Ódio comunista exterminou a família Romanov. Fúria hoje disfarçada sob a alegação de “defesa dos direitos humanos”…
Capa da revista Catolicismo, Nº 812, agosto/2018 |
♦ Paulo Corrêa de Brito Filho
Cem anos se passaram desde o brutal extermínio da família imperial russa. Mas a lembrança de tal barbárie, que muitos procuram encobrir, nunca passará. Devemos tê-la bem presente a fim de jamais alimentarmos ilusões sobre tirânicos ditadores, como os que planejaram e executaram esse monstruoso crime.
O comunismo igualitário não podia suportar a existência de uma família nobre, que governara a imensa Rússia por diversas gerações. Alguns meses após a tomada do poder, Lenin ordenou esse massacre, um dos mais vergonhosos da longa lista de crimes contra a humanidade perpetrados pelo comunismo.
Para manter aceso o ódio de seus sequazes, os chefes bolcheviques de 1918 precisavam praticar atos radicalmente sanguinários, como a execução do Tzar Nicolau II e de sua família. Registrando tal necessidade revolucionária, Leon Trotsky escreveu em suas memórias: “A severidade da punição [a chacina da família imperial] mostrou a todos que continuaríamos a lutar sem piedade, sem nos determos diante de nada. Não se tratava apenas de amedrontar, aterrorizar e infundir o senso de desesperança no inimigo, mas também de sacudir nossas fileiras, demonstrando que não havia outra saída: vitória total ou ruína definitiva”.
Este foi o início de uma história escrita com sangue, a qual prosseguiu do mesmo modo e acrescentando muitos outros instrumentos, como prisões, torturas, fome e guerras fratricidas. Não só na Rússia, mas também nos diversos países que tiveram suas populações subjugadas pela tirania comunista. E o sangue continua a ser derramado ainda hoje, onde quer que se insista em implantar ditaduras semelhantes à soviética.
Em memória deste centenário, cerca de cem mil russos fizeram em 17 de julho último uma peregrinação na cidade de Yekaterinburg [foto ao lado]. Eles passaram pelo local da casa-presídio onde a família Romanov e alguns de seus servidores foram chacinados, e percorreram 21 quilômetros até o lugar onde, em 1918, os comunistas dissolveram os cadáveres em ácido e os incineraram, antes de enterrarem os restos mortais.
Tais fatos não podem cair no esquecimento, sob pena de nos deixarmos surpreender futuramente pela multiplicação de perversidades semelhantes. A revista Catolicismo, na sua missão de relembrar verdades esquecidas, narrar grandes fatos silenciados, publicar crimes que seus autores pretendem ocultar, não poderia deixar passar o centenário do massacre da família Romanov sem recordar as atrocidades então praticadas. Com esse objetivo, nosso colaborador Renato Murta de Vasconcelos elaborou a matéria de capa da edição deste mês [foto no topo]. Aconselho a todos sua aquisição ou sua leitura por meio de nosso site ( http://catolicismo.com.br/ ).
Movimentos que se apresentam como “sociais”, agindo em nome dos “direitos humanos”, das “minorias” ou dos “marginalizados”, com muita frequência partem para a criminalidade. Eles não têm a menor clemência em relação aos sofrimentos humanos, praticam qualquer tipo de violência para alcançar seus objetivos. “Bons sentimentos” nunca se coadunaram com a “ditadura do proletariado”, que sempre foi o objetivo comunista, mesmo quando alegam a defesa de “direitos humanos”. Deus não tem permitido que o solo brasileiro seja atingido por essas desgraças, mas não faltam agitadores organizados com o objetivo político de tomar o poder e nele se perpetuar. Deus continuará a nos proteger contra esses sanguinários, desde que façamos por merecê-lo.
Fonte: ABIM
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