O relatório do Estado do Ambiente, que é apresentado esta terça-feira, revela que em 2017, foram produzidas 4 milhões e 75 mil toneladas de resíduos, mais 2,3% do que no ano anterior.O aumento do lixo não foi acompanhado pela recolha diferenciada.
Só 16,5% do total do lixo urbano recolhido o ano passado teve origem em locais de depósito diferenciado de resíduos, por exemplo, os ecopontos. Esta diminuição foi acompanhada por um aumento dos resíduos biodegradáveis que tiveram como destino aterros sanitários. Os dois indicadores são justificados no Relatório do Estado do Ambiente 2018 com o aumento do consumo em 2017.
Quanto à qualidade do ar, houve uma diminuição o ano passado da percentagem de dias com classificação de "Bom" e "Muito Bom", menos quatro por cento, por outro lado, aumentaram, ainda que de forma ligeira (um por cento) o número de dias com qualidade do ar "Fraca" ou "Má". As regiões dos Açores, Algarve e Norte Interior são as que apresentam melhores indicadores.
Apesar dos dados relativos à qualidade do ar, a verdade é que as emissões de gases com efeito de estufa diminuíram. Neste caso, a última informação disponível é referente a 2016 e revela uma diminuição de 2,6% face a 2015. Facto justificado com o peso maior da produção de eletricidade a partir de fontes renováveis e o menor uso de carvão.
Estes dados, segundo a Agência Portuguesa do Ambiente, colocam Portugal na rota do cumprimento das metas das emissões de gases com efeito de estufa em 2020 e 2030. Prevê uma redução de 21% das emissões face a 2005.
O relatório do Estado do Ambiente vai ser apresentado esta terça-feira pelo ministro João Pedro Matos Fernandes. Além de apontar o aumento da produção de lixo, o documento revela também que as emissões de gases com efeitos de estufa baixaram 2,6% em 2016.
Em entrevista à TSF, o ministro do Ambiente defende que é preciso fazer mais na recolha, separação e reciclagem do lixo. João Matos Fernandes acusa as autarquias de se terem esforçado menos na separação dos resíduos.
Fonte: TSF
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