agregadora no
turismo, para os próximos 10 anos, que inclui aspetos de mobilização
do setor como este, em que uma empresa de transportes se associa a
150 empresas de animação, de hotelaria, de restauração e de
vinhos para fazer melhor e oferecer o melhor a quem nos visita".
O
ministro referia-se ao 'Portugal stopover', programa da TAP que
oferece aos seus clientes dos voos de longo curso a oportunidade de
fazer uma escala de um, dois ou três dias em Lisboa ou no Porto sem
custos adicionais ao nível dos bilhetes.
Além
disso, a TAP conta com uma rede de 150 parceiros nos setores
relacionados com o turismo que oferece descontos em hotéis,
restaurantes e outras atividades.
Segundo
a transportadora, em 2017 são esperados 150 mil visitantes ao abrigo
deste programa, número que se prevê que dobre para 300 mil em 2018,
possibilitando uma injeção de 150 milhões de euros na economia
portuguesa só em termos de consumo.
Os
Estados Unidos (EUA) são um dos mercados que a TAP quer conquistar
com este programa, até de forma a acompanhar o forte aumento da
oferta de voos para aquele país nos últimos tempos.
David
Neelman, acionista da TAP, considerou mesmo que a companhia não fez
um trabalho "sério" naquele mercado nos últimos anos,
devido à fraca aposta ao nível de rotas e voos, algo que quer
inverter com a nova estratégia.
"Portugal
tem uma boa imagem nos EUA, mas ninguém conhece o país
[presencialmente]. Há 27 milhões de turistas americanos que visitam
a Europa, mas são muito poucos os que cá veem", disse à Lusa.
"Agora,
com o 'TAP stopover' podemos dizer-lhes: vão a caminho da Europa,
mas fiquem um pouco para conhecer Portugal", frisou.
Fernando
Pinto, presidente da TAP, alinhou pelo mesmo diapasão, confirmando
que a transportadora fez um "deslocamento" do seu eixo com
a aposta nas novas rotas para os EUA.
"Queremos
trazer para cá esses turistas. Muitos virão com o destino Portugal,
mas outros seguirão para outros destinos na Europa. Nós queremos
que eles permaneçam algum tempo em Portugal", afirmou,
acrescentando que a aposta não é só nos turistas vindos dos EUA,
mas também do Brasil, de África e do Norte da Europa.
Já
Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, destacou
que "as coisas têm corrido bem no turismo" na capital, tal
como no resto do país, mas advertiu que não pode ser cometido o
erro de achar que como tudo está a correr bem, não é preciso fazer
nada para dar continuidade a esta tendência no futuro.
"Precisamos
de fazer mais e precisamos de fazer melhor", considerou,
assinalando que o crescimento do turismo não é apenas uma moda
passageira, pelo que é preciso redobrar os esforços para manter
esta tendência positiva.
Fonte:
Lusa
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