segunda-feira, 20 de março de 2017

CGD sob pressão/ A fasquia do PSD/ E os empatas da Liga


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Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
O FC Porto falhou o primeiro assalto à liderança. Diz o Augusto que não houve nem a décima, nem a liderança - e sem Soares, pela primeira vez sem ele. Se a crónica nos diz que faltou isto tudo, o treinador do Porto diz que só faltou uma palavra: eficácia. Daqui por uns dias virá o segundo assalto - no clássico da Luz.
No futebol europeu tudo parece mais resolvido: o "nosso" Mónaco mantém-se à distância, o Bayern reforça-a, a Juventus faz tudo à italiana e em Espanha e Inglaterra, o que se disputa é o segundo lugar.  
O assassino do aeroporto de Orly estava sob efeito de drogas e de álcool, mostram as análises agora reveladas. A investigação ainda tenta determinar os motivos que levaram Belgacem a cometer o ataque.
O Presidente filipino chamou “loucos” aos eurodeputados, por serem críticos da sangrenta campanha antidroga que lançou no país. E renovou a promessa de morte a todos os traficantes.
Trump está de olho na Venezuela. Em poucas horas, o Presidente americano discutiu a situação do país com a sua homóloga chilena e com o Presidente do Brasil. E reiterou um pedido de respeito pelos direitos humanos e humanitários na Venezuela.

As notícias do dia 

As autárquicas já mexem (I). O PSD confirmou a escolha de Teresa Leal Coelho, com tréguas prometidas (até ao dia depois das eleições). Como é tradição na política, os entendidos não se entendem sobre se isto é um teste a Coelho, Passos Coelho. Mas a história das eleições dá-nos umas pistas sobre como foi (e como pode ser): ganhar as autárquicas em Lisboa é, quase sempre, ganhá-las no país. E perdê-las?
As autárquicas já mexem (II). E quem se trama é a Caixa - e Paulo Macedo. O encerramento negociado com Bruxelas de 180 agências levou vários deputados do PSD, CDS, PCP, e BE - mas também do PS - a pedir explicações ao Governo. E pergunta você agora: o que é que isso tem a ver com as autárquicas? Como pode ler aqui, talvez qualquer coisinha.
Coisas que não mexem, mas deviam (I). Diz o Negócios que o Banco de Portugal acusou Tomás Correia e oito ex-gestores do Montepio de financiarem o GES (na fase da derrocada) sem respeitar as regras. "Irregularidades graves" que podem dar multas até 4 milhões.
Mas também há coisas que vão mexendo, como os novos professores tutores, que prometem mudar comportamentos. A Clara Viana falou com três deles, que explicaram como funciona o programa que entrou em vigor neste ano lectivo (ufa!).
OutraOs despedimentos colectivos diminuíram 22% no ano passado, conta o Dinheiro Vivo. Desde 2008 que os números não eram tão baixos.
E mais uma que... talvez um dia. Numa entrevista ao Eco, o Presidente do Conselho Económico e Social desafia os parceiros a olhar para as taxas do IRC.
Respirou fundo? É que vem mais uma notícia difícil: Portugal tem uma taxa de co-infecções - de tuberculose e VIH - acima da média. É melhor corrigir: três vezes superior à média.

Leituras diferentes 

A nossa entrevista a Cavaco Silva, deste fim-de-semana, passou pela Operação Marquês, o caso da vigilância a Belém, os momentos de incompreensão do povo. Mas também sobre a actualidade europeia, desde a política do BCE, o referendo do Brexit e uma eventual saída portuguesa do euro. Mais do que a parte do livro, eu recomendo-lhe a parte europeia - é que Cavaco Silva é conselheiro de Estado e Marcelo marcou uma reunião para a próxima semana sobre a UE, onde tudo isto será discutido.
E depois do fogo? Não, este não é sobre política. É sobre as aldeias e florestas que sofreram com os incêndios e ficaram entregues à sua própria sorte. Manuel, Carlos, Fátima, Irménia ou Joaquim perderam casas, animais, produções agrícolas. Esta terça-feira, o Conselho de Ministros aprova um conjunto de medidas para a reforma da floresta. A Patrícia Carvalho e o Adriano Miranda foram à procura daqueles com quem tinham falado no Verão passado.
Ainda a luta pela descolonização? Em Londres, um grupo de alunos universitários questionou o estudo de filósofos brancos como Kant e a ausência de autores africanos ou asiáticos nos currículos. O movimento pela descolonização das mentalidades cresce com um debate "velho em África" que a Europa "não tem acompanhado". E em Portugal? Faz sentido esta luta? A Joana Gorjão-Henriques argumenta.
E o Brexit, o Reino Unido não o discute? Por supuesto! A Ana Fonseca Pereira entrevistou Charles Grant, director do Center for European Reform, que lhe diz que a pressão dos eurocépticos pode impedir um acordo com a UE. E deixa um alerta para as conversas com a Europa: “O primeiro obstáculo será dinheiro, o segundo o acordo de transição”.

Hoje na agenda
  • A CGD procura dinheiro em Londres e Paris, no início da operação para emitir dívida a privados.
  • Os lesados do Banif acorrentaram-se ao Santander, protestando pela ausência de uma solução.
  • Em França, há debate na tv entre os principais candidatos à Presidência. 
  • Os ministros das Finanças do euro juntam-se, com a Grécia, os orçamentos dos Estados-membros, a evolução do emprego e as emissões de dívida sobre a mesa. E mais uma dúvida: Dijsselbloem, fica?
  • A selecção nacional de futebol junta-se em Lisboa, para preparar os próximos jogos de qualificação para o Mundial.

Só mais um minuto  

Leio que hoje é o dia da felicidade e lembrei-me logo desta história: era uma vez uma equipa que ganhou 14-1. E o que é que diz o treinador no final do jogo? Isto, assim.
Mas a felicidade também se faz de coisas como esta: um pai a amparar um filho e um livro ao colo, um livro que fala sobre a relação deles. Sim, este texto ainda é do dia do pai (mas há mesmo dias marcados para isso?)
E se a felicidade estiver num mergulho na floresta? É como diz a Francisca Gorjão Henriques, na Fugas: as árvores fazem-nos bem e não há tempo melhor que o que aí vem para nos fazermos ao campo.
É isso: a Primavera está a chegar e não tarda vamos aproveitá-la como deve ser. Para já, é tempo de mergulhar no trabalho e nas notícias. Porque esperar é uma virtude (sobretudo quando se anuncia chuva). 
Dia bom para si! Até já!

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