David Dinis, Director
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Bom dia!
Em França, François Fillon admitiu desistir das presidenciais. Fillon está a ser investigado por ter, alegadamente, empregado a sua mulher como assistente parlamentar sem que esta, aparentemente, tenha feito trabalho algum. Se a Justiça o indiciar, o candidato escolhido pela direita abdicará.
Google e Facebook apertaram o cerco às notícias falsas. O primeiro suspendeu milhares de contas na sua plataforma de publicidade, o segundo mudou o algoritmo que destaca textos individuais. É um passo tímido, mas pelo menos vai na direcção certa.
O Benfica adormeceu e foi afastado da Taça da Liga. Uma vitória do Moreirense sobre o Benfica é coisa que nunca tinha acontecido - mas ontem foi o dia de Augusto Inácio (que apareceu aos jornalistas com um expressivo "uau"). De Rui Vitória, ouviu-se um (repetido) "há dias assim".
Em Inglaterra houve duelo lusitano. Mas foi um francês que "matou" a esperança de Marco e deu a final a Mourinho.
As notícias do dia
Foi uma guerra, o Eurogrupo (com Portugal no meio). Mário Centeno levou números bons, mas ouviu avisos: Portugal ainda enfrenta “riscos importantes”, precisa de “continuar a realizar reformas" e tem de ser “prudente” nos seus orçamentos. O português reagiu ao ataque. Mas à saída ouviu o presidente do fundo de resgate europeu dizer isto: “Os mercados estão nervosos com Portugal sobre várias coisas”. O Sérgio Aníbal conta os detalhes aqui.
Por cá, vimos a esquerda a pedir mais a Costa, na redução do Pagamento Especial por Conta. Mas ficámos também a saber como a redução do PEC se vai aplicar às empresas (melhor dizendo, a 122 mil empresas, nas contas do Pedro Crisóstomo). E percebemos que o PSD está a levar a sério a ameaça de não servir de muleta ao Governo.
Na comissão de inquérito à Caixa, Maria Luís Albuquerque esteve à defesa, mas jogou ao ataque (a Liliana Valente explica).
Sendo que, quase na Caixa, Paulo Macedo teve que desvincular-se do BCP. Diz o Negócios que só obrigado.
Aqui no PÚBLICO, a Cristina Ferreira actualiza dados sobre a corrida ao malparado na banca: já há quatro candidatos - mas pelos vistos todos exigem garantias públicas, que o Governo e Marcelo não aceitarão.
Mais um chumbo: quase ninguém quer o aborto discutido no 2º ciclo.Na consulta pública, a maioria achou que as crianças até aos 12 anos devem ser dispensadas do assunto (Daniel Sampaio diz que há maneiras e maneiras de o fazer). O que é interessante é que as escolas estão a ser invadidas por diversas ‘educações’.
Uma ordem no SNS: os auditores não podem vestir roupa informal ou usar calão.E uma queixa, também: um inquérito num hospital mostra que há muitos profissionais a queixarem-se de serem vítimas de bullying.
E uma reportagem, sobre a nova lei do atendimento prioritário. O título conta-se assim: as grávidas têm prioridade, mas “como não é doença, muita gente reclama”.
Donald, please stop
Faça um teste: experimente ligar as notificações de uma app de um jornal americano. Pode tentar o New York Times ou o Washington Post, por exemplo. E depois aguarde até meio da tarde. As horas seguintes serão uma loucura. Com Donald Trump tudo é esquizofrénico. E só ontem foi assim:
- Trump desafiou o Presidente do México - e este cancelou a viagem a Washington.
- Trump respondeu com uma decisão: uma taxa de 20% sobre produtos mexicanos que cheguem aos EUA, para que seja o México a pagar o muro que ele quer construir. Mas, pouco depois, os seus assessores vieram dizer que não, que o Presidente dos EUA não propôs nada disso (link para o NYT). Tudo isto, é claro, atirou as relações entre os dois países para o desconhecido, como bem explica a Rita Siza.
- Confuso? Alguns republicanos também acham. Por isso Trump falou com eles:"Precisamos de mostrar resultados", disse-lhes ele, explicando por que é que a tradição do partido em cortar gastos não se vai aplicar agora.
- Ontem soube-se também que o Presidente andou à procura de fotos, para tentar mostrar que os média estavam enganados quando disseram que havia muito menos gente na sua posse, há uma semana.
- E também soubemos que Trump deu uma ordem de silêncio às agências governamentais, proibindo por exemplo a divulgação de estudos científicos sobre alterações climáticas sem que antes tenham sido analisadosna Casa Branca.
- "Last but not the least", o conselheiro-chefe de Trump atirou-se aos media, com uma frase reveladora: "Mantenham a boca fechada".
Bom, dito tudo isto, Trump recebe hoje Theresa May, primeira-ministra britânica. E a Teresa de Sousa escreveu sobre este estranho encontro: May precisa de Trump para o Brexit, mas a que preço?
Hoje acontece
- Em Berlim, Angela Merkel recebe François Hollande, num encontro para "reforçar a coesão" europeia perante desafios como o 'Brexit' e a nova política americana face à NATO e à União Europeia.
- António Costa vai ao Parlamento, para mais um debate quinzenal.
- Em Bruxelas, juntam-se os ministros das Finanças no primeiro Ecofin do ano.
- A Federação Portuguesa do Táxi vai pedir ao Ministério da Administração Interna uma fiscalização apertada dos veículos da Uber e da Cabify.
Só mais um minuto:
Um embrião porco-humano? Sim, é verdade: a ciência diz-nos que já estivemos mais longe.
O Relógio do Apocalipse está meio minuto mais perto do fim. Imagina por causa de quem? Tiquetaque, tiquetaque...
E que havemos de fazer para empurrar o fim do mundo? Cantar e dançar com Bonga, que voltou pela porta grande (jura o Mário Lopes). Ou passar uns minutos com O Inimigo Público, que já está a ver onde Trump vai buscar os novos métodos de tortura.
É isso mesmo: rir é o melhor remédio. Tenha uma boa sexta-feira, tenha um excelente fim-de-semana. Daqui segue um abraço nosso,
Até já!
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