A passada semana ficou marcada por um protocolo assinado entre a Câmara de Mira e a Universidade de Aveiro. Este é um projeto que visa colher informações da orla marítima na região, dentre outros itens.
Raul Almeida, edil mirense, o Professor Paulo Batista e o Reitor da Universidade de Aveiro traçaram em rápidas pinceladas as linhas mestras desta aposta que Raul Almeida definiu como "um projeto inovador associado à nossa praia". Afirmando que "muitas vezes a Universidade necessita de ligar a sua atividade científica à parte prática, encontrando na sociedade civil este veículo impulsionador". Mais, fez questão de frisar a importância da associação deste projeto "com a Bandeira Azul, aumentando substancialmente ainda mais a qualidade de tão importante referência para a nossa região".
Cientista, autarca e Reitor foram unânimes na apreciação de que a medida dos parâmetros dos agueiros, por exemplo, "é vital, visto que estes estão hoje aqui e amanhã acolá, o que dificulta sobremaneira a proteção das pessoas levando, infelizmente, a casos fatais". Sendo este um "perigo potencial não percebido pelos banhistas, o sistema - que deverá estar completo ainda antes da época balnear - vai informar com antecedência e em tempo real aos nadadores-salvadores onde está a localização real do agueiro, para que os visitantes possam saber do perigo que poderão estar a correr".
A antecipação em três dias de um eventual cenário de temporal, por exemplo, é outra mais-valia que este protocolo assinado poderá permitir, "pode contribuir para que o Município possa fazer uma gestão preventiva e não de pós-ocorrência, com os resultados positivos que todos podemos bem imaginar".
Tudo isto, na verdade, trata-se da colocação "por agora" de 2 câmaras que estarão presas a uma torre a cerca de 30 metros do solo com um alcance de 1 quilómetro, a medir parâmetros morfológicos, que contribuirão sobremaneira para que - principalmente - "o inverno marítimo seja bem mais seguro... aliás, o inverno é mais importante neste caso que a própria época balnear, já que este é muito mais sujeito a situações perigosas devido a falta de vigilância".
Assim, com um "projeto com um orçamento de 5.000 euros na montagem de toda a infraestrutura", ficou-se a saber que a manutenção do equipamento "é o que custa menos" e que esta parceria tem a duração prevista de 3 anos, sendo ampliada "caso haja, nessa altura, vontade política de fazê-lo". E, a esse respeito, Paulo Batista deixou a sua mensagem central, de que " é fundamental que os decisores políticos percebam a importância da ciência e a velocidade com a qual ela avança... tudo visando o bem comum das populações!".
Por último, este projeto continuará agora, numa segunda fase, também sob a égide do trabalho exaustivo e importantíssimo que será coordenado pelo Professor Joaquim Sousa Pinto, um mirense com renome na área da tecnologia, com trabalhos desenvolvidos tanto a nível nacional como internacional, pela Universidade de Aveiro.
Mira Online
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