Duas pessoas morreram nas mãos de populares enfurecidos, algumas infra-estruturas e viaturas foram incendiadas, vários bens foram destruídos e outros pilhados, no último fim-de-semana, no posto administrativo de Zongoene, no distrito de Limpopo, província de Gaza.
O tumulto começou por volta das 22h00 da passada sexta-feira (19), quando dezenas de residentes daquele ponto do país se mobilizaram e correram atrás de 12 indivíduos a quem acusavam de semear terror, há algum tempo.
Na circunstância, três cidadãos caíram nas mãos de populares e estes descarregaram a sua fúria sobre os mesmos, uma acção justificada com a alegada inoperância da Polícia da República de Moçambique (PRM) em relação aos desmandos cometidos por presumíveis grupos de criminosos.
Segundo Inácio Dina, porta-voz do Comando-Geral da PRM, quando os agentes da Lei e Ordem tomaram conhecimento da ocorrência, persuadiram a multidão a entregar os suspeitos mas houve resistência.
Na insistência, um indivíduo foi resgatado tendo os outros dois sido mantidos reféns e de seguida mortos.
Acto contínuo, os justiceiros armaram-se com machados, paus e catanas e marcharam até ao posto policial local, onde, para além de cometer desmanados, destruíram a infra-estrutura.
Em seguida, eles caminharam até à casa oficial da chefe do posto administrativo de Zongoene, porque acreditavam que lá se encontrava escondido um dos elementos do pretenso grupo de malfeitores, disse Inácio Dina.
No local, uma viaturas alegadamente pertencente ao presumível malfeitor foi reduzida a cinzas, invadiram as instalações do posto administrativo de Zongoene, pilharam vários bens e atearam fogo.
Os desmandos não pararam por aí, a multidão marchou novamente até algumas barracas que acreditava pertencerem ao grupo que procurava a todo custo. Duas delas foram deitadas a abaixo, alguns bens roubados e uma motorizada queimada.
Até ao fecho desta edição ainda havia supostos criminosos que se encontravam reféns nas mãos de populares.
Inácio Dina disse que os distúrbios prevaleciam até segunda-feira (22), apelou a que as vítimas sejam libertas e ninguém deve enveredar pela justiça pelas próprias mãos, pois tal acto é punido nos termos da lei. Que se evite a “arruaça e a desordem”.
Fonte: Jornal A Verdade. Moçambique
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