David Dinis, Director
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Viva!
Aqui estão as últimas notícias:
Trump escolheu Israel e o mundo virou-lhe as costas. A confirmação chegou ontem, de viva voz. E provocou um coro de condenações de rara unanimidade, conta a Maria João Guimarães.
Descobriu-se o comprador do quadro mais caro de sempre. O New York Times investigou e descobriu que o homem que comprou Salvator Mundi, de Leonardo da Vinci, foi um príncipe saudita, amigo do actual regente do reino. O quadro vai ficar no Louvre de Abu Dhabi, como jóia da coroa.
Os bonecos de Estremoz viraram Património da Humanidade. A UNESCO classificou, nesta quinta-feira, como Património Cultural Imaterial esta arte popular em barro, com mais de três séculos de história. Se não os conhece, bastaentrar por aqui.
Do futebol também veio uma boa notícia: Aboubakar não quis esperar pelos amigos turcos e pôs o FC Porto entre os 16 melhores da Europa (sendo estes os possíveis adversários). Registe ainda mais uma proeza de Ronaldo. E foi a noite em que Paulo Fonseca se mascarou de Zorro (literalmente).
O que marca o dia
Um aviso à banca, na nossa manchete: quem facilitar no crédito à habitação vai ter um problema com o Banco de Portugal. A ameaça de intervenção chegou ontem - e a Rosa Soares conseguiu concretizar o que pode acontecer, se os bancos voltarem (como parece acontecer) aos maus vícios de antes da crise.
Um ministro contra Centeno: Manuel Heitor está surpreendido com a recusa das Finanças em reforçar orçamento das universidades. É mais um caso para ao último na Educação. E para juntar às trapalhadas que ontem... atrapalharam António Costa.
Um recuo socialista, na defesa comum europeia, para conseguir o apoio do PSD. Isto depois de termos percebido que o ministro da Defesa não sabia que o plano ia ser secreto, como explica o Observador.
Um dossier parado. A Uber continua a andar, apesar de um novo processo da Protecção de Dados (via ECO), e com decisões contraditórias dos tribunais (viaJornal Económico). Mas o processo de legalização só avança no Parlamento em 2018 (será?).
Uma ameaça de greve no Estado: sem acordos, os professores voltam às ruas em 2018.
E outra na TAP: os tripulantes podem parar no Natal, diz o Jornal Económico.
Um apelo à paz na Autoeuropa, vindo de... Marcelo Rebelo de Sousa. A empresa disse ontem aos trabalhadores que, se o acordo não vai a bem, vai de outra forma.
Na Europa, o tema é a reforma do euro. A proposta da Comissão está a meio da ponte entre Macron e Merkel. E sobre isso é bom ler a Teresa de Sousa: "A Comissão já não é o que era. Nem voltará a ser".
Ler para reter
1. António morreu em Angola em 1963 e voltou agora a casa. Morreu em combate em Angola, ainda na fase inicial da Guerra Colonial, e foi sepultado em Luanda. E só ontem, depois de 54 anos, de um regime ter caído e um país novo se ter levantado, os seus restos mortais voltaram a casa. A sua filha não o deixou para trás.A reportagem no dia do regresso é do Camilo Soldado.
2. “Nunca encontrámos políticas que resolvessem a pobreza nas crianças”, alerta Carlos Farinha Rodrigues, professor universitário, uma das vozes mais reconhecidas na análise da pobreza em Portugal. Ao PÚBLICO e Renascença, entre elogios ao Governo actual, vai deixando alguns avisos: é preciso uma política integrada e não “medidas avulsas”. E era bom ser mais selectivo nos apoios sociais, para canalizar recursos para quem efectivamente precisa. A entrevista está aqui, para nos pôr a pensar.
3. O feminismo é para toda a gente. Está-se a tentar recuperar o tempo perdido. Os anos, as décadas, em que o assédio e o abuso sexual de mulheres foram relegados para segundo plano, aligeirados, ignorados. “Erguemos vidas inteiras, famílias e comunidades em torno do buraco deixado pela ausência desta conversa”, sintetizou a escritora e activista feminista inglesa Laurie Penny. Agora a discussão está em cima da mesa, vinda de Hollywood. Olhá-la de frente é também reconstruir sociedades mais justas, defende a Mariana Duarte, no texto que fez a capa do P2.
4. “Queríamos ser soldados das ruas e usar o nosso corpo até morrer. Foi incrível.” Estreia hoje 120 Batimentos por Minuto, uma visão épica dos activistas da luta contra a sida. Cheios de energia, de desejo, intencionalmente sensuais, ainda que a morrer. O filme de Robin Campillo é a geração dos seropositivos a falar dela e de uma época gloriosa, ainda que rodeada por doença e morte. O Bruno Horta falou com alguns desses activistas para perceber o que diz este filme sobre o presente. O Vasco Câmara deu-lhe umas raríssimas 4 estrelas.
Agenda do dia
Vamos ouvir falar de economia, porque o FMI divulga o relatório sobre a sexta avaliação pós-programa de Portugal - e porque o Eurostat actualiza os dados sobre o crescimento da economia da zona euro. Também vamos ouvir os políticos, ainda a discutir os SMS de António Domingues para Centeno (lembra-se?). E ouviremos cantar parabéns ao Cartão do Cidadão, que faz 10 anos e ganha agora novas funcionalidades no telemóvel, segundo conta o JN.
Lá por fora, Erdogan visita a Grécia, de costas voltadas para o resto da Europa, num dia que será marcado por protestos na Palestina, contra a decisão de Donald Trump de levar para Jerusalém a embaixada americana.
Por fim, é mais um daqueles dias para Cristiano Ronaldo: ouro, outra vez?
Se ainda tiver tempo, recomendo-lhe um dos nossos podcast. Este é sobre o papel dos homens na igualdade (por que raio é que os rapazes "não podem chorar, não podem ter medo, não devem demonstrar fraqueza?", pergunta a Aline Flor). Mas há outras conversas, ou notícias feitas à sua medida no P24, que pode ouvir enquanto segue viagem no carro, autocarro, comboio - ou enquanto corre.
As notícias escritas ficam por aqui, a toda a hora, à distância de um clique.
Dia feliz, bom fim-de-semana!
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