David Dinis, Director
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O FC Porto falhou o primeiro assalto à liderança. Diz o Augusto que não houve nem a décima, nem a liderança - e sem Soares, pela primeira vez sem ele. Se a crónica nos diz que faltou isto tudo, o treinador do Porto diz que só faltou uma palavra: eficácia. Daqui por uns dias virá o segundo assalto - no clássico da Luz.
No futebol europeu tudo parece mais resolvido: o "nosso" Mónaco mantém-se à distância, o Bayern reforça-a, a Juventus faz tudo à italiana e em Espanha e Inglaterra, o que se disputa é o segundo lugar.
O assassino do aeroporto de Orly estava sob efeito de drogas e de álcool, mostram as análises agora reveladas. A investigação ainda tenta determinar os motivos que levaram Belgacem a cometer o ataque.
O Presidente filipino chamou “loucos” aos eurodeputados, por serem críticos da sangrenta campanha antidroga que lançou no país. E renovou a promessa de morte a todos os traficantes.
Trump está de olho na Venezuela. Em poucas horas, o Presidente americano discutiu a situação do país com a sua homóloga chilena e com o Presidente do Brasil. E reiterou um pedido de respeito pelos direitos humanos e humanitários na Venezuela.
As notícias do dia
As autárquicas já mexem (I). O PSD confirmou a escolha de Teresa Leal Coelho, com tréguas prometidas (até ao dia depois das eleições). Como é tradição na política, os entendidos não se entendem sobre se isto é um teste a Coelho, Passos Coelho. Mas a história das eleições dá-nos umas pistas sobre como foi (e como pode ser): ganhar as autárquicas em Lisboa é, quase sempre, ganhá-las no país. E perdê-las?
As autárquicas já mexem (II). E quem se trama é a Caixa - e Paulo Macedo. O encerramento negociado com Bruxelas de 180 agências levou vários deputados do PSD, CDS, PCP, e BE - mas também do PS - a pedir explicações ao Governo. E pergunta você agora: o que é que isso tem a ver com as autárquicas? Como pode ler aqui, talvez qualquer coisinha.
Coisas que não mexem, mas deviam (I). Diz o Negócios que o Banco de Portugal acusou Tomás Correia e oito ex-gestores do Montepio de financiarem o GES (na fase da derrocada) sem respeitar as regras. "Irregularidades graves" que podem dar multas até 4 milhões.
Coisas que não mexem, mas deviam (II): há 90 leis “coxas” desde 2003 por falta de regulamentação. Exemplos? Vão da PJ às touradas, passando pelo "naturismo".
Mas também há coisas que vão mexendo, como os novos professores tutores, que prometem mudar comportamentos. A Clara Viana falou com três deles, que explicaram como funciona o programa que entrou em vigor neste ano lectivo (ufa!).
Outra: Os despedimentos colectivos diminuíram 22% no ano passado, conta o Dinheiro Vivo. Desde 2008 que os números não eram tão baixos.
E mais uma que... talvez um dia. Numa entrevista ao Eco, o Presidente do Conselho Económico e Social desafia os parceiros a olhar para as taxas do IRC.
Respirou fundo? É que vem mais uma notícia difícil: Portugal tem uma taxa de co-infecções - de tuberculose e VIH - acima da média. É melhor corrigir: três vezes superior à média.
Leituras diferentes
A nossa entrevista a Cavaco Silva, deste fim-de-semana, passou pela Operação Marquês, o caso da vigilância a Belém, os momentos de incompreensão do povo. Mas também sobre a actualidade europeia, desde a política do BCE, o referendo do Brexit e uma eventual saída portuguesa do euro. Mais do que a parte do livro, eu recomendo-lhe a parte europeia - é que Cavaco Silva é conselheiro de Estado e Marcelo marcou uma reunião para a próxima semana sobre a UE, onde tudo isto será discutido.
E depois do fogo? Não, este não é sobre política. É sobre as aldeias e florestas que sofreram com os incêndios e ficaram entregues à sua própria sorte. Manuel, Carlos, Fátima, Irménia ou Joaquim perderam casas, animais, produções agrícolas. Esta terça-feira, o Conselho de Ministros aprova um conjunto de medidas para a reforma da floresta. A Patrícia Carvalho e o Adriano Miranda foram à procura daqueles com quem tinham falado no Verão passado.
Ainda a luta pela descolonização? Em Londres, um grupo de alunos universitários questionou o estudo de filósofos brancos como Kant e a ausência de autores africanos ou asiáticos nos currículos. O movimento pela descolonização das mentalidades cresce com um debate "velho em África" que a Europa "não tem acompanhado". E em Portugal? Faz sentido esta luta? A Joana Gorjão-Henriques argumenta.
E o Brexit, o Reino Unido não o discute? Por supuesto! A Ana Fonseca Pereira entrevistou Charles Grant, director do Center for European Reform, que lhe diz que a pressão dos eurocépticos pode impedir um acordo com a UE. E deixa um alerta para as conversas com a Europa: “O primeiro obstáculo será dinheiro, o segundo o acordo de transição”.
Hoje na agenda
- A CGD procura dinheiro em Londres e Paris, no início da operação para emitir dívida a privados.
- Os lesados do Banif acorrentaram-se ao Santander, protestando pela ausência de uma solução.
- Em França, há debate na tv entre os principais candidatos à Presidência.
- Os ministros das Finanças do euro juntam-se, com a Grécia, os orçamentos dos Estados-membros, a evolução do emprego e as emissões de dívida sobre a mesa. E mais uma dúvida: Dijsselbloem, fica?
- A selecção nacional de futebol junta-se em Lisboa, para preparar os próximos jogos de qualificação para o Mundial.
Só mais um minuto
Leio que hoje é o dia da felicidade e lembrei-me logo desta história: era uma vez uma equipa que ganhou 14-1. E o que é que diz o treinador no final do jogo? Isto, assim.
Mas a felicidade também se faz de coisas como esta: um pai a amparar um filho e um livro ao colo, um livro que fala sobre a relação deles. Sim, este texto ainda é do dia do pai (mas há mesmo dias marcados para isso?)
E se a felicidade estiver num mergulho na floresta? É como diz a Francisca Gorjão Henriques, na Fugas: as árvores fazem-nos bem e não há tempo melhor que o que aí vem para nos fazermos ao campo.
É isso: a Primavera está a chegar e não tarda vamos aproveitá-la como deve ser. Para já, é tempo de mergulhar no trabalho e nas notícias. Porque esperar é uma virtude (sobretudo quando se anuncia chuva).
Dia bom para si! Até já!
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