Em Mira nasceu através dos ideais de três empresas fortemente afetadas pelo incêndio de Outubro, uma iniciativa que contou - desde o primeiro momento - com o apoio institucional e logístico da Câmara Municipal e das quatro Juntas de Freguesia do Concelho.
A Sotiplanta, a Mariflores e a Leal & Soaresuniram-se no sentido de fazer um projeto "de educação ambiental, onde se pode demonstrar às pessoas que há alternativas ao pinheiro e ao eucalipto" , como afirmou Luís Caetano, da Sotiplanta.
Para as empresas que fundaram o projeto, é muito importante "não esquecer que há um interesse paisagístico: a floresta dá-nos água e oxigénio e estas árvores devem estar no sítio certo e não estar tão perto das populações... hoje, com estas alterações climáticas, elas são um perigo perto e das localidades".
Considerando que este "é um projeto em aberto", seus impulsionadores estão abertos a novas propostas, ideias que ajudem a incrementar ainda mais benefícios que são, no fundo, para todos.
Luís Caetano, dando voz ao empresariado representado na apresentação, afirmou que "a criação disto que chamamos de "bolsa" visa a que as espécies escolhidas no sentido de que resistam mais ao fogo que o normal estejam localizadas num viveiro, de onde sairão para serem plantadas", criando uma "nova" mancha verde no espaço territorial de Mira, embora de pequena monta, pois a área ardida foi imensa.
"No fundo - afirmou Raul Almeida, que deu voz ao sentimento da Câmara Municipal e das Freguesias - o que se pretende, aqui, não é reflorestar, mas sim, sensibilizar as populações, dar-lhes um sinal de esperança, levar às escolas e à comunidade escolar", e não só, a ideia de que pode-se e deve-se fazer algo... e um "algo" melhor para o futuro desta terra.
As comunidades escolares serão envolvidas "no tempo certo", na altura do Dia da Árvore mas, até lá, para além da parte logística a qual se comprometeu, a Câmara Municipal procurará levar a mensagem, para que ela possa chegar aos alunos, numa primeira fase, através da troca de argumentos em prol do ecossistema local.
Provavelmente já a partir desta segunda-feira, estará em funcionamento uma loja online, onde cada um poderá contribuir para que estas plantas possam estar disponíveis num futuro bastante próximo.
Garantindo que "este é um preço simbólico... isto não foi pensado numa perspectiva comercial", Luís Caetano deu conta dos preços envolvidos: "As pessoas poderão contribuir com 1,00 euro, para as plantas, com 2,50 euros para plantas que estejam em vasos reutilizáveis e 10,00 para plantas maiores". Na loja online haverá um marcador que dará a todos a noção exata de como está a decorrer o projeto, no que se refere às contribuições.
A Câmara Municipal e cada uma das quatro Juntas disponibilizarão as já referidas partes logística e de localização das plantações.
Mira Online
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