Começou no Coro da Igreja e nunca mais parou. Sérgio Lucas é um assumido apaixonado pelo mundo da música e das artes em geral.
Em 1987 venceu o Festival da Canção Infantil de S.Pedro do Sul, a primeira de muitas vitórias que estavam por vir. Continuou o seu caminho unindo a música e o teatro na sua vida, mas é em 1996 que se estreia pela primeira vez nos ecrãs televisivos com a série “Camaleão Virtual Rock”.
Com a banda The Wish ganha diversos concursos a nível nacional e, em 2004, vence o programa Ídolos, na SIC, vitória que lhe viria a abrir muitas portas. A partir de então participa em diversos espetáculos musicais para a SIC e, em 2006, participa na final do Festival da Canção Juvenil, na RTP. Desde então tem participado em diversos musicais e aliado a música ao mundo do teatro.
Nesta entrevista, Sérgio fala-nos do seu percurso artístico e da sua paixão pelo mundo da música.
O Sérgiou tornou-se conhecido do público português quando participou noÍdolos. O que o fez concorrer ao programa?
Foi um acaso. Um amigo meu inscreveu-me e só soube quando a produção do programa me contactou.
Sempre quis ser músico?
Desde muito novo que participo em atividades musicais. Desde que me lembro de mim que gosto de cantar e andava sempre a cantarolar por onde andava.
O que, provavelmente, poucos sabem é que o Sérgio já tinha estado ligado à música. Ainda se lembra do que sentiu ao vencer o Festival da Canção Infantil de São Pedro do Sul?
Já fazia parte do coro da Igreja e como os meus vizinhos estavam ligados à música e lideravam o grupo “Alafum” , também me levaram para o meio. Fui cantar um tema intitulado “Somos crianças”, acompanhado pelos filhos do prof. José Fernando ao piano e coros. Saímos vencedores e o 1º prémio foi sem dúvida uma surpresa para mim!
Para além da música, o Sérgio também esteve ligado ao teatro. Os palcos sempre o fascinaram?
Sempre. Desde cedo que tive a vontade e a disponibilidade para as artes performativas e musicais. Fui sempre fazendo parte de grupos de teatro na escola e festivais da canção a nível escolar que tive também a fortuna de ganhar por 3 anos seguidos.
Com os The Wish ganhou diversos concursos a nível nacional. Considera que, de certa forma, essa experiência o foi preparando para, mais tarde, participar num programa de televisão?
Antes de The Wish , existiram os “ Sekmet” que no nosso distrito, a nível de bandas de rock adolescente, fomos os pioneiros em vários sentidos, Festivais, concursos e até o lançamento em cd a nível nacional. Os “The wish”, foram sem dúvida um projeto muito importante e por este projeto é que fui parar ao “Ídolos” para fazer promoção à banda mas, infelizmente, durante este processo a banda acabou…
Quando decide, então, arriscar-se no programa da SIC acaba por conquistar o primeiro lugar. Esta vitória abriu-lhe muitas portas a nível profissional?
Sim, claro! Mas o caminho feito até hoje e todas as glórias nele impressos, foram devido a muito trabalho e sacrifícios. Ninguém dá nada a ninguém no mundo do espetáculo, tens de fazer o teu caminho e ter muita força de vontade para ouvir muitos nãos e enfrentar muitas adversidades!
Quando olha para trás, o que guarda dessa experiência?
Uma enorme escola e um vislumbrar do que é o meio profissional. Fiz muitos amigos, alguns dos quais ainda mantenho e acima de tudo foi a rampa de lançamento para o trabalho a solo que desenvolvi até hoje. Três discos de originais no mercado, solista e protagonista de alguns das maiores peças de teatro musical de todos os tempos e o partilhar os palcos com alguns dos meus ídolos!
Depois do programa participou em diversos musicais. Na sua opinião, qual é o aspeto mais positivo de unir o teatro e a música num mesmo espetáculo?
É uma forma de arte maior. As 3 disciplinas em simultâneo num só espetáculo é a melhor forma de por à prova o que valemos como artistas e eu sempre fui um apaixonado pelo teatro musical Broadway e West End.
E o gosto pela poesia é transportado para a música ou foi a música que lhe trouxe esse gosto?
Não. Eu sempre gostei de ler e a poesia sempre fui a minha eleição, daí ser letrista de vários projetos musicais e ter escrito um livro já editado, que se intitula “Camaleão”, alcunha esta que adquiri no meio do espetáculo pela diversidade de estilos musicais e papeis que me propus a trabalhar.
Para terminar, onde é que podemos encontrar o Sérgio e quais os projetos futuros que tem em mente?
Podem-me encontrar no meu facebook, pelos palcos deste país, youtube e em breve editarei um novo trabalho em disco. Tudo isto devo-o a todos os que me seguiram até hoje e que me deram coragem para não desistir. Obrigado a todos e é por todos vós que continuo a tentar!
Terminada esta entrevista resta-me agradecer ao Sérgio por toda a sua disponibilidade e atenção.
Cátia Barbosa, aluna de Jornalismo na Universidade de Coimbra
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