Um morador de Jundiaí, de 31 anos, foi preso nesta sexta-feira (20) na Operação do Ministério da Justiça contra a pedofilia, desencadeada em todo o País. Ele tinha material pornográfico no computador de crianças e a Polícia descobriu que abusava da própria filha de 12 anos, havia pelo menos seis anos.
A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Jundiaí, Maria Beatriz Cúrio de Carvalho, disse que o caso veio à tona graças a esse trabalho de investigação. A menina foi levada para conversar com uma psicóloga da Polícia e revelou que o pai abusava dela desde os seis anos. “A menina falou que tem nojo de homem. Detesta homem e para o resto da vida quer distância deles”, comentou a delegada. O pai foi preso por policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), sob o comando do delegado Luiz Carlos Duarte.
Cento e oito pessoas acusadas de produzir e disseminar conteúdos de pedofilia na internet foram presas nesta terça-feira (20) no Distrito Federal e 24 estados do Brasil, na operação “Luz na Infância”.
A ação é realizada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senasp/MJSP) em parceria com as polícias civis e a Embaixada dos Estados Unidos da América no país.
Para o ministro da Justiça e Segurança Pública, Torquato Jardim, a cooperação internacional em tecnologia para a segurança pública no Brasil foi fundamental para a operação.
“Nada se passa no espaço exclusivo do território nacional. A integração federativa é fundamental, e a integração internacional não é menos fundamental em tecnologia. Essa é uma tecla em que o Ministério da Justiça bate muito”, afirmou o ministro. “Os Estados Unidos cooperaram com software e compartilhamento de arquivos. Esse avanço tecnológico é muito importante”, explicou Jardim.
Considerada uma das maiores ações policiais já realizadas no mundo para combater a pedofilia, a operação Luz na Infância cumpriu 157 mandados de busca e apreensão de computadores e arquivos digitais.
Durante a apreensão desses materiais nos 24 estados e DF, foram identificadas e presas 108 pessoas que utilizavam esses equipamentos para produzir, guardar ou compartilhar conteúdos de pedofilia na internet. Foram presas pessoas em São Paulo (25), Rio Grande do Sul (9), Minas Gerais (9), Goiás (9), Bahia (8), Paraná (6), Distrito Federal (6), Pará (6), Rondônia (4), Sergipe (4), Santa Catarina (3), Tocantins (3), Amazonas (2), Pernambuco (2), Ceará (2), Maranhão (2), Mato Grosso do Sul (2), Rio de Janeiro (2), Rio Grande do Norte (1), Espírito Santo (1), Acre (1) e Paraíba (1). Nos estados de Alagoas, Roraima e Mato Grosso não houve prisões, apenas busca e apreensão de materiais.
A operação é resultado de seis meses de levantamentos e investigações coordenados pela Senasp/MJSP, em conjunto com as agências de inteligência de polícias civis. Participaram da iniciativa 1.108 policiais civis.
Cooperação
Os alvos da operação foram identificados através de um trabalho de cooperação mútua realizado em parceria entre a Diretoria de Inteligência da Senasp e a Embaixada dos Estados Unidos da América no Brasil, Adidância da Polícia de Imigração e Alfandega em Brasília (US Immigration and Customs Enforcement-ICE).
Com base em informações e evidências coletadas em ambientes virtuais, as polícias civis dos estados instauraram inquéritos policiais e representaram pelas buscas e apreensões junto ao Poder Judiciário, visando apreender computadores e dispositivos informáticos onde estavam armazenados os conteúdos relacionados aos crimes de exploração sexual contra crianças e adolescente, indiciar e prender os criminosos.
Os trabalhos da Luz na Infância vêm sendo feitos há seis meses e resultam do aprimoramento do trabalho de inteligência de segurança pública e atuação em modelo de força tarefa, que reúne em um mesmo ambiente de trabalho policiais com expertise e capacitação na repressão aos crimes acima mencionados.
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