David Dinis, Director
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Erdogan
pediu "sanções" contra a Holanda. Depois
de Haia não ter deixado entrar no país os seus ministros para fazer
campanha pelo aumento de poderes de Erdogan, no referendo marcado
para Abril, os ânimos subiram muito. E a disputa diplomática
levou outras
capitais da UE a mostrarem pouca vontade de
receber governantes turcos. Todas? Não, em
França eles entraram (e
o Governo foi criticado por isso).
A
Islândia está de volta -
e anunciou que vai
levantar o controlo de capitais que
dura desde que, em 2008, o país entrou num colapso financeiro.
A
UNICEF voltou a alertar para as crianças sírias. O
último ano foi um terror,
na descrição da organização humanitária.
O
toureiro da pala negra voltou a ser colhido com gravidade. Juan
José Padilla, mesmo assim, conseguiu
acabar a lide.
Em
Guimarães, houve chuva de golos e vermelhos.
O Vitória empatou em casa com o Estoril e perdeu
a oportunidade de
apanhar o Sp. Braga.
As notícias do dia
Um
ano depois de ser eleita, o que nos diz Assunção Cristas?
-
Na primeira parte da entrevista ao PÚBLICO, a líder do CDS faz uma revelação surpreendente sobre o anterior Governo: nem BES, nem Banif, nem CGD: “O Conselho de Ministros nunca foi envolvido nas questões da banca” - e só uma vez, de passagem, Passos avisou que o BES podia vir a ter um problema.
-
Sobre Carlos Costa, Cristas assume que os centristas não queriam a sua recondução ("até porque tínhamos observado a acção do governador"), mas avisa que não se deve partidarizar o lugar.
-
Quanto ao Governo, “também centra todo o seu discurso no défice”, diz a presidente centrista.
-
Para Paulo Núncio fica uma palavra de conforto: foi “a pessoa que mais dificuldade teve em participar no anterior Governo”.
Já
agora que passámos pela banca, anote esta notícia do DN: o Conselho
de Supervisão do Montepio travou negócio suspeito de 93 milhões. Um
negócio do próprio banco.
Já aqui dizia o Vítor Costa, depois de uma notícia do
Expresso: "Alguém
pode olhar para o Montepio, sff?".
Olhe
quem fala sobre o BES:
João da Costa Pinto é o presidente da Comissão de Auditoria do
Banco de Portugal. E diz numa entrevista ao Eco que
o “colapso
do grupo GES/BES, pela sua dimensão, não foi um problema súbito”.
Se não é uma resposta ao governador, parece.
Da
banca passamos para os tribunais: a
acusação a Sócrates poderá atrasar um mês.
Diz o jornal
i que
os procuradores vão
precisar de mais tempo,
depois da audição de hoje ao ex-PM - e de ouvirem outros arguidos
esta semana.
A
propósito de tribunais: o
Estado arrisca pagar indemnizações por não avançar com inspecção
às motos,
diz a nossa manchete de hoje. E porquê? Porque 150 centros de
inspecção investiram 30 milhões na adaptação dos equipamentos,
mas a
legislação de 2012 continua sem avançar.
E volta a dizer o Vítor Costa, no Editorial: a
economia vai de lambreta.
Os
concursos de obras públicas andam desertos.
Diz a Luísa Pinto que os preços irrealistas levam a que
concursos para obras públicas fiquem sem candidatos - ou
que se transformem em ajustes directos.
E
daqui para a saúde: os
portugueses valorizam demais os exames médicos.
Demais porque o recurso excessivo aos exames de diagnóstico
pode ter consequências perversas. E
há quem faça tratamentos e cirurgias desnecessários,
avisam os autores de um estudo.
Uma
boa notícia, para fechar: o
Governo vai alargar os direitos de parentalidade do
pai, diz o Negócios.
Só falta saber os detalhes.
Holanda, Europa
Estamos
a dois dias das eleições na Holanda, as primeiras de uma série de
três que podem mudar o futuro da Europa - mais umas. A Maria
João Guimarães está em Amsterdão e começou por traçar o
perfil de Geert Wilders, o político das mensagens
simples: líder
de um partido de que é o único membro, com um programa que cabe
numa folha A4 e pede o encerramento de mesquitas e proibição do
Corão, é cada vez mais extremista. Wilders vive há 13 anos sob
rigorosa segurança e é um
político radical na sua bolha.
Precisa
de um guia
de leitura para as eleições? Nos
cartazes, nos discursos dos políticos, nas conversas com eleitores,
há termos que sobressaem na campanha para as eleições legislativas
de quarta-feira na Holanda. Há ideias difíceis de traduzir, que
mostram idiossincrasias holandesas. A Maria João deixou-nos algumas,
sem a pretensão de ser exaustivo, que nos dão o
enquadramento para o que se passa por lá.
E
o que nos diz quem estudou o populismo? Que
na Holanda "a
política tornou-se tridimensional".
A expressão é de Caas Muddle, um cientista político que anda
a olhar para fenómenos políticos que nos afligem. Numa entrevista
ao PÚBLICO, numa passagem por Lisboa, Muddle
não poupou os tradicionais partidos do centro-esquerda: “A
culpa é da social-democracia, que se converteu ao liberalismo e
abandonou o papel de alternativa. Esta reorientação à direita dos
partidos social-democratas é a principal razão apontada pelos
estudos sobre o crescimento do populismo e da direita radical.”
Foi
neste contexto que a
Teresa de Sousa entrevistou Carlos Moedas,
o representante português na comissão Europeia. Moedas olha com
preocupação para o futuro da Europa, não pelo que diz o Livro
Branco (apresentado por Juncker), mas sobretudo pelo que mostram os
líderes, sempre que os problemas apertam: "Os
governos lavam a cara nos seus países e deixam a má cara para
Bruxelas". E
quanto às eleições que se avizinham, é a de França que mais o
preocupa: "Não podemos ainda excluir de todo que Le Pen possa
vir a ganhar as eleições".
Hoje na agenda
-
É dia de muitos processos judiciais: Sócrates é ouvido no âmbito do caso do Marquês (às 14h30); prossegue o julgamento dos Vistos Gold; e também o julgamento de Arlindo de Carvalho e Oliveira e Costa (ainda pelo caso BPN).
-
Marcelo preside a uma reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional.
-
A OCDE mostra as suas últimas previsões para as economias do G20.
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O Brexit avança? O projeto de lei de saída UE regressa à Câmara dos Comuns. E, se for aprovado, Theresa May pode avançar com o processo de saída.
-
O Belenenses testa o ânimo do Benfica, depois de Dortmund. Em Inglaterra, há um Chelsea-Manchester United.
Só mais um minuto
O
“álbum da banana” já fez 50 anos. The
Velvet Underground & Nico,
o álbum de estreia dos Velvet Underground, foi gravado numa só
semana, mas tornou-se num dos álbuns mais celebrados e influentes da
história da pop. É caso para dizer: que
saudades de Sunday
Morning.
Povo
que danças junto ao rio.
Sim, somos nós. Este fim-de-semana, a segunda edição
do Lisboa
Dance Festival levou
11 mil pessoas à LX Factory. O Pedro Rios diz que foi uma
euforia.
Noutro
ponto da cidade, houve música e moda.
Mais do que isso: houve "History", a época vitoriana, os
anos 20 e a revolução industrial, a Arte Deco, a Op Art, o
movimento Punk reinterpretados num imaginário futurista. Ora
veja como foi o
Moda Lisboa em 360º.
As tendências?
Ah! Estão aqui.
Como
vê, começamos a semana com boa música e muito ritmo. É a nossa
maneira de lhe desejar um dia bom - e de lhe puxar pelo sorriso: sim,
é segunda-feira, sim, vai correr bem. Bom trabalho, boas
notícias,
Até
já!
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