Menor encontrado às 8.00 de pijama numa rua da Amadora. PSP remeteu caso para a CPCJ local
"Vi a criança de pijama, perguntei-lhe onde ia e ela agarrou-se a mim a chorar e a pedir comida." Nério Gonçalves, funcionário do Pingo Doce, estava junto a um supermercado desta cadeia numa rua da Amadora quando viu a criança do sexo masculino, com cerca de 3 anos, vestida com o pijama e umas pantufas, surgir na rua, sozinha.
A Polícia de Segurança Pública foi chamada, tomou conta do menor e, mais tarde, entregou-o à mãe, confirmou o DN junto da PSP. Ao mesmo tempo, notificou a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, que irá analisar o que se passou de modo a explicar a situação da criança. "Estava a fazer a descarga [dos produtos para o supermercado] e vi-a", contou Nério ao DN, explicando que o menor não conseguiu dizer o nome, mas chamava pela mãe. Ao mesmo tempo, queixou-se de que tinha fome. "Fiquei chocado. Fui a um café e comprei-lhe comida", contou o funcionário do Pingo Doce, que ao final da tarde ainda não tinha recuperado da situação. "Foi uma coisa que marcou todo o mundo, uma situação muito complicada", disse.
O funcionário não estava sozinho quando a criança surgiu junto ao supermercado. Outros funcionários aperceberam-se do que se estava a passar e aproximaram-se do local. Foi aí que o menor se agarrou a uma das trabalhadoras e não a queria largar. Segundo Nério Gonçalves, o menino estava desorientado". "A fralda transbordava. Mas não parecia ser maltratado", explicou. "Estava cansado e com sono. Não falava bem", acrescentou. Na vizinhança houve quem perguntasse se alguém o conhecia, mas não foi reconhecido. A Nério Gonçalves terá falado "noutras crianças" que estavam no sítio de onde vinha, o que, num primeiro momento, levantou a suspeita de estar numa casa de acolhimento.
Assunto sensível
A PSP não quis adiantar pormenores sobre o caso, pois é "uma situação muito sensível. No interesse da criança só posso dizer que já está com a mãe", disse ao DN fonte oficial do Comando de Lisboa. Também garantiu que a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens tinha sido notificada do caso. Quantos aos passos seguintes, estes estão dependentes da análise que a comissão venha a fazer.
O DN não conseguiu contactar nenhum responsável que explicasse o que vai agora acontecer ou que adiantasse se a criança estaria num centro de acolhimento antes desta situação, pois Nério Gonçalves frisou que o menor falava "noutras crianças". "Espero que esteja bem. E que não volte a acontecer com ninguém", concluiu.
Fonte: DN
Nenhum comentário:
Postar um comentário