David Dinis, Director
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Bom dia!
Que tal começarmos por Donald Trump? Eu sei, não é grande variação, mas...
o Presidente americano deu mais uma conferência de imprensa, agora em Phoenix, perdoando um xerife que perseguiu imigrantes; ao mesmo tempo prometeu endurecer as políticas contra imigrantes ilegais, construir o muro na fronteira do México. E, claro, atacou a imprensa. Tudo acabou com protestos e uma intervenção da polícia. A Liliana Borges já fez uma primeira síntese, aqui.
Da América vieram outras notícias: mais sanções a empresas chinesas e russas por apoiarem Pyongyang; e a sempre incrível história da execução de um homem travada no último momento, graças a novas provas de ADN.
Já no Brasil, há outro ex-Presidente acusado de corrupção: agora é Fernando Collor de Mello, acusado de cometer crimes de branqueamento de capitais e formação de organização criminosa a partir da Petrobras. O Supremo autorixou o processo esta noite.
Em Barcelona, estas são as últimas informações: há dois suspeitos em prisão preventiva e outro em liberdade condicional, mas faltam respostas sobre o imã suspeito.
Enquanto no Reino Unido se abre uma nova polémica: Theresa May deu o dito pelo não dito - e abriu a possibilidade de o tribunal europeu manter uma palavra final no que respeita à lei britânica. Problema: este foi um dos temas mais vincados da campanha do Brexit. O The Guardian conta bem a história.
No Público hoje
Angola vai hoje a votos e nós continuamos cheios de dúvidas. Dúvidas que não queríamos ter, mas que é inútil ignorar. Porque as denúncias de falta de transparência deixaram as eleições sob suspeita (como explicam a Nisa Mendes e o Nuno Vinha, em Luanda); porque estamos longe de ter garantido que Angola entra numa nova era (com os desafios que a Rita Siza enumera); porque quem terá o papel preponderante está dentro do MPLA, como conta Sedrick de Carvalho, um jornalista e activista pela liberdade em Angola; porque o favorito pode não passar de um Presidente tampão; porque mesmo que a mudança chegue, ela será "um processo de ajustes, confuso e feio”, na opinião de um dos especialistas que seguem de forma mais próxima o que está lá a acontecer. É como diz o Diogo, no Editorial do PÚBLICO de hoje: "Era hoje o dia em que Angola devia começar a sua caminhada democrática." E agora perguntamos nós: fica para a próxima?
Por cá, os partidos já negoceiam o próximo Orçamento, com o PCP a garantir que o Governo prometeu estudar soluções para um novo aumento extra das pensões. A notícia é do Negócios.
Mas há outra conversa prometida: PS, BE e PSD admitem discutir se autarcas condenados devem ser elegíveis. A sugestão foi de Marques Mendes, mas tem um pequeno problema pela frente: a ideia pode ser inconstitucional. No caminho das autárquicas, há uma outra história significativa: o PS recandidata cinco "dinossauros" contra orientação da direcção, conta a São José Almeida.
Polémica séria é a dos livros para meninos e para meninas. Livros de exercícios, daqueles para os mais novos fazerem nas férias. Livros diferentes, consoante o género. A Clara Viana comparou um e outro, anotou graus diferentes de dificuldade e a reprodução de vários estereótipos. Há professores e uma deputada indignados, a comissão para a igualdade investiga - mas a Porto Editora rejeita as acusações. A história deve mesmo ser lida, aqui.
Como sério é o alerta feito pelos inspectores de electricidade: o Governo quis facilitar as regras de inspecção, mas está a pôr as pessoas e casas em risco. Será?
Falando de riscos, vamos aos incêndios - para lhe contar a nossa manchete: Espanha cedeu a Portugal 500 militares e um terço dos meios aéreos que temos ao dispôr. Exactamente, é isto tudo. A informação que ninguém quis dar aos nossos deputados está publicada... num site espanhol.
E já agora um risco decrescente: a CCDRN chumbou o gasoduto da REN no Património Mundial do Douro. Só que o parecer não é vinculativo.
Verão que é de ler...
Uma história sobre um estudo genético, uma migração histórica e uma enorme polémica. Ou, como diz a Andrea Cunha Freitas, a prova de que estudar o passado e mexer com a história e cultura de um país é um assunto que pode ser muito complicado.
Outra história, muito actual, sobre como Moscovo está a tomar conta do petróleo da Venezuela, que nos ajuda a explicar muita coisa.
A história que nos conta a nossa história, no P2 Verão, hoje com este título da Maria João Lopes: "Quando Rio Maior quis rachar a cabeça dos comunistas à mocada".
E a história polémica do momento, sobre a nova música do Chico Buarque. A polémica que deixa o João Miguel Tavares mesmo chateado, o Rui Tavares quase de acordo - e o nosso Nuno Pacheco a resumir tudo numa frase: "Chico Buarque tem em Caravanas mais uma prova do seu génio musical. O resto são cantigas." Ora leia a crítica do álbum, siga o ritmo, sinta as letras (“Um lugar deve existir/ Uma espécie de bazar/ Onde os sonhos extraviados/ Vão parar”) e siga a caravana, num dia bonito.
Nós aqui ficaremos, atentos e sempre na sua companhia. Daqui segue um abraço e um até já!
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