sexta-feira, 8 de junho de 2018

As multas do partidos estão em risco de prescrever

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Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Bom dia! 
Aqui vão as últimas notícias:

No ensaio geral para a Rússia, a Argélia motivou Portugal. Cristiano Ronaldo regressou e o poder de fogo da selecção nacional exponenciou-se. O capitão não marcou, mas inspirou Gonçalo Guedes e Bruno Fernandes. Como conclui o Paulo Curado, nem foi pelo 3-0, foi pelo festival de oportunidades.
Macron ameaçou isolar Trump na cimeira do G7: "O senhor Trump pode não se importar de ficar isolado, mas nós não nos importamos de assinar um acordo a seis, se tiver que ser", disse o Presidente francês. A palavra-chave é "valores", conta o Washington Post.
May quer ficar na União Aduaneira até ao final de 2021, caso não seja encontrada, até lá, uma solução para a fronteira entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda. A chefe do Governo britânica tinha-se comprometido em consumar o divórcio em Março de 2019.
A Argentina fechou um acordo com o FMI. O pacote de financiamento vale 50 mil milhões de dólares, no limite do que os especialistas estimaram, mas é fundamental para estabilizar o peso, que perdeu 25% do seu valor este ano, anota o Wall Street Journal.
Um disco inédito de Coltrane vê a luz 55 anos depois. O álbum foi gravado em 1963, mas nunca houve notícia dele. Tem cinco versões de músicas conhecidas e dois originais, explica o El Pais.

Os títulos do dia

O Novo Banco passou a gestão de imóveis para empresa da... Lone Star. Como explica a Cristina Ferreira, "estão em causa aproximadamente nove mil imóveis, mas também um negócio entre partes relacionadas de centenas de milhões de euros".
As multas aos partidos estão em risco de prescreveravisa o presidente da Entidade das Contas numa entrevista à Leonete Botelho, anotando um problema que é grave e está no coração do sistema político: é que "será impossível cumprir as funções" de fiscalização sem muito mais meios. E quem pode dar os meios (e não dá) são os partidos políticos, que assim não são fiscalizados. Para ler e nos deixar a pensar.
Costa recebeu avisos da esquerda: o PCP quer chamar o ministro da Saúde, argumentando que “o que é preciso é contratar pessoal, não é respeitar as metas de Bruxelas"; o Bloco avisa que os consensos PS/PSD se alargam "como uma mancha de óleo".
A propósito das carreiras: a verba orçamental para progressões estava toda por usar no final de Abril, diz o Negócios. E dar tudo a todos custaria mil milhões, dizem as Finanças ao Eco.
Os contratos verbais vão chegar às lojas e aos cafés, por obra do acordo de concertação. Notícia também do Negócios.

Porque é 6ª-feira

1. Um prémio para o país dos arquitectos. Com o Leão de Ouro atribuído a Souto de Moura, Portugal regressou vencedor da Bienal de Veneza. Prova-se que somos um país em que a arquitectura é uma actividade de excelência, apesar da troika, apesar da crise. Mas falta ainda um apoio mais claro do Estado na divulgação da arquitectura portuguesa nos fóruns internacionais. Sem isso, é também difícil que os arquitectos entrem em territórios mais arriscados, defende a Isabel Salema, no tema que faz a capa do ípsilon.
2. Rachel Kushner na intimidade de uma condenada. Entrou em prisões como voluntária, falou com reclusas, guardas, advogados. Queria que a sua vida os incluísse. Como se vive com o “para sempre” de uma pena perpétua numa prisão de mulheres da Califórnia? Um mergulho no íntimo mais negro, com humor para sobreviver: O Quarto de Marte, uma rara edição simultânea em Portugal e nos EUA, descrita pelas palavras da Isabel Lucas.
3. Voando sobre o ninho de Kanye West. "The most beautiful thoughts are always besides the darkest” é ideia que já estava inscrita no disco-título My Beautiful Dark Twisted Fantasy, mas agora a coisa está mais negra (mais bela?) do que nunca. O novo álbum, Ye, não é para amar nem odiar: é para escutar (se isso ainda for possível) - palavra do Francisco Noronha.
4. Cláudia Dias nas trincheirasQuarta-feira: O tempo das cerejas é uma operação de “desconstrução civil”: debaixo do palco, uma bailarina e um marionetista trabalham para o fim do capitalismo. Que não tem de ser o fim do mundo. Ver para crer, no palco, pelos olhos da Inês Nadais

Hoje na agenda 

Por cá, é dia de prova de aferição de Português no 5º ano. Também dia do fim das jornadas do PCP, que têm sido de avisos ao PS. E dia da resposta da administração da EDP à OPA da China Three Gorges (provavelmente para pedir mais). Por fim, dia para a evocação do 60º aniversário das presidenciais de 1958, em homenagem a Humberto Delgado.
Lá por fora, começa o G7, com o clima de tensão de que já lhe falei, um dia antes de uma cimeira entre Xi Jinping e Putin - e dois dias e meio antes do encontro Trump-Kim Jong-un.
Um dia bom. Até amanhã!

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