sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

A Caixa parece o Inimigo Público (& o Ípsilon entrevistou Paul Auster)

P
Enquanto Dormia
David Dinis, Director do Público
Bom dia!
Trump teve mais uma derrota: o tribunal federal rejeitou o recurso do Presidente por unanimidade, permitindo a refugiados e imigrantes entrar na América. Trump reagiu logo, com o Caps Lock ligado. Da Casa Branca há mais novidades: uma trapalhada nuclear numa conversa com Putin, um recuo numa conversa com Xi Jinpingmais decretos contra o crime e um preço para o muro com o México.
O caso Odebrecht internacionalizou-se. Depois de termos sabido da acusação ao Presidente da Colômbia, agora há um mandato de detenção contra o ex-Presidente do Peru, por suspeitas de corrupção. A ordem do tribunal só tem um pequeno obstáculo: Alejandro Toledo está em Paris.
O caso da fraude nas emissões chegou à Peugeot-Citroën. A fabricante francesa mostrou-se "chocada" por estar referida num relatório enviado pelos supervisores da área de fraudes ao Ministério Público, abrindo portas a uma possível acusação.
O homem que roubou as jóias dos Prémios Goya entregou-se. E assim se descobriu que o autor do crime era o... técnico de iluminação.
Centenas de baleias apareceram mortas numa praia da Nova Zelândia. Dezenas de voluntários juntaram-se para tentar salvar as 100 que ainda estavam vivas, diz o Guardian.

As notícias do dia

Sim, a novela da Caixa parece o Inimigo Público. Quando o Ministério das Finanças diz não ter mandado alguma informação para a Assembleia porque houve respostas que não deu a Domingues, quando admite ter entregue a Domingues a elaboração de uma leiQuando Macedo dispensa essa mesma equipa de advogados. Quando a oposição acusa Centeno de mentir e o ministro responde com uma "vil tentativa de assassinato de carácter". Quando Ferreira Leite se diz espantada na TVI24 porque nada disto interessa nada. Quando Marcelo parece defender Centeno, numa formulação que também pode ser um aviso. Diga-me lá no que é que isto tudo é diferente deste texto do Inimigo Público?
Sem ironia, sugiro um olhar para os dados das exportações: em 2016,cresceram menos de 1%, apesar do impulso da UE. E em larga medida por causa deste detalhe: duas mil empresas deixaram de exportar para Angola. Nesta fase, acrescenta a Luísa Pinto, a preocupação passou a chamar-se Donald.
Outra preocupação destes diaso domínio espanhol terá impacto nos clientes do BPI? A Rosa Soares dá as respostas (mesmo que Marcelo não pareça preocupado).
Na Economia, registe isto ainda: no Estado, nem todas as carreiras vão ter integração extra de precários
Na política, hoje vai ouvir falar disto: o PCP e BE exigem mais na contratação colectiva - mais do que promessas, pelo menos. E querem que o assunto seja decidido fora da concertação social.
O Bloco quer mais um bocadinhoque o Governo aceite renegociar a dívida pública, disse ontem o deputado Jorge Costa na TSF.
Saindo da política....
Se não chover vamos ter outro problema: é que 17 barragens estão a menos de 40% da capacidade - e o problema no Sado já é grave.
Com Espanha vamos mesmo ter um problemaAlmaraz vai mesmo continuar para lá de 2020
Nos tribunais acumulam-se problemas. Nos civis volta o caso Sócrates, com uma crítica dura ao Ministério Público; nos militares há o caso dos Comandos, comdados que o Exército retém há três meses.
Deixo-lhe ainda três informações úteis (para a sua saúde)cuidado com o telemóvel a atravessar as estradascuidado com o pão que come (por causa do sal)e cuidado com as horas de sono - porque é mesmo preciso dormir um pouco mais.

Do Ípsilon 

... vem Paul Auster, numa entrevista da Isabel Lucas em Nova Iorque. Sobre o seu novo livro - mas também sobre a América de Trump, que ele jura não ser uma anedota. "4 3 2 1: e se uma vida não se esgotasse numa possibilidade? No caso, a vida de um homem que ficou adulto nos anos 60, período de horror e esperança na América. Como é que ele lê esse tempo hoje. É ler aqui e descobrir, com aquele prazer de sempre.
... mas vem também David Fonseca, que tirou Bowie do pedestal (com a ajuda de bons amigos).
... e uma entrevista a Artur Barrio, o artista provocador que ganhou o novo prémio EDP (e que virá a Lisboa em breve).
... e ainda as últimas do Festival de Berlim, onde o Jorge Mourinha sedesiludiu com Django e já deitou um olhar sobre a curta de Salaviza.
Hoje acontece
  • O ministro dos Negócios Estrangeiros português chega hoje a Luanda para uma visita oficial de três dias.
  • Marcelo Rebelo de Sousa participa, em Madrid, no XI encontro da COTEC Europa
  • António Guterres inicia uma visita à Turquia, a cinco países do Médio Oriente e à Alemanha - a sua primeira grande viagem desde que assumiu a liderança das Nações Unidas a 1 de Janeiro.
  • O Benfica recebe o Arouca, na abertura da 21.ª jornada da Primeira Liga.

Um minuto (para namorar)

Parece simples. Chega-se a um lugar, Sousel no Alentejo, monta-se uma festa e pede-se às pessoas para falarem de amor e todas as barreiras podem ser superadas. O Vítor Belanciano jura que é assim: no Alentejo vêem-se muros cair e amor a explodir. E mostra-nos o caminho para lá.
Lembre-se disto, já agora: na próxima semana há dia dos namorados. Daí que tenhamos passado umas horas à procura de ideias para si. Melhor dizendo, para ele (mais tecnológicas) e para ela (mais para vestir). Aviso: as primeiras também dão para elas, mas o inverso não é verdade.
Escolha por onde escolher, o que sugiro é que não tente isto antes do jantar romântico - tenho a leve impressão de que pode não correr bem.
O que é mesmo para correr bem é o fim-de-semana que aí vem. Fica aqui, mesmo à mão, o Cinecartaz para dar uma ajuda, assim como o Guia do Lazer e o meu preferido, o publico.pt. Não, não é defeito, é feitio (espero eu), uma espécie de vício em notícias. Daqui segue um abraço,
Dia bom, um excelente fim-de-semana!

Até já!

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