Raul Diniz, opinião
Roubar o voto popular significa burla eleitoral
O capital político de João Lourenço é zero a nível do país, e, em termos do MPLA é praticamente nenhum. É digno reconhecer também que JL, não possui nenhuma estratégia politica valida, que permita reestabelecer a dinâmica perdida num partido apodrecido e se encontra mergulhado numa estrondosa instabilidade existencial. Hoje o MPLA enfrenta enormíssimas dificuldades organizacional, por demérito do presidente do partido.
O diagnostico observado da situação que o partido atravessa é trivial e conhecida de todos como deveras sinuosa. Essa avaliação tem inviabilizado sistematicamente o partido de reganhar popularidade perdida. Por outro lado, o eleitor não vê com bons olhos conceder ao MPLA mais cinco anos de tortuoso poder ao partido de JES. Mas, a pior acontecimento, foi JL introduzir a filha dileta do ditador, Isabel dos Ovos Santos, como propagandista da sua campanha.
É vergonhoso quando vemos o nosso candidato inchado de vaidade, desfilando descuidadamente entre novos bajús recentemente provenientes da UNITA, e outros bajús já de todos conhecidos, que veneram JL, e o tratam já de camarada presidente. Isso é uma infâmia, e não cabem dentro do ordenamento político-jurídico de um estado de direito democrático. O nosso voto não é do JES, nem é propriedade do MPLA por antecipação. Desta vez a CNE não vai roubar nosso voto como habitualmente faz, acobertado pelo Tribunal Constitucional. Ao contrario do que disse o ilustre economista Alves Rocha, quando afirma que não sabe se o voto certo é ou não votar no MPLA! Remando eu contra a maré, afirmo taxativamente que o voto certo é o da mudança, e pelo que se sabe, o MPLA não representa nenhuma mudança.
É inaceitável o comportamento adúlteros de membros da superstrutura do MPLA acoplados a campanha de JL, estejam envolvidos em orgias sexuais com raparigas novinhas, que viajam em aviões jatos para as diversas províncias e no estrangeiro, onde se hospedam com elas em quartos de hotéis cinco estrelas, que custam milhões de dólares ao contribuinte. Afinal, com quem e para quem o João Lourenço pensa governar? Aliás, o governo do MPLA e a CNE vivem hoje o seu pior momento desde as suas existências. A militância não quer nem deseja render vassalagem a bandidos criminosos de colarinho branco. Também, ninguém acredita que JL seja o rosto garantidor da mudança em Angola.
Sobretudo, por se verificar uma desgastada colagem de JL ao Bornito de Sousa Diogo, um dos sacerdotes e mestre da fraude eleitoral em curso.
A UNITA fez a diferença, foram criados através dela, os pressupostos encorajadores para que outras manifestações de rua sejam realizadas a contento. A militância do “M” extra CAPs agradece o facto inovador revelado pela manifestação realizada pela UNITA. Meus agradecimentos ao velho SAM.
José Eduardo dos Santos e João Lourenço não têm o direito de transformar o país numa qualquer republiqueta. Se não agirmos em conformidade, seremos uma vez mais escravizados, e/ou engolidos vivos por mais 5 anos. É de convir, que a estrela dessas eleições não é de maneira alguma o ministro da defesa de JES. O povo não aceita mais abusos diligentes pela tirania. O soberano desta vez não deseja receber aulas de democracia de alguém, que sequer conhece a diferença entre um estado autoritário e de policia, e um estado de direito democrático.
Além do mais, o exercício da cidadania, é um direito inalienável, que, aliás, todos desejamos sinceramente exercer. Alguém aí confia na CNE/JES?
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