segunda-feira, 15 de maio de 2017

PORTUGAL À SOMBRA DE AMBIGUIDADES AINDA NÃO ULTRAPASSADAS – V


Martinho Júnior | Luanda 

Em saudação aos 60 anos do MPLA, aos 52 anos da passagem do Che por África e aos 43 anos do 25 de Abril… e assinalando os 50 anos do início do “Exercício ALCORA” e os 50 anos do início da Guerra do Biafra.

9- A hegemonia do “apartheid” em relação aos seus subsidiários, o colonialismo português e a “branca” Rodésia, reflectia-se, desde os alvores do Exercício ALCORA (1967), não só no ambiente sócio-político e militar (incluindo fornecimento de equipamentos e logística), mas também nos ambientes económicos e financeiros de interesse comum, como nas questões que se prendiam à diplomacia e aos serviços de inteligência.

Sob o ponto de vista económico e financeiro, antecipando tudo o mais, duas grandes iniciativas tiveram origem na capacidade geoestratégica, financeira e tecnológica da África do Sul, redundante do seu poderio na via da Revolução Industrial com impacto avassalador no sul do continente: o Plano do Cunene e a barragem de Cabora Bassa.

Em “ALCORA – O acordo secreto do colonialismo – África do Sul, o vértice do triângulo da aliança”(pag. 74), os autores confirmam:

“Para a África do Sul chegara o tempo de explorar as potencialidades das zonas de interesse mútuo com Angola e Moçambique.

Um dos grandes problemas do Sudoeste Africano era a falta de água e de energia.

Os grandes rios do sul de Angola constituíam uma reserva importante para suprir essas dificuldades e permitiriam instalar mais bancos e instalar mais minas.

Outro dos problemas da África do Sul era a falta de mão-de-obra para as minas do Transval.

A 13 de Outubro de 1964, foram assinados vários acordos entre Portugal e a África do Sul.

Um referia-se ao aproveitamento do Cunene, em Angola; um outro era relativo aos trabalhadores moçambicanos contratados para as minas, concedendo-lhes mais direitos e garantindo-lhes melhor protecção; e um terceiro tinha a ver com a instalação de meios de frio no porto de Lourenço Marques para apoiar a exportação de citrinos sul-africanos.

Estes acordos foram assinados durante uma visita do Ministro dos Negócios Estrangeiros sul-africano, Hilgard Muller, que salientou ao seu homólogo português, Franco Nogueira, as vantagens do aprofundamento das relações económicas e negou expressamente qualquer acordo militar.

O aprofundamento das relações económicas referidas por Hilgard Muller, teve seguimento em Março de 1965, através de um empréstimo da África do Sul a Portugal, no valor de 5,75 milhões de rands para o projecto hidroeléctrico da Matala (Angola).

Ainda no âmbito da cooperação económica, em Julho do mesmo ano foram estabelecidos acordos de transporte aéreo entre Portugal e a África do Sul, que permitiram que a TAP e a SAA (South Africa Airways) passassem a voar duas vezes por semana entre Lisboa e Joanesburgo.

Este acordo tinha também a ver com as dificuldades de autorização de sobrevoo que vários países africanos estavam a colocar às companhias aéreas de Portugal e da África do Sul”.

O ”apartheid” ensinava a um parceiro, membro da poderosa NATO, como se fazia a fim de estabelecer alianças geoestratégicas: primeiro, “suavemente”, o emprego do engodo “soft power”integrando a inteligência económica, tal e qual como notou o Rei Lobengula no Zimbabwe, face aos avanços da British South Africa Company, com a história da borboleta a ser engolida pelo perverso camaleão!

Em ambos os casos (Plano do Cunene e Cabora Bassa), o “apartheid” procurava múltiplas soluções no âmbito da criação de plataformas comuns da internacional fascista na África Austral e entre elas destaco:

- Busca de soluções no sentido de garantir mananciais de água em reforço das necessidades dos países do sul;

- Incentivo ao aumento dos recursos hidroeléctricos, visando suprir as necessidades em energia a sul;

- A elaboração de planos que visavam a ocupação humana dos territórios com significado geoestratégico, contribuindo para definir regiões de ocupação (com malha político-administrativa apertada) e regiões de intervenção (com malha político-administrativa alargada e de fraca expressão, em função de baixíssimas densidades de implantação humana).

- Alterações substanciais nas capacidades instaladas nessas regiões, com vista à introdução de processos agrícolas e pecuários intensivos, na base de planos de agro-indústria, assim como do aproveitamento industrial de carnes de matadouro, tirando partido das migrações anteriores (portugueses e boers);

- Gestação duma forte capacidade amortecedora nas fronteiras norte da Namíbia, algo que tem a ver com a contingência posterior da “Border War”, por que como antecedente, implicou aproveitamentos, experiências, ensinamentos e a integração de sensibilidades e efectivos.

Em relação a Angola o Plano Cunene, a sul do Caminho de Ferro de Benguela, integrava uma“frente amortecedora” que compreendia:

- Nas regiões de ocupação com maior densidade de malha político-administrativa (a sudoeste de Angola) e história de povoamento comum – o Plano Cunene;

- No centro-sul dos dispositivos – a implantação da UNITA, que por via dos nexos operacionais do âmbito da Operação Madeira procurava garantir uma “almofada” face à penetração do MPLA em direcção à Região Central das Grandes Nascentes do país, com implantação nas nascentes do Lungué Bungo;

- No sudeste (sul do Moxico e Cuando Cubango) – dispositivos de inteligência, de reconhecimento e militares de intervenção, que interceptavam e procuravam neutralizar as penetrações do MPLA em Angola e da SWAPO na faixa de Caprivi (neste caso provenientes da Zâmbia, na direcção de Rundu); foi em Bwarata, na faixa do Caprivi e 60 km a sudoeste de Luiana, que instalaram os sul-africanos os equipamentos militares e de inteligência que iriam ser empregues, conjuntamente com os portugueses, num raio até Lumbala N’Guimbo e até à fronteira com a Zâmbia

Em 1967 (“ALCORA – O acordo secreto do colonialismo – 1967, o ano em que ficou definido o triângulo da aliança”, pag 102/103), “o líder sul-africano foi muito claro, afirmando que o seu país ajudaria Portugal em qualquer eventualidade.

Esta disponibilidade foi o gérmen da aliança estratégica que ambos os países, juntamente com a Rodésia, desenvolveram a partir de antão e que, a nível estratégico, se concretizou com o Plano do Cunene e em Cabora Bassa.

Com a iniciativa e o apoio a esses projectos, Salazar quis evidenciar a sua oposição à descolonização e a intenção de Portugal permanecer em África.

Como vimos o Ministro sul-africano da Defesa, P. W. Botha, visitou Lisboa em Abril para concertar políticas e, especialmente, para relançar o vector da cooperação militar e de informações nas relações entre os dois países.

Botha encontrou-se com Salazar e com os Ministros da Defesa, Negócios Estrangeiros e Ultramar.

Também se encontraram representantes dos Serviços Secretos sul-africanos, o Bureau os State Security (BOSS) e a PIDE, com o fim de coordenarem acções e trocarem informações.

Em princípios de Julho e com o objectivo de reforçar a cooperação regional, Franco Nogueira visitou oficialmente o Malawi.

Apesar de não ter visitado a Rodésia, devido ao boicote internacional, ficou claro que interessava tanto a Rodésia como a Lisboa apoiar o regime de Salisbúria.

O que já estava a acontecer no terreno, uma vez que as forças rodesianas realizaram nesse ano a primeira operação em território de Moçambique, na zona de Tete (Operação Pagoda II), enquanto a África do Sul enviou um contingente da sua polícia para a Rodésia.

Também o general Machado de Barros, comandante da Região Aérea de Moçambique, visitou oficialmente a Rodésia.

Mas talvez tão importante, ou mais, como a cooperaçãomilitar entre os três países para a futura aliança entre eles tenham sido as grandes obras para aproveitamento da bacia do rio Cunene (Angola) e de Cabora Bassa (Moçambique).

Estes dois projectos atrairiam necessariamente capital internacional, que dessa forma se tornaria solidário com a política do regime português para África.

Como vimos, a construção das duas barragens foi aprovada em Conselho de Ministros realizado em Julho no meio de um intenso debate, que levou Salazar a ter de intervir em seu favor.

Vários ministros se opuseram, até por que os dois empreendimentos beneficiavam principalmente a África do Sul.

De facto, tanto a barragem de Cabora Bassa como o Plano do Cunene exportariam mais de 80% da energia produzida para a África do Sul e, além disso, a bacia do Cunene proporcionaria água para regar diversas zonas da Namíbia.

Por isso os críticos do projecto achavam que o esforço de investimento deveria ser suportado maioritariamente pelo país beneficiário”…

É evidente que abrangendo a área de influência dentro de Angola, numa perspectiva de quem observa África a partir da cidade do Cabo e olha para norte, (com acções económicas, sócio-políticas, de inteligência e militares) o território a sul do CFB, levando em consideração a Região Central das Grandes Nascentes, as bacias do Cunene (a oeste), do Cuvelai e do Cubango (Okawango), no centro e do Cuando (a leste) constituíam bacias hidrográficas críticas e balizadoras.

O relacionamento em termos da antropologia humana da metade sul de Angola, com os aspectos físico-geográficos e ambientais e sobretudo nas características bacias hidrográficas, foi o contexto de observação mais sensível para o delineamento dos conceitos geoestratégicos do âmbito do Exercício ALCORA (entre 1967/1973), que só no fim do colonialismo português (1973/1974) teve a tendência para se alargar a norte, respondendo a riscos e ameaças externas que foram inventariadas nessa altura, a noroeste do território angolano.


O facto do “segredo do Exercício ALCORA” continuar a ser guardado após o 25 de Novembro de 1975, é um claro indicador de quanto os sucessivos governos portugueses, ao longo de mais de 40 anos, com “salazarenta inércia”, podiam ingerir e manipular pelo menos no sul de Angola (conforme o exemplo da rede clandestina desmantelada em Benguela e na Huila na primeira metade da década de 80 do século passado).

Lembre-se a propósito, quando a Operação Savannah irrompeu em Benguela na tentativa do“apartheid” chegar a Luanda para entregar o poder em Angola a Savimbi, Amílcar Fernandes Freire, agente principal dessa rede, recrutado em Lisboa pelo Adido Militar Ajunto Jacobus Everhardus Luow, ter sido dos primeiros a entrar na Delegação do MPLA naquela cidade, a fim de recolher o máximo possível da documentação existente e deixada ao abandono, segundo declarações que fez a mim próprio, enquanto oficial instrutor desse processo.

O historiador, investigador e analista Josep Sánchez Cervelló, evidencia por seu turno em“Transiciones en el Mundo Contemporâneo - El Big bang portugués y la transformación geopolítica en el último tercio del siglo xx – 3 Repercusion en África Austral”:

… “Después del 25 de abril de 1974, la arquitectura geopolítica diseñada durante la Guerra Fría se hundió cuando, en julio de 1974, la Junta de Salvación Nacional portuguesa reconoció el derecho de las colonias a la autodeterminación.

Esta decisión provocó el fin del eje Lisboa-Pretoria-Salisbury, en el que Portugal era la primera línea de contención de los gobiernos racistas del África Austral. Mozambique protegía a Rodesia y este país, a su vez, defendía a Sudáfrica, y Angola se encargaba de impermeabilizar la frontera de Namibia.

Por tanto, el debilitamiento de una parte del entramado hacía peligrar toda la estructura de dominación en el sur del continente.

Este eje racista se fraguó en 1968, cuando la Fuerza Aérea Sudafricana prestó apoyo logístico a las tropas portuguesas de Angola y participó directamente en los combates en el frente este, para impedir la penetración del MPLA y de la Organización del Pueblo de África del Sudoeste (SWAPO) desde Zambia.

Al año siguiente, Rodesia se coordinó con las autoridades portuguesas para establecer un plan de contingencia en la región, ante el incierto rumbo que para sus intereses tomaba la guerra de liberación nacional.

Finalmente, en 1970 se estableció la alianza tripartita para asegurar la hot pursuit contra la guerrilla, que permitía saltarse las fronteras. Ese mismo año, el general sudafricano Charles Allan Fraser (1915–1994) redactó un informe demoledor sobre el Ejército portugués, en el que resaltaba sus carencias y pedía que se le apoyase para que no fuese derrotado. Entonces surgió la alianza militar secreta denominada Exercicio Alcora para asegurar la hegemonía blanca en la región.

Otros autores creen que el antecedente de esa colaboración se produjo el 17 de marzo de 1970 cuando Sudáfrica le concedió a Portugal un crédito de 25 millones de rands para sufragar la guerra, que Portugal avaló con el petróleo de Cabinda.

Sudáfrica, para presionar a Portugal después del 25 de abril, le volvió a ofrecer otro préstamo de 150 millones de rands en junio 23, cuando la lucha por el poder en Portugal aún no se había dilucidado entre los que no querían descolonizar (Spínola) y los que sí querían hacerlo (MFA)”…

10- O Exercício ALCORA nesses termos, garantiu para a África do Sul no após 25 de Novembro de 1975, explorando nexos secretos aparentemente “adormecidos” com Portugal:

- A reformulação dos conceitos visando a implementação da “Border War” em Angola, com todas as implicações humanas que acarretou em relação a angolanos, namibianos, sul-africanos e portugueses (no seu rescaldo e uma vez que foram subsidiários da geostratégia do “apartheid” entre 1965 e 1975);

- Que, levando em consideração que a partir de 1975 a linha da frente informal Dar es Salam - Brazaville tinha dado sequência a sul à Linha da Frente “de facto”, muitos aspectos de ordem sigilosa e de inteligência se começariam a coligir no âmbito dum novo quadro de relacionamento luso-sul-africano com raízes e derivações a partir do Estado Novo;

- Que em socorro desse novo quadro de relacionamento afluíam em proveito do minguado território da internacional fascista na África Austral, quer as “redes stay-behind” da NATO (já implantadas ou com novos reforços) sob os auspícios, por exemplo, da passagem de fronteira de dispositivos da PIDE/DGS (entre eles Óscar Cardoso com os Flechas) e do âmbito doutrinário e ideológico no quadro propiciado pelo “Le Cercle”, de organizações etno-nacionalistas, (como por exemplo as que chefiavam Savimbi e Daniel Chipenda), ou de entidades afins como ocorreu com Jaime Nogueira Pinto ou de homens-de-mão que viriam a dar impulso, no lado de Moçambique, à RENAMO (Orlando Cristina e Evo Fernandes).

Na sua intervenção em “Transiciones en el Mundo Contemporâneo - El Big bang portugués y la transformación geopolítica en el último tercio del siglo xx – 3.1 En Mozambique”, Josep Sánchez Cervelló, destaca:

“… El FRELIMO había sido la fuerza hegemónica que desde 1964 combatía al poder colonial.

Tras el 25 de abril y con el apoyo del MFA, que quería establecer un cese de hostilidades, se consolidó como la única fuente de legitimidad, lo que inviabilizó la concurrencia de cualquier otra formación política.

No obstante, al socaire de la represión que desencadenó este partido marxista-leninista en 1976 contra los 35000 mozambiqueños integrados en las tropas portuguesas, hubo una fuga de disidentes hacia Rodesia y Malaui.

Estos fueron encuadrados por la Central Intelligence Organization (CIO) rodesiana, dirigida por Ken Flower, con la colaboración después del 25 de abril del exjefe de la policía política portuguesa, la Policía Internacional y de Defensa del Estado (PIDE), Silva Pais, en la organización que denominaron inicialmente Movimiento de la Resistencia Mozambiqueña (MNR).

El primer contingente de mercenarios llegó el 2 de junio dirigido por Óscar Cardoso, uno de los pides más influyentes, pero la mayoría de los reclutados, en menos de un año se fueron a Zaire, donde la CIA les prometió a los que se uniesen al Frente Nacional de Liberación de Angola (FNLA) una soldada mejor.

No fue hasta junio de 1976 cuando André Matsangaiza, exoficial del FRELIMO, se escapó de la prisión en Sacuze (Mozambique), donde cumplía una pena por haber robado un Mercedes Benz, y había sido capturado por la CIO, que fue cuando pudo montarse la Resistencia Nacional Mozambiqueña (RENAMO).

Orlando Cristina, un hombre ligado a Jorge Jardim, el empresario portugués más influyente de Mozambique, ligado a la PIDE, y que había intentado, en colaboración con Pretoria y Salisbury, obtener una independencia blanca, fue quien le dio nombre”…

A “defesa da civilização cristã ocidental”, contra o “perigo comunista” foi garante para a continuidade do ambiente secreto, promíscuo e ambíguo, no quadro do novo relacionamento de Portugal para com a África do Sul durante os últimos anos do “apartheid” e mesmo depois, em prejuízo de Angola e de Moçambique, particularmente nos “exercícios” de Mário Soares e de Cavaco Silva.

É evidente que, ainda por exemplo e para demonstrar o carácter secreto dos envolvimentos daqueles que quiseram dominar em Angola da forma mais perversa, quer os sucessivos governos portugueses, quer os sucessivos governos sul-africanos, não revelaram (nem ainda revelam) a Angola a importância da Região Central das Grandes Nascentes, limitando-se a apoiar iniciativas em sectores hidrográficos limítrofes, como no caso da fronteira sul, ou de partes específicas de algumas bacias (bacias do Cunene, Cuvelai, Okawango e Cuando, Zambeze), agora sob os olhos do comércio e do turismo transfronteiriço, num quadro que corresponde aos parâmetros da inteligência económica e “soft power” das elites globais ao nível da aristocracia financeira mundial e do seu “lobby” dos minerais e cartel dos diamantes.

Esse alheamento propositado visa que Angola acorde tarde demais para a urgente necessidade duma “Geoestratégia para um desenvolvimento sustentável” conforme tenho chamado à atenção, desinformando obstinadamente por outro lado, considerando que as guerras em África são também guerras “sem fronteiras” em busca de espaço vital e de acesso à água interior.

Quanto mais vulnerável é Angola independente e soberana, mais os círculos e circuitos do “Le Cercle” se sentem correntemente à vontade, na sua integração nos circuitos do capitalismo neoliberal e elitista que são determinantes na África Austral por via do “lobby” dos minerais e do cartel de diamantes.

É evidente que com as actuais correntes sócio-políticas, sob os impactos internacionais promovidos pelas ondas dominantes neoliberais, os angolanos estão a ser capazes de fazer proliferar Parques Naturais Transfronteiriços nos cursos médio-terminais dos rios como acontece no Cuando Cubango (sob os estímulos do “lobby” dos minerais e do cartel dos diamantes, com base no Botswana), mas fica-lhes muito difícil reconhecer a urgente necessidade de controlar, sob o ponto de vista de conhecimento, ambiental e de gestão de recursos, as nascentes de todas as principais bacias hidrográficas que desenham a “rosa dos rios” do país a partir da Região Central das Grandes Nascentes, inclusive a fim de responder aos desafios que as assimetrias têm vindo a impor!...

Portugal só viria a reconhecer, relutantemente, o governo da República Popular de Angola, a 22 de Fevereiro de 1976!...

Foi o 83º país a fazê-lo!...

Como sempre, de ambiguidade em ambiguidade, de promiscuidade em promiscuidade, Portugal enquanto estado vassalo, vai “por inércia” e “por arrasto”, quantas e quantas vezes, atrás de outros capazes de potenciar geoestratégias ainda que sejam apenas nos termos de influência “soft power”, com a timidez que é imposta tal como o foi no quadro do Exercício ALCORA e o é no quadro da NATO, garantindo “por osmose” seu subsídio também ao USAFRICOM.

A consultar de Martinho Júnior:
Eleições na letargia duma colónia periférica – http://paginaglobal.blogspot.com/2013/10/eleicoes-na-letargia-duma-colonia.html 
Programa soft power da CIA contra Angola, passa por Portugal – http://paginaglobal.blogspot.com/2017/01/programa-soft-power-da-cia-contra.html
Neocolonialismo em brandos costumes e dois episódios – http://paginaglobal.blogspot.com/2017/03/neocolonialismo-em-brandos-costumes-e.html 
Portugal à sombra de ambiguidades ainda não ultrapassadas – I – http://paginaglobal.blogspot.pt/2017/04/portugal-sombra-de-ambiguidades-ainda.html 
Portugal à sombra de ambiguidades ainda não ultrapassadas – II – http://paginaglobal.blogspot.pt/2017/04/portugal-sombra-de-ambiguidades-ainda_30.html 
Portugal à sombra de ambiguidades ainda não ultrapassadas – III – http://paginaglobal.blogspot.pt/2017/05/portugal-sombra-de-ambiguidades-ainda.html 
Série completa (8 intervenções) de “Há 50 anos aviões da NATO bombardeavam em Angola” – Página Global Blogspot –http://paginaglobal.blogspot.pt/ 
Geoestratégia para um desenvolvimento sustentável – http://paginaglobal.blogspot.pt/2016/01/geoestrategia-para-um-desenvolvimento.html
  
Outras fontes:
Lista de entidades do “Le Cercle” – https://isgp-studies.com/le-cercle-membership-list 
La guerra secreta en Portugal – http://www.voltairenet.org/article170116.html

Imagens: Capa do livro “ALCORA – o acordo secreto do colonialismo”; “Transiciones en el mundo contemporâneo; Exercício ALCORA: carta do Ministro da Defesa do “apartheid” para o Ministro da Defesa do Estado Novo, de 6 de Fevereiro de 1968 (pags 110/111 do livro “ALCORA – o acordo secreto do colonialismo”; Barragem da Matala; Barragem de Calueque.

Nenhum comentário:

Postar um comentário