Aumento dos transportes urbanos, à boleia da inflação, é assumido também pela CP nos comboios de longo curso. Passes mensais têm redução já definida em Lisboa e no Porto.
Os transportes públicos urbanos vão aumentar 1,14% no próximo ano, de acordo com a Autoridade Metropolitana de Transportes. Em Lisboa, o aumento é sentido no Metro, nos autocarros da Carris e nos barcos que atravessam o Tejo (Transtejo/Soflusa). No Porto, estão em causa o Metro e os autocarros da STCP. Em ambos os casos, são ainda abrangidas as ligações suburbanas de comboio (apenas títulos ocasionais na CP).
A atualização nos transportes urbanos tem como base a inflação (Índice de Preços no Consumidor) sem preços da habitação, calculada pelo Instituto Nacional de Estatísticas, entre outubro de 2017 e setembro de 2018. O valor da atualização não pode, por lei, exceder a taxa de variação média deste índice do INE.
CP aumenta longo curso, mantém regionais
Tal como nos transportes urbanos, os comboios de longo curso (intercidades e alfa pendular) vão sofrer um agravamento de 1,14% no próximo ano.
No entanto, num ano em que muito se falou da degradação dos comboios, da fragilidade financeira da CP e de múltiplas greves no setor, a empresa anuncia que os preços das viagens em Regional e Inter-Regional vão manter-se inalterados em 2019.
Nos comboios urbanos, apenas os títulos ocasionais têm aumentos, também de 1,14%.
Mais dinheiro para passes sociais
O Governo tem previstos 104 milhões de euros do Orçamento do Estado para reduzir os preços dos passes sociais em todo o país. O financiamento do Programa de Apoio à Redução Tarifária nos transportes públicos estará disponível a partir de abril, cabendo às autoridades de transportes de cada área metropolitana e comunidade intermunicipal fixar os tarifários.
Nos casos de Lisboa e Porto já está prevista uma solução, abrangendo todos os operadores de transportes públicos e privados. As duas áreas metropolitanas garantem que o passe para viajar dentro de um concelho baixa para 30 euros; e entre diferentes municípios fica no máximo em 40 euros. Se a família for alargada, o agregado gasta no máximo 80 euros por mês em passes. Crianças até 12 anos não pagam.
Esta medida abrange todos os 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa e os 17 concelhos da Área Metropolitana do Porto.
Da verba atribuída pelo Governo, 40% pode ser utilizada para reforçar a oferta ou melhorar condições de acesso à rede de transportes coletivos. Estão em causa intervenções nas paragens ou a criação de aplicações de telemóvel com informação aos passageiros.
Vítor Rodrigues Oliveira / TSF
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