O Facebook mentiu-nos e nós não soubemos | Foto: EPA/RITCHIE B. TONGO |
Uma rede social aberta em que todas as pessoas estão no mesmo nível de poder e têm as mesmas oportunidades de se expressarem. Cidadãos anónimos ao lado de celebridades, tudo na mesma linha, no melhor exemplo de uma comunidade horizontal.
Este foi um dos elogios feitos à rede lançada por Zuckerberg, em 2004, para conhecer raparigas em Harvard.
Se é verdade que a rede nascida há mais de 10 anos ajudou alguns anónimos a tornarem-se conhecidos - basta ver a notícia do "Casal Herói da A1", apenas possível graças ao Facebook-, também não é menos legítimo falar da forma como os agentes de poder tomaram de assalto o Facebook.
Cristiano Ronaldo, Shakira e Vin Diesel, um futebolista, uma cantora e um ator, são os perfis com mais seguidores nas redes sociais. Não há nenhum anónimo que entre na lista do Top 10 dos perfis com mais seguidores e juntamente com estas figuras públicas aparecem marcas como a Coca Cola, a Red Bull e o Real Madrid.
Quem tem poder fora da rede usa-a para o perpetuar. É mais fácil ver no feed uma publicação de uma destas pessoas do que de um anónimo. É que já há muito dinheiro gerado graças ao Facebook. Mesmo os políticos têm usado as redes sociais para alcançarem votos. Notícias falsas e perfis falsos fazem hoje parte do que aparece no nosso feed, condicionando, assim, a ideia de comunidade horizontal, prevalecendo a hegemonia das elites.
Fonte: JN
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