A Polícia da República de Moçambique (PRM) insiste em afirmar que os sete indivíduos por si executados na noite da última sexta-feira (11), no município da Matola, província de Maputo, são bandidos perigosos, mas não apresentou nenhuma prova consistente.
Segundo Inácio Dina, porta-voz do Comando-Geral da PRM, neste momento “decorre um processo de levantamento do cadastro” sobre os visados.
Contudo, não restam dúvidas de que se travava de uma quadrilha perigosa que aterrorizava cidadãos, sobretudo na província de Maputo, disse o policial, ajuntando que há bastante tempo a Polícia estava no encalço da gangue para a devida responsabilização.
Nunca houve intenção por parte da corporação de tirar a vida de qualquer que fosse o cidadão, explicou Inácio Dina, para quem a intenção era deter os malfeitores e conduzi-los ao tribunal.
Em relação ao indivíduo foragido, as buscas prosseguem com vista a neutralizá-lo para que ajude a esclarecer o caso.
Falando a jornalistas num briefing sobre a segurança e ordem pública no país, o agente da Lei e Ordem disse ainda que a PRM está a trabalhar em coordenação com o Instituto Nacional de Transportes Terrestres (INATTER) para saber a proveniência da viatura em que os finados se faziam transportar.
Trata-se de um minibus com a matrícula AEP 540 MP, destinado ao transporte semi-colectivo de passageiros, e que operava na rota T3/Marracuene.
O facto de os malogrados terem supostamente disparado contra os agente da Lei e Ordem, significa a atirar contra o Estado e “tinha que se responder mas, infelizmente, perderam a vida”.
Este é mais um acto, na perspectiva da opinião pública, que dá indícios de que a PRM tem licença para matar [segundo a Amnistia Internacional] e a responsabilização é deveras fraca.
Fonte: Jornal Verdade de Moçambique
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