segunda-feira, 27 de novembro de 2017

360º - Como a Altice ficou grande em três anos e perdeu metade do valor em três semanas; e a festa de dois anos do Governo paga em vales de compras

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360º

Por Filomena Martins, Diretora Adjunta
Bom dia!
Enquanto dormia... 
... em Bali os aeroportos foram encerrados e as ligações cortadas devido à erupção do vulcão do monte Agung. As autoridades indonésias elevaram para o nível máximo o alerta na ilha turística e ordenaram a retirada de toda a população num raio de 10 quilómetros. Devem ser evacuadas 100 mil pessoas.

 O Papa Francisco já chegou a Myanmar. Uma visita que chegou a ser aconselhado a não fazer, tal como terá sido aconselhado a não usar a palavra "Rohingya"


E aí está o primeiro aumento anunciado de 2018o preço do pão vai subir até 20%, diz o CM. Os ovos também ficarão mais caros.

Esta tarde há votação final global do Orçamento, que não trará surpresas, mas mudou muitomuitomuitono fim da semana passada. Ontem, sem surpresas, o Bloco anunciou o voto a favor.


Resultados que põem sob pressão sobre o FC Porto antes do clássico de sexta-feira com o Benfica. A escorregadela dos dragões em Vila das Aves deixou Sérgio Conceição muito irritado. E claro, a guerra já começou: os portistas acusam os benfiquistas de manipular imagens.

Em Espanha, foi o Barcelona que tropeçou (com um incrível golo anulado a Messi) e (re)animou a Liga.

Outra informação importante 

Comecemos por falar da Altice, a empresa que mais tem estado em destaque (e não por boas razões) nos últimos dias. A dona da PT ficou grande no mundo das telecomunicações em três anos. Mas perdeu metade do valor em três semanas. O que está a correr mal? O que pode mudar em Portugal? O negócio da compra da TVI está em risco? A Ana Suspiro foi à procura de respostas.

E depois, claro, a polémica da semana do Governo (têm sido sucessivas desde o verão): a sessão de comemoração dos dois anos de geringonça. O espetáculo foi montado em Aveiro, com sessão de perguntas de cidadãos de todo o país. Pormenor (revelado pelo Sol): cada um recebia 200 euros em vales de compras, mais despesas de alojamento, deslocação e alimentação. Ao todo, a factura foi de 45 mil euros para os contribuintes (quatro vezes mais que em 2016, porque, sim, já se fizera o mesmo).

E podem tirar-se conclusões objetivas deste focus group que teria (segundo o nome e a justificação oficial) como objetivo avaliar o Governo? Segundo o Rui Pedro Antunes, que assistiu estoicamente à entrevista coletiva, não houve perguntas difíceis, mas permitiu mostrar um primeiro-ministro mais afetivo. Para quem tiver curiosidade (ou dúvidas), o 'evento' só pode ser visto no Youtube: a RTP desistiu do direto à segunda pergunta lida de um papelinho. 

Marques Mendes chamou-lhe um acto de propaganda sem eficácia, na intervenção da SIC onde avaliou os ministros: com notas negativas para a Educação e a Defesa e um elogio para um secretário de Estado "que já devia ser ministro".

Já Assunção Cristas disse que o Governo socialista está "refém da estratégia umbiguista do primeiro-ministro".

A parte do capítulo oculto do relatório sobre os fogos de Pedrógão já revelada pelo Governo traz relatos de sobreviventes elucidativos sobre o pânico vivido naquele 17 de junho de má memória. Mas ainda há coisas por revelar e o autor, Xavier Viegas, insiste na divulgação completa.

Na Alemanha ainda não há acordo de Governo. Merkel tem quatro cenários para conseguir continuar no poder e rejeita novas eleições. Entretanto, o executivo em gestão recusa tomar decisões sobre as grandes questões políticas.

Nos Estados Unidos há mais uma polémica com Trump (também não podia faltar). O presidente enviou a filha Ivanka à Índia em sua representação, mas o secretário de Estado Rex Tillerson não gostou e recusou mandar uma equipa de diplomatas a acompanhá-la.

Os nossos especiais

Hoje estreia a nova temporada da série Vikings. Mas há uma história bem real por detrás da ficção. Da Corunha a Lisboa, passando pelo Douro, durante 200 anos os vikings pilharam (destruíram, arrasaram e aterrorizaram) a Península Ibérica. A Rita Cipriano falou com o especialista Hélio Pires, que lhe contou como foi.

Há uma personagem que lhe ficará para sempre associada: a do Lecas, do programa infantil da RTP. Mas José Jorge Duarte foi e é muito mais que isso. Agora dirige equipas de dobragens, mas também pratica medicina tradicional chinesa. E já cantou em cruzeiros, vendeu detergentes e seguros de funeral. A entrevista de vida ao actor faz tudo é do Tiago Palma.

A propósito do 25 de novembro que este ano o PS voltou a não comemorar, Rui Ramos escreveu um ensaio sobre Ramalho Eanes. Um enigma, o militar de cara fechada, o "Presidente de todos os portugueses", o inimigo de Soares e Sá Carneiro.

A nossa opinião

  • Alexandre Homem Cristo escreve sobre o Infarmed no Porto em "Que tal pensar antes de decidir": "As decisões políticas continuam desligadas das necessidades reais e presas a interesses, preconceitos e divagações ideológicas. A deslocação do Infarmed para o Porto é só o exemplo mais recente". 
  • Manuel Villaverde Cabral escreve sobre os dois anos de Governo em "De vitória em vitória até à derrota final": "O primeiro-ministro nunca teve um plano, nem bom nem mau. Desde sempre que não faz senão reagir às pressões. Por sorte sua os esforços do governo anterior resultaram com a viragem da economia mundial".
  • Helena Matos escreve sobre as cheias de 67 em "Como viver uma catástrofe sem poder dizer Salazar?": "As cheias de 1967 tornaram-se a tragédia que Salazar quis esconder. A imagem é poderosa mas falsa: a tragédia foi mostrada. Nas cheias de 67 a censura foi claramente ultrapassada pelas circunstâncias".
  • João Marques de Almeida escreve que espera que "o Porto não aceite o Infarmed": "O governo já recuou. Afinal, só parte do Infarmed é que irá para o Porto. Espero que o Porto mostre a fibra de que a cidade é feita e recuse a esmola do governo. É a única opção digna para Rui Moreira".
  • Fernando Leal da Costa também escreve sobre as "Excentricidades" do Infarmed: "A trapalhada sobre o Infarmed revela o que há de pior na forma que o primeiro-ministro usa para encontrar desculpas, fabricar ilusões e desviar atenções. O estilo pegou e o Governo vai atrás do chefe".
  • Alberto Gonçalves escreve ainda sobre o Infarmed em "Um país sem remédio": "No fim, como de costume, as coisas ficarão na mesma, com o Infarmed em Lisboa, uma sucursal no Porto para justificar o barulho e cinco comissões inventadas para “articular” o arranjo".
Notícias surpreendentes
Está eleito o melhor chef do mundoeste ano o  galardão foi para o francês da Maison Troisgros, dono da Maison Troigros, a noroeste de Lyon.

Por falar em chefs, conheça a nova estrela  Michelin portuguesa. João Oliveira começou a cozinhar para ajudar os avós doentes, trocou as chuteiras de futebol pelo apito de árbitro e acabou por entregar o talento aos tachos e aos fogões.

Não pode também deixar de ler a entrevista do Rui Miguel Tovar a Cicciolina. Sim, essa. A actriz porno que há 30 anos visitou o Portugal, mostrou uma maminha no Parlamento e mereceu um poema de Natália Correia.

De certeza que já se perguntou quando é que deve fazer a árvore de Natal. Aqui entre nós, faça quando lhe apetecer. Quanto ao que manda a etiqueta, as teorias dividem-se: 3 ou 13 de dezembro ou até 23 de novembro.

Bruno Nogueira e Miguel Esteves Cardoso vão conversar sobre coisas na RTPO programa começa já dia 5 e chama-se "Fugiram da Casa de Seus Pais".


Pode ir buscar seguramente uma bebida mais perto enquanto lê as primeiras notícias da manhã e as que se seguirão ao longo do dia. Estão todas no Observador

Bom início de semana, boa segunda-feira

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