Depois de um mês de Outubro e Novembro replecto de festividades, durante os quais se percorreram uns milhares de quilómetros para satisfazer os compromissos nacionais e internacionais, com participações em sessões solenes, romarias, desfiles, concertos, encontros de bandas, jubileus e ainda inúmeras participações em ofícios divinos, agora passa-se a outros tipos de actividades de índole teatral sem descurar as normais participações tradicionais.
Nesta mudança de mês, alteram-se as festividades e ao desfolhar da partitura, outros conceitos musicais surgem, novos desafios se delineiam com recurso a distintos repertórios e outras performances. Assim, no próximo dia 16 de Dezembro a Banda de Santana deslocar-se-á ao Espinhal e mais concretamente à Sociedade Filarmónica do Espinhal, onde irá participar no 135º aniversário daquela colectividade musical que nesta ocasião estará em festa. Com visitas aos presépios de Penela e Espinhal, depois do almoço será apresentado um espectáculo/concerto pelas 15H30, que inclui as duas Bandas e Coro Carlota Taylor a solo, terminando em apoteose conjunta na Igreja Matriz.
Neste concerto de aniversário da presença estruturada da música no Espinhal, onde nessa Vila a arte sónica continua a marcar a cadência expressiva e o ritmo continuo do dia-a-dia da população, será mais um optimizado motivo de orgulho, poder assistir a mais um aniversário de uma colectividade que respira ideias e projectos e os transmite aos seus instruendos. Nesta sua longevidade que ultrapassa a barreira centenária, de entre todos os do passado e do presente que contribuíram e continuam a dar o seu melhor em prol da música, sem menosprezar ninguém, será de inteira justiça referenciar uma figura que ao longo de décadas tem sido um “pilar” importante nas múltiplas funções que vai ocupando a bem da música. Refiro-me ao amigo Zé Antero actual maestro da Banda do Espinhal, que depois de clavicorne, saxofonista, director, arquivista, professor e regente, tem sido um exemplo no País pela sua paixão e dedicação à música da sua terra.
Igualmente, o local escolhido para o concerto não terá sido ao acaso, visto que como a grande maioria das nossas bandas portuguesas, elas nasceram à “sombra” da Igreja e do Pior da terra (Pe. Calheiros e Pe. A. Antunes) e de gente ilustre (D. Luiz d´Alarcão, António Loureiro e outros) como o comprovam os dados históricos do Espinhal.
Portanto, depois desta resenha histórica/cultural, marquem na agenda o dia e hora e venham ao Espinhal aplaudir a colectividade aniversariante.
Francisco M. Relva Pereira, Dr. – Maestro da Banda de Santana
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