"Mentiras absurdas e inventadas não é jornalismo. É crime e têm de ser punidas", disse em conferência de imprensa Joaquim Paulo da Conceição
O presidente executivo do Grupo Lena Joaquim Paulo da Conceição considerou esta sexta-feira que o Correio da Manhã cometeu um crime ao noticiar alegadas citações suas no processo Operação Marquês, que diz serem "absurdas e mentirosas".
"Mentiras absurdas e inventadas não é jornalismo. É crime e têm de ser punidas", disse em conferência de imprensa Joaquim Paulo da Conceição, depois de o jornal ter hoje titulado em primeira página: "presidente do Lena confessa subornos a Sócrates", "Grupo Lena procurou apoio político através de Sócrates a quem pagava".
"Vamos pedir (o grupo Lena) para sermos ressarcidos dos danos causados", acrescentou o presidente do grupo de Leiria, depois de ter negado categoricamente que, no âmbito do processo da Operação Marquês, tenha feito pagamentos ao ex-primeiro-ministro para conseguir negócios para as suas empresas, questionando mesmo "os objetivos desta construção mentirosa".
A Operação Marquês conta com 18 arguidos, incluindo José Sócrates, que esteve preso preventivamente mais de nove meses, e que está indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito.
José Sócrates foi o primeiro ex-chefe do Governo a ser detido preventivamente em Portugal, indiciado por corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais.
Entre os arguidos no processo estão o ex-administrador da CGD e antigo ministro socialista Armando Vara e a sua filha Bárbara Vara, Carlos Santos Silva, empresário e amigo do ex-primeiro-ministro, Joaquim Barroca, empresário do grupo Lena, João Perna, antigo motorista do ex-líder do PS, Paulo Lalanda de Castro, do grupo Octapharma, Inês do Rosário, mulher de Carlos Santos Silva, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira e os empresários Diogo Gaspar Ferreira e Rui Mão de Ferro e o empresário luso-angolano Helder Bataglia.
Na quarta-feira, a Procuradoria-Geral da República informou que concedeu mais seis meses para a "realização de todas as diligências de investigação consideradas imprescindíveis" no processo.
DN
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