Sandra Silva Costa
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Esta semana chegaram mais boas notícias vindas dos lados da UNESCO, que classificou os bonecos de Estremoz como Património Cultural Imaterial – parabéns ao Alentejo e aos seus artesãos. Nós por cá, ainda estamos a celebrar a distinção que em final de Outubro chegou a Amarante: a mesma UNESCO incluiu-a na Rede de Cidades Criativas. É por isso que a Andreia Marques Pereira hoje nos dá música: já com o rótulo de “Cidade da Música” ao peito, Amarante está a pôr a casa em ordem e a exibir-se como comunidade musical. A Andreia foi aos bastidores descobrir quem lhe dá vida e quem lhe dará futuro. Dentro e fora da tradição: há a Orquestra do Norte, a Orquestra Energia, três bandas filarmónicas, sabe Deus quantos grupos de bombos. Vale a pena ouvir os sons de Amarante. Como também vale a pena provar Amarante – quem resistir aos doces que por lá se fazem que atire a primeira léria – e acordar com Teixeira de Pascoaes no Des Arts Hostel.
Já João Meirinhos acordou para a vida em 2010, quando recebeu esta mensagem de um amigo italiano: “Bora fazer cinema com os putos em África?”. João disse que sim e esse sim mudou-lhe a vida e a forma como olha para ela. Hoje, o Cinéma du Désert já vai na sexta expedição. A bordo de um camião de bombeiros, o projecto apoiado pela organização não-governamental Bambini nel Deserto leva cinema gratuito a quem não tem nada. João Meirinhos é o protagonista desta semana, numa história inspiradora aqui contada pela Beatriz Silva Pinto.
E agora para algo completamente diferente: dormir numa casa de banho. É assim que se sentem os hóspedes que entram no WC Beautique, um hotel desenhado por Nini Andrade Silva que abriu em final de Outubro na Avenida Almirante Reis, em Lisboa. O conceito pode ser um pouco desconcertante, conta-nos a Mara Gonçalves, que ficou na dúvida se estaria num hotel que é uma casa de banho ou numa casa de banho que é um hotel. “Sempre quis fazer um hotel que fosse uma casa de banho de cima a baixo”, revela a designer de interiores, que conversou com a Mara de pijama no bar do hotel. “Achei que não fazia sentido nenhum estar numa casa de banho vestida de forma normal, a não ser que estivesse para sair”, junta Nini Andrade Silva – e assim se justifica que as recepcionistas também se apresentem de pijama azul claro e máscara de olhos sobre a testa. Aqui e ali temos vontade de rir, é verdade – e é por isso que temos que ler a Mara até ao fim.
Para o fim ficam as comidinhas. Primeiro viajamos com o Miguel Pires até Istambul, onde vamos descobrir a nova cozinha da Anatólia e depois, de regresso a Lisboa, mais duas moradas para descobrir: a do Prado, de António Galapito, e a do Mar, no Parque das Nações, ambas desvendadas pela Alexandra Prado Coelho (quem mais?...). Entre vacas de 150 quilos e peixe fresquinho, venha o leitor e escolha.
Tudo tratado por hoje. Aproveite o fim-de-semana prolongado e, já sabe, se precisar de sugestões temos muitas e boas por aqui. Boas viagens!
Vale a pena voltar aqui
Um pop-up de cozinhas da Síria e Eritreia até 16 de Dezembro
A agência criativa The Hotel juntou-se ao projecto Marhaba disponibilizando um espaço no Chiado para uma série de jantares.
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