Sábado
e domingo, 18 e 19 de fevereiro
O
XIX Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede regressa no
próximo fim de semana, com a estreia do Grupo de Teatro Musical da
Filarmónica de Covões, que participa pela primeira vez no certame
com um musical sobre As Perspetivas do Amor, seguindo-se a
jornada de itinerância do Grupo de Teatro Experimental “A Fonte”
de Murtede e do Grupo de Teatro da Associação Cultural e Desportiva
do Casal, que vão apresentar as suas produções em Febres e
Cantanhede, respetivamente.
É
no sábado, 18 de fevereiro, às 21h30, que o Grupo de Teatro Musical
da Filarmónica de Covões inaugura a sua participação com uma peça
que pretende fazer jus às suas origens no âmbito desta instituição
centenária, procurando tirar partido da formação dos seus
elementos no campo da música, através da encenação de espetáculos
baseados nesta forma de manifestação artística. É esse o caso de
As Perspetivas do Amor, uma espécie de ensaio musicado sobre
as diferentes cambiantes do mais sublime dos sentimentos humanos. É
uma viagem no tempo e no espaço em, pelo menos, quatro línguas e
vários géneros musicais, como a ópera ou o teatro musical,
mostrando desse modo um pouco de trabalho desenvolvido nas aulas de
canto da escola de música.
Ainda
no sábado, também às 21h30, o Grupo de Teatro Experimental “A
Fonte” de Murtede leva ao palco do Salão Paroquial de Febres com
“Murtede, Terra da Ciência”, narrativa que propõe uma
reflexão sobre um certo imaginário que persiste, a partir de
situações que exploram mitos e histórias que remetem para o
passado. Da autoria de Cristina Serém, a peça coloca em cena várias
personagens que se envolvem em situações caricatas na recuperação
de referências que, verdadeiras ou fantasiosas, ajudam a contar a
história da comunidade.
No
domingo, 19 de fevereiro, pelas 15h30, será a vez do Grupo de Teatro
da ACDC – Associação Cultural e Desportiva do Casal representar
no Centro Paroquial S. Pedro, em Cantanhede, as peças Experiência
Fatal, Namoro Confuso, e Vamos cortar na Casaca 2017 –
Versão Parlamento Aberto, todas originais da autoria de Manuel
da Silva Barreto, que é também o encenador. “Experiência
Fatal” tem uma narrativa centrada na problemática da droga e
do papel da família na superação da dependência. É a história
da vida de um casal dilacerado pelos sinais de comportamento
desviante do filho e das tentativas para evitarem o que parece ser
uma inevitabilidade. Num registo completamente diferente, “Namoro
Confuso” é uma farsa sobre dois irmãos gémeos que se
apaixonam e começam a namorar com duas irmãs, também gémeas,
ponto de partida para uma série de confusões e trocas imprevistas
que geram situações hilariantes. Finalmente, a terceira parte do
espetáculo é preenchida com mais uma edição de “Vamos Cortar
na Casaca” – Versão Parlamento Aberto”. Trata-se de uma
das já habituais rábulas de Manuel Silva Barreto sobre a
situação política do país, na versão de Parlamento Aberto,
onde a ação que aí se desenrola é fonte de inspiração para
quadras de uma espiritualidade mordaz.
Sobre
o Grupo de Teatro Musical da Filarmónica de Covões
A
memória coletiva, sobretudo de transmissão oral, sustenta que a 13
de junho de 1868, “um grupo de homens liderado por Manoel Francisco
Miraldo formou pela primeira vez a Banda de Covões para tocar na
festa de Santo António, padroeiro da localidade.”
Pessoa
distinta, bem formada e com ligações a um movimento político e a
personalidades bem colocadas, Francisco Manoel Miraldo terá liderado
a fundação da filarmónica mais vetusta do concelho de Cantanhede,
recrutando para o efeito instrumentistas entre os rapazes de Covões
e das localidades mais próximas, “jovens com a pele queimada do
sol e as mãos calejadas do trabalho agrícola que se juntavam, em
ambiente de convívio, para aprender música, tomar contacto com os
instrumentos e treinar movimentos de marcha”.
No
âmbito do trabalho desenvolvido na disciplina de canto da sua escola
de música, formou-se em 2016 o Grupo de Teatro Musical de Covões,
que conta já com diversas apresentações nos concelhos de
Cantanhede e de Mira.
Sobre
o Grupo de Teatro Experimental “A Fonte” de Murtede
O
Grupo de Teatro Experimental “A Fonte” de Murtede foi
fundado em 2000 por 24 jovens da freguesia. Esta associação juvenil
tem atualmente cerca de 80 associados e é filiada no INATEL e no
Instituto Português da Juventude.
Da
sua atividade no campo das artes cénicas destaca-se a apresentação
regular de peças de teatro em produções que têm registado o
reconhecimento do público e das entidades que têm apoiado o
trabalho do grupo, nomeadamente a Câmara Municipal de Cantanhede, a
Junta de Freguesia de Murtede, o INATEL, o Instituto Português da
Juventude (IPJ) e a Delegação Regional do Centro do Ministério da
Cultura.
Além
da sua participação regular em diversos espetáculos de Teatro,
desenvolve também outro tipo de ações culturais, com destaque para
Danças na Minha Aldeia, encontro com animação em diversas
vertentes musicais que se realiza na segunda quinzena de maio,
concertos de música sacra, convívios e iniciativas não só com os
seus associados mas também com outros habitantes da comunidade, como
é o caso do programa de OTL – Ocupação de Tempos, da
responsabilidade do IPJ.
O
Grupo de Teatro Experimental “A Fonte” de Murtede participa
também regularmente na EXPOFACIC e desenvolve algumas parcerias na
organização de eventos promovidos pela Junta de Freguesia de
Murtede e a Câmara Municipal de Cantanhede.
Sobre
o Grupo de Teatro da ACDC – Associação Cultural e Desportiva do
Casal
O
Grupo de Teatro da Associação Cultural e Desportiva do Casal foi
fundado em 24 de outubro de 2004, sendo constituído na altura por 16
elementos. Estreou-se em palco no dia 26 de dezembro do mesmo ano com
a realização de Festa de Natal/Teatro levando a palco variedades
das quais se salienta a comédia “O cliente tem sempre razão” da
autoria de Manuel Silva Barreto.
A
29 de janeiro de 2006 levou a palco, em conjunto com outras peças, a
comédia da autoria de Manuel Silva Barreto “Médico de Família”
que foi também apresentada em maio de 2008, pelos mesmos atores, na
festa dos Missionários Combonianos em Coimbra.
A
17 de março de 2007, o grupo representou, entre outras, duas peças
de Teatro da autoria de Manuel Silva Barreto, o drama “Vida e Morte
de Santa Iria” e a comédia de “A falar é que a gente se
entende”.
No
ano de 2008 foram novamente apresentadas peças cómicas da autoria
de Manuel Silva Barreto, nomeadamente “O Trata Tudo”; “Encontro
de Velhas Amigas” e “Vamos Cortar na Casaca”. Esta sessão de
teatro teve repetição na sede da coletividade a 23 de fevereiro, e
em Alqueidão a 2 de março do mesmo ano.
A
7 de março de 2009 o grupo levou a palco um drama e duas peças
cómicas da autoria de Manuel Silva Barreto, “Vida ou Morte – uma
questão de consciência”, “Parto Complicado” e “Vamos cortar
na casaca”.
No
ano seguinte o grupo encenou as peças “O Polícia - Autoridade sem
Autorização” e “A Estrela do Circo”, de autor desconhecido,
ao que se juntou a versão atualizada de “Vamos cortar na Casaca –
2010” da autoria de Manuel da Silva Barreto.
A
participação do grupo na 13.ª edição do Ciclo de Teatro Amador
do Concelho de Cantanhede concretiza-se com a encenação de “Os
Fora da Lei”, “Isto é volta de Bruxedo” e “Vamos Cortar na
Casaca – 2011”, trabalhos da autoria de Manuel da Silva Barreto.
E
em 2012, assumindo uma vez mais a abertura do Ciclo de Teatro Amador
do Concelho de Cantanhede, o grupo apresenta de novo três peças
originais, também da autoria de M.S. Barreto, ”A Partilha”,
“Namoro Proibido” e “Vamos Cortar na Casaca – 2012” e na
edição anterior deste Ciclo de Teatro o grupo estreou uma nova
peça, intitulada “A Herança” leva a palco mais três comédias
originais, à qual se juntou a atualização da sátira cantada
“Vamos Cortar na Casaca”.
Em
2013, levou a palco as comédias “Encontro de velhas amigas”, “Eu
sou um grande médico” e “Vamos cortar na casaca – versão
2013”. Em 2014 encenou “A herança” e “Vamos cortar na casaca
– versão 2014”. Em 2015 apresentou-se com “Projeto industrial
de dois palhaços”, “Geração de viúvas” e “Vamos cortar na
casaca – versão 2015” e na última edição do certame
apresentou-se com “Vida ou morte: uma questão de consciência”,
“Um falso confessor” e “Vamos cortar na casaca – versão
2016”.
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