O Hospital Rural de Moma, a sul da província de Nampula, está desprovido de meios circulantes, com destaque ambulância para a transferência de pacientes para outras unidades sanitárias. O facto já custou a vida de pelo menos uma pessoa de um posto administrativo com carro parqueado para o transporte de doentes, mas não circula supostamente por falta de motorista.
A única ambulância alocada ao distrito encontra-se parqueada, desde que se envolveu numa acidente de viação, e as outras duas viaturas também estão fora da circulação por estarem obsoletas. A situação está a preocupar o governo daquela parcela do país.
O administrador de Moma, Chale Ossufo, disse ao @Verdade que o facto é do conhecimento da Direcção Provincial de Saúde, mas não se vislumbra, a curto prazo, a compra de uma nova ambulância, devido à falta de dinheiro.
É impensável, adquirir uma ambulância através de fundos locais, porque o orçamento alocado pelo governo provincial não prevê situação.
O nosso interlocutor referiu ainda que este ano, pelo menos uma paciente perdeu a vida, no posto administrativo de Chalaua, por falta de um meio de transporte para transferi-la para o Hospital Rural de Moma.
Contudo, o povoado de Mavuco, localizado no posto administrativo de Chalaua, dispõe de uma ambulância subaproveitada, que se encontra parqueada por falta de motorista.
A viatura em questão, segundo Chale Ossufo, foi adquirida com fundos de uma congregação religiosa. Este meio circulante tinha sido transferido para a vila-sede do distrito de Moma, mas foi devolvida por causa de uma revolta popular. Receava-se que fosse destruída.
Num outro desenvolvimento, o administrador afirmou que “as unidades sanitárias de Chalaua e Mavuco não tem serviços de urgência, dai que não há necessidade de ter uma ambulância (...)”.
Como forma de minimizar o drama, segundo Chale Ossufo, as autoridades de saúde locais recorrem a viatura de outras instituições públicas, tais como os Serviços Distritais Actividades Económicas.
A acentuada degradação da estrada que liga a vila-sede de Moma e a cidade de Nampula é apontada como uma das causas que levam a danificação de viaturas alocadas ao distrito, sobretudo ao sector de saúde.
As comunidades mais recônditas do distrito são assistidas por agentes polivalentes de saúde, facto que tem minimizado as transferências ao Hospital Rural de Moma, disse Ossufo.
De referir que Moma conta com 11 unidades sanitárias cujo atendimento aos pacientes é garantido por 48 enfermeiros e seis médicos.
A malária, a anemia por desnutrição crónica e as complicações de parto constam da lista de doenças mais frequentes daquele distrito.
Fonte: Jornal Verdade de Moçambique
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