sábado, 22 de abril de 2017

Dia 24 de Abril, às 21h30 Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra abre comemorações do 25 de Abril em Cantanhede


Um concerto de Homenagem a José Afonso, pelo Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra, marca o início das comemorações do 43.º Aniversário do 25 de Abril em Cantanhede.
O espetáculo realiza-se na próxima segunda-feira, véspera do dia da efeméride, a partir das 21h30, no salão dos Bombeiro Voluntários, e o programa contempla a interpretação de alguns dos temas mais emblemáticos do autor de “Grândola Vila Morena”, um dos hinos da revolução de 1974.
O objetivo é comemorar o 25 de abril assinalando também o 30.º aniversário da morte de José Afonso, numa celebração que pretende invocar um legado cultural e artístico indissociavelmente ligado aos valores da liberdade e da justiça social. No alinhamento do concerto constam temas como venham mais cinco, coro da Primavera ou traz outro amigo também.
Será portanto uma oportunidade para recordar o cantor, o compositor, o letrista e o artista que dedicou a vida à defesa das causas em que acreditava através daquelas que foram sempre as suas armas de resistência: a poesia e a música.
Zeca Afonso foi estudante em Coimbra, onde, depois de ter concluído o liceu, se licenciou em letras. Os valores da academia foram-lhe transmitidos através da sua participação no Orfeon e na Tuna, tendo deixado na cidade uma marca profunda naquela que ficou conhecida como a canção coimbrã ou fado de Coimbra.
Na sequência do concerto de homenagem a José Afonso, pelo Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra, na noite da próxima segunda-feira, a celebração do 43.º Aniversário do 25 de Abril em Cantanhede prosseguem nesta data, com a sessão solene comemorativa da efeméride, às 10h00.
À semelhança do que tem vindo a acontecer desde há alguns anos, o programa da cerimónia inclui a intervenção de uma personalidade de reconhecido prestígio, tendo como referência a Revolução de 1974. Este ano, o convidado é José Manuel Mendes, Presidente da Associação Portuguesa de Escritores, que irá proferir uma conferência intitulada 25 de Abril, uma Memória no Futuro”.
No final da sessão solene comemorativa, será feita a deposição de uma coroa de flores junto ao busto de Jaime Cortesão, em Ançã, num tributo a este escritor, intelectual e político natural da vila histórica. Este ato solene contará com a participação da Phylarmonica Ançanense.


Sobre o Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra
Constituído por antigos estudantes da Universidade de Coimbra, apresentou-se pela primeira vez em dezembro de 1980, por ocasião das comemorações do centenário do Orfeon Académico de Coimbra, onde o Coro foi buscar as suas raízes institucionais.
Na sua criação foi determinante o propósito de, num percurso aberto a desafios novos e estimulantes, no domínio da arte musical, como noutros, de inegável dimensão humanista, fazer reviver os Ideais de Fraternidade, de Tolerância e de Solidariedade que, ao longo de gerações, marcaram, de forma algo peculiar, a Academia de Coimbra.
Criado em 1980, já realizou várias centenas de concertos, em Portugal e no Estrangeiro (em quase todos os Continentes). Pela sua importância Institucional, destacamos os concertos nas Sedes de Organizações Internacionais, nomeadamente, o Parlamento Europeu (1987, 1989, 1994, 1999 e 2005), o Tribunal das Comunidades Europeias (1994), a Comissão Europeia (1987), a UNESCO (1987 e 1990) e a ONU (1996).
A sua qualidade coral tem sido reconhecida através da conquista de vários prémios em competições internacionais, de onde destacamos os mais recentes: Medalha de Prata no XVI Festival de Música de Natal e Advento em Praga (2006); Taça de Ouro "Pedro, O Grande" no II World Choir Festival de São Petersburgo (2008); e Medalha de Ouro no Festival Internacional de Karpenisi (2009).
Além de um LP, em 1985, dirigido, ao tempo, pelo maestro Joel Canhão, o Coro gravou 4 CD’s: em 1994, de música diversa; em 1995, o segundo, de composições de Adriano Correia de Oliveira, José Afonso e José Niza, com acompanhamento da Orquestra Filarmónica de Londres e arranjos orquestrais e corais dos maestros José Calvário e Augusto Mesquita; em 1998, um outro (“Alleluya”), de Música Sacra de diferentes épocas e origens; ao vivo, o concerto com que, no final de 2001, no Centro Cultural de Belém, acompanhado pela Orquestra do Norte, encerrou as comemorações dos seus 20 Anos; em 2005, um DVD, aquando da realização da ópera “O Barbeiro de Sevilha”, em colaboração com a Orquestra do Norte e o seu diretor musical, o Maestro José Ferreira Lobo, com encenação de Carlos Avillez; em 2008, o “Cantar Coimbra 2”, em parceria com a Orquestra Clássica de Coimbra; e, ainda em 2008, o CD “100 Anos de Fado de Coimbra”, por parte do Grupo de Fados do Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra, com parte da receita a reverter para a Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Agraciado com o grau de Membro Honorário da Ordem de Mérito por Sua Excelência o Presidente da República Doutor Mário Soares (1996), o Coro possui ainda a Medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura (1995), a Medalha de Mérito Cultural da Câmara de Coimbra (2000), a Medalha de Mérito Honorifica da Universidade de Coimbra (2007), a Medalha de Prata (1987) e a Taça (2005) do Parlamento Europeu. É, ainda, “Amigo Honorário” da Fundação Bissaya Barreto (1997). Mas um dos troféus de que mais se orgulha é da referência que fez ao Coro Sua Santidade o Papa João Paulo II, quando a ele se dirigiu após uma atuação no Vaticano (1996): “Dos anjos diz-se que cantam no Céu. Nós andamos a ensaiar na Terra para cantar um dia com eles no Céu. Mas um pouco do Céu já se ouve quando vós cantais”.

Com um reportório bastante eclético, que inclui perto de uma centena de temas em múltiplos domínios – música sacra, operática, popular, etc. – mas com um destaque significativo para a música de língua portuguesa – tem dedicado particular atenção à interpretação coral da “canção de Coimbra”, especialmente adaptada para coro.
Nos concertos, à atuação coral segue-se, habitualmente, a do seu Grupo de Guitarras de Coimbra – que acompanha, por vezes, o próprio Coro, daí se retirando um efeito verdadeiramente único – dando, assim, a conhecer uma faceta deveras significativa da nossa Música.
Um elevado nível de desempenho, uma sonoridade inconfundível e o clima de simpatia que transmite, tornam este Coro, no estrangeiro, uma representação reconhecidamente invulgar da Cultura portuguesa.
É dirigido pelo maestro Virgílio Caseiro, desde 2003.

Maestro Titular
VIRGÍLIO Alberto Valente CASEIRO
Nasceu em Ansião em 1948.
Possui o Curso Superior de Música (Canto) do Conservatório Nacional de Lisboa. Fez também Composição. Licenciou-se em Ciências Musicais pela Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Nova de Lisboa. Mestre em Ciências Musicais, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Tem especialidades em Musicoterapia, Direcção Coral e de Orquestra.
Entre outros, trabalhou com: Mário Sousa Santos, Fernanda Rovira, Mário Mateus, Fernanda Correia, Joana Silva, Rudolph Knohl, João de Freitas Branco, Constança Capdeville, Rui Vieira Nery, Gerard Doderer, Christopher Bochmann, Fernando Eldoro, Pierre von Hawe, Jos Wuytack e Murray Schaefer. Foi Musicoterapeuta cerca de 10 anos, trabalhando com crianças portadoras de deficiência mental.
Foi Maestro e co-fundador do Coro de Professores de Coimbra no ano de 1981 /82.
Foi Maestro e co-fundador da Orquestra de Câmara de Coimbra no início da década de 90.
Foi Maestro do Orfeon Académico de Coimbra no período de 1982 a 1996. Enquanto ao serviço deste organismo foi homenageado com a indicação do seu nome para a Sala de Direcção do organismo, nas instalações académicas da A.A.C.
Foi Maestro e fundador (1997) do grupo coral masculino Schola Cantorum.
Foi Maestro da Orquestra da Associação de Antigos Tunos da Universidade de Coimbra, de 1999 a 2003.
Foi Maestro do Coro do Hospital Pediátrico de Coimbra.
Como musicólogo, tem realizado inúmeras conferências e comunicações, em Portugal e no Estrangeiro, em colaboração com instituições como a Universidade de Coimbra, Universidade de Trás-os-Montes, Universidade de Aveiro, Direção Geral da Extensão Educativa, Ministério da Educação, Sindicato dos Professores, Associação Portuguesa de Educação Musical, Instituto Politécnico de Coimbra, Leiria, Castelo Branco, Bragança, etc.
Como maestro e cantor tem realizado concertos em Portugal e ainda em países como Espanha, França, Alemanha, Inglaterra, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Dinamarca, Itália, Vaticano, Angola, Canadá, Brasil e Estados Unidos da América.
Tem publicados os livros O Orfeon Académico de Coimbra - Das Origens à Actualidade; Novas Canções Automóvel.
É colaborador da imprensa e da rádio regionais.
Tem vindo a desenvolver há cerca de 20 anos uma experiência metodológica de Expressão Musical na ACM de Coimbra, com crianças em idade pré e escolar, com o objetivo de investigar o contributo da música no desenvolvimento e amadurecimento cognitivo, afetivo e motor.
Desenvolveu, até à sua aposentação, atividade docente na Escola Superior de Educação de Coimbra, onde foi Professor Adjunto de nomeação definitiva, tendo à sua responsabilidade a cadeira de Direção Coral e Instrumental, bem assim como a de Prática Pedagógica.
Desenvolve atividade musical no grupo medieval e renascentista Ars Musicae, desde 1985, onde é Diretor Artístico, cantor e instrumentista, e no grupo de canção coimbrã Cancioneiro de Coimbra, desde 1982, onde é cantor.
Desde 2001 que assumiu a responsabilidade artística da Orquestra de Câmara de Coimbra, (a partir de 2005 Orquestra Clássica do Centro) tendo sido também seu Maestro Titular.
Em 2002 assumiu a responsabilidade artística da Orquestra Para-Sinfónica Juvenil de Coimbra.
Em 2003 foi agraciado com o diploma de Mérito Profissional, entregue pelo Rotary Club de Coimbra.
Iniciou em 2003 as funções de Maestro do Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra.
Em 2004 foi agraciado com a Medalha de Mérito, atribuída pela Câmara Municipal de Ansião. Ainda em 2004 foi agraciado com a Medalha de Mérito Cultural, atribuída pela Câmara Municipal de Coimbra, como reconhecimento do trabalho de intervenção musical e cultural que ao longo dos anos tem vindo a assumir na cidade, bem assim como na zona centro do país.
Já em 2006 foi agraciado com o prémio Prestígio – Salgado Zenha, pela Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra, como reconhecimento do trabalho desenvolvido em prol da Academia e da Cidade.
Ainda em 2006 e por decisão de Sua Ex.ª o Presidente da República, recebe a Comenda da Ordem de Santiago de Espada.




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