O presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, João Ataíde, fez, ao final da tarde desta segunda feira, dia 15 de outubro de 2018, um resumo dos acontecimentos e um balanço das operações coordenadas pela autarquia na sequência da tempestade Leslie.
A prioridade, logo na noite dos acontecimentos, 13 de outubro, «foi para a limpeza e abertura das principais vias de acesso», com o apoio de meios disponibilizados pelo Comandante Distrital de Operações de Socorro (CODIS). Já na manhã seguinte à tempestade «foi acionado o Plano Municipal de Emergência», a que se sucedeu o Plano Distrital de Emergência, «permitindo a requisição civil de meios e o consequente aumento da eficácia dos trabalhos, com a quase totalidade das vias abertas ao final da tarde», explicou.
Estavam assim criadas as condições para que equipas da EDP intensificassem as reparações destinadas a devolver o fornecimento de eletricidade às muitas zonas afetadas no Concelho, «um trabalho que tem sido muito difícil, atendendo à dimensão dos danos», explicou o autarca. «Neste momento ainda há bastantes problemas no Sul do Concelho, nomeadamente Marinha das Ondas, Alqueidão e Paião, mas também na freguesia de Maiorca, que foi muito afetada, e nas Regalheiras (Lavos), Quiaios e Murtinheira, Brenha… são dezenas de apoios partidos e cabos caídos, incluindo de média e alta tensão, é uma tarefa árdua mas que deverá estar concluída até ao final de quarta feira», adiantou.
Relativamente ao fornecimento de água, João Ataíde sublinhou o esforço conjunto de Município, Águas da Figueira e EDP, para solucionar, com geradores, a maioria das situações de falha de abastecimento. «Estamos a fazer, também, um levantamento exaustivo dos danos em edifícios municipais, que foram quase todos afetados, e outros espaços públicos, para verificar se é possível acionar o Fundo de Emergência Municipal», adiantou o edil.
João Ataíde solicitou a empresários e/ou munícipes afetados que acionem seguros, sem prejuízo de poderem vir a beneficiar de linhas de apoio específicas para situações de catástrofe ou de vir a ser criado um mecanismo municipal para apoiar cidadãos mais carenciados em reparações urgentes. «Já aconteceu, em situações recentes», lembrou João Ataíde, reiterando, no entanto, que estes apoios, a concretizarem-se, serão sempre complementares aos garantidos por seguros próprios.
Para as empresas afetadas, desde logo pela interrupção da produção, o também presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra adiantou que estão já a ser estudadas linhas de apoio.
Finalmente, no que respeita a serviços públicos, João Ataíde destacou a Saúde e a Educação como as áreas que o executivo elegeu como prioritárias. Com hospital e centros de saúde operacionais, são as escolas e jardins de infância que continuam a exigir atenção. Depois de ontem terem estado encerradas, por questões de segurança e numa decisão coordenada com a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares,15 das 53 escolas irão reabrir já nesta terça-feira, estando as demais a ser alvo das intervenções necessárias. «Estamos a proceder às contratações necessárias, em regime de urgência, para que o mais rapidamente possível todas as escolas possam retomar a normalidade», acrescentou o presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz. «Temos um grande desafio pela frente», concluiu.
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