sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Quando é que Portugal sai da mira? (& a esquizofrenia Trump)


P
 
 
Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Bom dia!
Em França, François Fillon admitiu desistir das presidenciais. Fillon está a ser investigado por ter, alegadamente, empregado a sua mulher como assistente parlamentar sem que esta, aparentemente, tenha feito trabalho algum. Se a Justiça o indiciar, o candidato escolhido pela direita abdicará.
Google e Facebook apertaram o cerco às notícias falsas. O primeiro suspendeu milhares de contas na sua plataforma de publicidade, o segundo mudou o algoritmo que destaca textos individuais. É um passo tímido, mas pelo menos vai na direcção certa.
O Benfica adormeceu e foi afastado da Taça da Liga. Uma vitória do Moreirense sobre o Benfica é coisa que nunca tinha acontecido - mas ontem foi o dia de Augusto Inácio (que apareceu aos jornalistas com um expressivo "uau"). De Rui Vitória, ouviu-se um (repetido) "há dias assim".
Em Inglaterra houve duelo lusitano. Mas foi um francês que "matou" a esperança de Marco e deu a final a Mourinho.

As notícias do dia

Foi uma guerra, o Eurogrupo (com Portugal no meio). Mário Centeno levou números bons, mas ouviu avisos: Portugal ainda enfrenta “riscos importantes”, precisa de “continuar a realizar reformas" e tem de ser “prudente” nos seus orçamentos. O português reagiu ao ataque. Mas à saída ouviu o presidente do fundo de resgate europeu dizer isto: “Os mercados estão nervosos com Portugal sobre várias coisas”. O Sérgio Aníbal conta os detalhes aqui.
Por cá, vimos a esquerda a pedir mais a Costana redução do Pagamento Especial por Conta. Mas ficámos também a saber como a redução do PEC se vai aplicar às empresas (melhor dizendo, a 122 mil empresas, nas contas do Pedro Crisóstomo). E percebemos que o PSD está a levar a sério a ameaça de não servir de muleta ao Governo.
Na comissão de inquérito à Caixa, Maria Luís Albuquerque esteve à defesa, mas jogou ao ataque (a Liliana Valente explica).
Sendo que, quase na Caixa, Paulo Macedo teve que desvincular-se do BCP. Diz o Negócios que só obrigado.
Aqui no PÚBLICO, a Cristina Ferreira actualiza dados sobre a corrida ao malparado na banca: já há quatro candidatos - mas pelos vistos todos exigem garantias públicas, que o Governo e Marcelo não aceitarão.
Mais um chumbo: quase ninguém quer o aborto discutido no 2º ciclo.Na consulta pública, a maioria achou que as crianças até aos 12 anos devem ser dispensadas do assunto (Daniel Sampaio diz que há maneiras e maneiras de o fazer). O que é interessante é que as escolas estão a ser invadidas por diversas ‘educações’.
Uma ordem no SNS: os auditores não podem vestir roupa informal ou usar calão.E uma queixa, também: um inquérito num hospital mostra que há muitos profissionais a queixarem-se de serem vítimas de bullying.
E uma reportagem, sobre a nova lei do atendimento prioritário. O título conta-se assim: as grávidas têm prioridade, mas “como não é doença, muita gente reclama”.

Donald, please stop

Faça um teste: experimente ligar as notificações de uma app de um jornal americano. Pode tentar o New York Times ou o Washington Post, por exemplo. E depois aguarde até meio da tarde. As horas seguintes serão uma loucura. Com Donald Trump tudo é esquizofrénico. E só ontem foi assim:
Bom, dito tudo isto, Trump recebe hoje Theresa May, primeira-ministra britânica. E a Teresa de Sousa escreveu sobre este estranho encontro: May precisa de Trump para o Brexit, mas a que preço? 
Hoje acontece
  • Em Berlim, Angela Merkel recebe François Hollande, num encontro para "reforçar a coesão" europeia perante desafios como o 'Brexit' e a nova política americana face à NATO e à União Europeia.
  • António Costa vai ao Parlamento, para mais um debate quinzenal.
  • Em Bruxelas, juntam-se os ministros das Finanças no primeiro Ecofin do ano.
  • A Federação Portuguesa do Táxi vai pedir ao Ministério da Administração Interna uma fiscalização apertada dos veículos da Uber e da Cabify.

Só mais um minuto:

Um embrião porco-humano? Sim, é verdade: a ciência diz-nos que já estivemos mais longe.
O Relógio do Apocalipse está meio minuto mais perto do fim. Imagina por causa de quem? Tiquetaque, tiquetaque...
E que havemos de fazer para empurrar o fim do mundo? Cantar e dançar com Bonga, que voltou pela porta grande (jura o Mário Lopes). Ou passar uns minutos com O Inimigo Público, que já está a ver onde Trump vai buscar os novos métodos de tortura. 
É isso mesmo: rir é o melhor remédio. Tenha uma boa sexta-feira, tenha um excelente fim-de-semana. Daqui segue um abraço nosso, 
Até já!

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