A utilização do Panteão Nacional para um jantar exclusivo que assinalou o encerramento da Web Summit está a gerar controvérsia, merecendo críticas nas redes sociais.
O jantar da "Founders Summit", onde só participaram algumas dezenas de pessoas escolhidas pela organização, decorreu na sexta-feira à noite, no espaço central do Panteão, junto aos túmulos de personalidades como Amália, Eusébio, Almeida Garrett e Sophia de Mello Breyner Andresen.
"Com o tempo, e com as incertezas da sabedoria, inquietamo-nos sobre a justeza de certas opiniões pessoais. Seremos nós quem não está a ver bem as coisas? Aconteceu-me agora. Ajudem-me: acham mesmo normal que o jantar final do Web Summit seja entre os túmulos do Panteão Nacional", escreveu o embaixador Seixas da Costa, que partilhou uma foto do evento e foi acompanhado pelas críticas de outros internautas.
Ainda que o jantar possa suscitar dúvidas, o facto é que o Panteão é um dos Monumentos Nacionais disponíveis para serem cedidos para eventos privados.
"O Panteão Nacional disponibiliza alguns espaços únicos para organização de jantares de gala, recepções, cocktails, concertos, lançamento de livros, simpósios, conferências, seminários e colóquios. Para além dos eventos referenciados, poderão ser autorizados outros, consentâneos com as características e condições do monumento", pode ler-se no site oficial.
A tabela de preços do espaço está publicada em Diário da República e mostra que só a Sala Sul não está disponível para jantares. O Corpo Central está disponível por três mil euros, o Coro Alto por 2500 euros, o Terraço por três mil e o Adro por quatro mil euros. A estes valores acrescem o IVA e custos de "vigilância/guardaria", caso o evento decorra fora das horas de funcionamento do espaço.
JN
Foto: DR
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