Enquanto dormia...
... a Coreia do Norte ameaçou atacar um dos aliados dos Estados Unidos na região do Pacífico. Referia-se à Austrália ou à Nova Zelândia. Já teve resposta.
O Comissário Europeu da Sáude defende que certas vacinas devem ser obrigatórias. "É irresponsável dizer o contrário", afirmou Vytenis Andriukaitis numa entrevista aoPúblico. Ontem, uma irmã de 12 anos da jovem que morreu com sarampo foi ontem internada. Tratar-se-á, contudo,apenas de uma medida de precaução.
O Estado tem 4.500 edifícios devolutos ou sem ocupantes. São um quinto dos imóveis públicos ou geridos em parceria com entidades privadas. Os dados são da Direção-Geral do Tesouro e Finanças e estão no DN.
Marques Mendes deixou ontem duas notas importantes no seu habitual comentário na SIC. A primeira foi a de que o aumento de capital da Caixa Geral de Depósitos não vai contar para o défice. A segunda a de que se António Domingues revelasse os SMS trocados com Centeno na audição da Comissão de Inquérito marcada para sexta-feira, "dificilmente" o ministro se aguentaria.
Outra informação relevante
Emmanuel Macron e Marine Le Pen venceram (sem surpresa) em França. As reações sucedem e já estamos a acompanhar este day after em liveblog. Para ficar bem enquadrado saiba o que pensam e defendemos os dois candidatos que vão disputar a segunda volta das presidencais francesas em seis pontos, A Ana França comparou o que propõem para Europa, Segurança e Terrorismo, Defesa, Emigração, Estado Social e Nuclear para lhes expor as diferenças de perfis antes do duelo final do próximo dia 7 de maio.
Mas o que é que sobrou desta primeira volta das presidenciais francesas? Vamos por pontos:
- A direita, de Fillon, mas sobretudo o PS, de Hamon, desaparecem do mapa político francês (onde ainda há tão pouco tempo Hollande era visto como a esperança dos socialistas europeus). Um cataclismo, que prova o declínio do partido, dizem os especialistas.
- Mas a passagem do independente Macron e da extremista Le Pen à segunda volta revelaram também um acerto nas sondagens (depois dos falhanços no Brexit e na eleição de Trump) e o facto de o atentado nos Campos Elísios não ter tido aparentes efeitos. Eis os resultados, as declarações, e tudo o que aconteceu no dia de ontem. Que acabou com a esquerda e a direita unidas por Macron para derrotar a líder da Frente Nacional.
- A exceção é Mèlanchon. O candidato de extrema-esquerda não se compromete com apoios. Daí que vão para ele os avisos dos apoiantes de Macron, ouvidos pelo João de Almeida Dias, enviado do Observador, nareportagem na sede do vencedor.
- No Observador pode ler as análises de Rui Ramos,que sublinha que "metade dos francess votou contra o euro e a UE"; Alexandre Homem Cristo, que alerta que Macron vai ser "um presidente sozinho e sem força política"; Diana Soller, que diz que Macron e Le Pen são "os filhos desavindos da mesma França"; João Carlos Espada, que fala numa ilusão pós-nacional; e Manuel Villaverde Cabral, que assistiu a um drama em quatro actos.
- Lá fora, sugiro-lhe as lições de uma primeira volta histórica, segundo o Le Monde; a visão do Libération; o editorial doFigaro; ou o olhar dos ingleses do The Guardian que, tal como El País, destacam a esperança para a Europa; já oNew York Times fala do desafio patriótico que Macron faz a Le Pen. Para um olhar global, fique também com as capas dos jornais desta manhã.
O outro tema do fim de semana foi o futebol. O FC Porto não aproveitou para reduzir a distância para o Benfica depois do empate dos encarnados em Alvalade. Muito por culpa de Manta, também empatou, a zero, frente ao Feirense e continua assim a três pontos quando faltam quatro jornadas para o fim do campeonato. Eis as contas para um título de via quase única para o Benfica. E eis o maior jejum de Pinto da Costa.
Mas infelizmente houve muito mais jogo fora que dentro dos relvados. Depois da lamentável morte de um adepto italiano apoiante do Sporting por um alegado adepto do Benfica, num caso que terá começado com um encontro de claques marcado por SMS, a troca de palavras entre presidentes do Benfica e do Sporting (com o FC Porto pelo meio) descambou.
Tudo começou com a história complicada do convite recusado por Luís Filipe Vieira assistir ao jogo na tribuna de Alvalade. Seguiu-se o ataque do presidente do Benfica: "Também tivemos um demagogo, populista e mentiroso compulsivo". E o contra-ataque de Bruno de Carvalho: "Veremos se não se tornará vizinho de Vale e Azevedo quando deixar o Benfica". No fim, o Sporting acusou ainda o Benfica de fazer uma espera ao árbitro. E o Benfica vai avançar com processo.
Mantenho-me no futebol. Porque em Espanha o Barcelona foi a Madrid ganhar ao Real por 3-2 e relançou a Liga espanhola. Os dois clubes têm os mesmos pontos, 75, mas os de Madrid contam menos um jogo. Do encontro destaque para os dois golos de Messi (incluindo o da vitória, o nº 500, já nos descontos). Ronaldo ficou em branco.
Uma última nota futebolística com os respetivos parabéns para o Portimonense. Garantiu a subida (e o regresso do clube e das equipas algarvias) à I Liga. A "culpa" é do velho lobo Vítor Oliveira.
Última nota: mais suspeitas de jogos combinados levaram a GNR a identificar os árbitros do Freamunde-Penafiel.
Na política caseira, Luís Montenengro veio esclarecer que é contra primárias no PSD e que está ao lado de Passos Coelho. A declaração -- para acabar com as "intrigas" -- surge depois do regressado Miguel Relvas -- afastado da política depois de Passos ter legitimado uma investigação do Ministério da Educação à sua falsa licenciatura --, ter defendido esse método para a escolha de líder do partido e ter apontado Montenegro com um bom candidato.
Do lado da 'geringonça', os parceiros continuam a pressionar. Ontem Jerónimo de Sousa voltou a insistir que o PS é "mais papista que o papa" em relação ao Programa Nacional de Reformas e ao Programa de Estabilidade.
Os nossos especiais
Chamam-lhes millenials. Têm cerca de 30 anos, cursos e mestrados, mas não trabalho ou solidez para casar. A Ana França falou com esta geração de eternos ansiosos, alguns mesmo deprimidos. Roubo-lhe o título do artigo mais lido de ontem (e realmente imperdível): "Chegar aos 30 sem “anel” nem emprego fixo. O que pensam os millennials?"
Alfredo Cunha é conhecido por ser o fotógrafo do 25 de Abril graças àquela imagem icónica de Salgueiro Maia. Mas ele é muito mais que esse título redutor. Em 47 anos de carreira dos 63 de vida, acompanhou de perto a Descolonização, esteve na Guerra do Iraque, viu a queda de Ceauşescu na Roménia, seguiu dois presidentes e agora é um reformado hiper-ativo, que prepara livros e exposições. É de tudo isto que ele fala com a Sara Otto Coelho numa entrevista de vida de leitura obrigatória.
Mais duas sugestões de leitura para o feriado:
Há crianças que nascem sem sexo definido. Até agora eram operadas à nascença, mas o Governo quer proibir estas cirurgias e esperar para que a criança defina o seu género. A Rita Porto contacomo pais, médicos e enfermeiras lidam com estes casos. E ouve ainda Santiago, um jovem intersexo.
Se está a pensar num passeio, saiba que há um Stonehenge no Alentejo. O problema vai ser encontrá-lo. A Rita Cipriano teve de procurar como por uma agulha num palheiro por entre os campos de Évora para descobrir estas e outras antas famosas.
A nossa opinião
- Vasco Pulido Valente escreve sobre "O Ocidente e o mundo ocidental".
- Alberto Gonçalves olha para "O prof. Marcelo no jardim-de-infância".
- João Marques de Almeida analisa "Os restos do salazarismo que vivem entre nós".
Notícias surpreendentes
Quais são as sete dúvidas existenciais mais recorrentes? Estas: Será que estou à altura do desafio?; A minha imagem é boa?; Devo dizer o que penso e o que sinto?; Porque é que não consigo auto-elogiar-me?; Será que gostam de mim?; Será que confiam em mim?; E se eu errar, o que é que acontece?
As respostas são da especialista Margarida Vieirez.
Agora que começa a altura das limpezas da primavera, qual a melhor forma de arrumar os quartos (e os brinquedos) dos miúdos? Vicky Silverthorn acaba de lançar a obra "Comece pela Gaveta das Meias" e partilha as dicas essenciais.
Wifi grátis, no café, no museu ou na rua? Dá jeito, mas é tudo menos seguro. Ora leia o que dizem os especialistas.
Segue uma sugestão de viagem imperdível: o guia das Maurícias, a ilha tropical onde cabe o mundo (quase) todo.
Para terminar deixo-o com imagens magníficas. São de um projeto chamado "Fantasmas do Tempo" e misturam fotos de guerras com imagens dos mesmos locais muitas décadas depois. Veja se não são lindas.
Por hoje fico-me por aqui. Já sabe, basta clicar em Observador para ficar a par da informação do dia, a que juntamos boas reportagens e excelentes sugestões
Uma boa segunda-feira e bom feriado do 25 de abril
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