domingo, 27 de janeiro de 2019

Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro (ADASCA) é a instituição para a promoção de dádiva por excelência em Aveiro



Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro (ADASCA) é a instituição para a promoção de dádiva por excelência em Aveiro, e aonde pode recorrer presencialmente, por telefone ou através do site http://www.adasca.pt/ para receber todas as informações de que necessite. É também desta forma que pode aceder a todos os locais onde se realizam sessões de colheita, com a indicação do respectivo horário e local.


Se se questiona regularmente porque deve dar sangue, saiba que os serviços de sangue dos hospitais dependem diariamente de todos os dadores que, de forma regular, partilham um pouco de saúde com quem a perdeu. “Todos os dias existem doentes com anemia, doentes que vão ser submetidos a cirurgias, doentes acidentados com hemorragias, doentes oncológicos que fazem tratamento com quimioterapia, doentes transplantados e muitos outros que necessitam de fazer tratamento com componentes sanguíneos”. Enquanto um doente com anemia pode necessitar de uma ou duas unidades de sangue, uma pessoa que necessite de um transplante de fígado ou um doente com leucemia pode necessitar de um número bastante elevado de componentes sanguíneos.

A verdade é que “são necessárias diariamente 1250 unidades de sangue para que o Serviço de Nacional de Saúde funcione em pleno”.

Quem pode dar sangue?
Pode tornar-se dador quem tem hábitos de vida saudáveis, esteja em bom estado de saúde, tenha peso igual ou superior a 50 kg e idade compreendida entre os 18 e os 65 anos. “Para uma primeira dádiva, o limite de idade é os 60 anos embora possa ser aceite posteriormente mediante avaliação clínica”, lemos nos folhetos habitualmente disponibilizados pelos serviços do IPST.

Os homens podem dar sangue de três em três meses (o correspondente a quatro vezes/ano), e as mulheres de quatro em quatro meses (três vezes por ano), sem qualquer prejuízo para si próprios. “Uma unidade de sangue total representa 450 ml. Cada pessoa tem em circulação cinco a seis litros de sangue, dependendo da sua superfície corporal. O sangue doado é rapidamente reposto pelo nosso organismo. Não há qualquer possibilidade de contrair doenças através da dádiva de sangue, pois todo o material utilizado é estéril, descartável e usado uma única vez”, segundo a informação disponibilizada no site daquele instituto.

São conhecidas algumas contra-indicações à dádiva de sangue, devendo o candidato a dador responder com verdade ao questionário que preenche e dar o seu consentimento informado através da sua assinatura. Posteriormente durante a entrevista médica o clínico irá avaliar a possibilidade de determinada pessoa poder ou não dar sangue. É também no momento de avaliação que o potencial dador fica a saber se terá ou não glóbulos vermelhos suficientes para poder dar sangue e não ficar prejudicado. Mede-se a tensão arterial e a frequência cardíaca. Se o dador reunir todas as condições, ficará apto e passa à fase de colheita propriamente dita.

As pessoas interessadas em aderir à dádiva de sangue podem dirigir-se ao Posto Fixo da ADASCA todas as 4ª.s Feiras entre as 15 horas e as 19:30 horas, como ainda aos Sábados das 9 horas às 13 horas, com excelentes condições para estacionamento das viaturas.

Como se realiza a colheita?
Nesta fase, o processo é feito em suporte papel e em suporte informático. Algumas pessoas ainda têm receios no que respeita ao perigo de apanhar doenças ou de ficarem prejudicadas com este gesto. “Devem saber que todo o material é estéril, descartável e de utilização única. Os sacos para onde é colhido o sangue contêm anticoagulante para evitar que o sangue coagule e substâncias nutrientes para prolongar a viabilidade dos eritrócitos durante o armazenamento.

É recolhido pouco menos de meio litro, perfeitamente compatível com uma pessoa com um peso de 50 quilos.” O processo não é doloroso e equivale a uma análise ao sangue sendo um pouco mais demorado. Uma vez que as células sanguíneas se regeneram regularmente, a dádiva de sangue é benéfica para o próprio dador.

A colheita propriamente dita demora entre sete e dez minutos, “se o dador tiver um bom débito”.  Recomenda-se que, após a dádiva, o dador tome uma pequena refeição e beba muitos líquidos. Deve proceder-se à adequada hidratação. Posteriormente, pode fazer a sua vida normal, ainda que não se recomendam muitos esforços. Não é conveniente a prática de exercício físico e não deve fumar na primeira hora após a dádiva. Após a dádiva, o dador toma uma pequena refeição no local da colheita para ficar  mais alguns minutos com  os profissionais que acompanham o processo certificando-se de que está tudo bem com eles.

E depois? O que acontece ao sangue doado?
As unidades de sangue colhidas seguem para o laboratório de produção de componentes onde vão ser separadas nos seus componentes  mediante centrifugação, com vista à sua rentabilização e ao uso eficaz na terapêutica dos doentes.

O sistema de sacos múltiplos para onde o sangue é colhido permite que todo o processo garanta assim a segurança e a qualidade máximas na obtenção dos componentes sanguíneos. 

Ao mesmo tempo que as unidades estão a ser separadas, os vários laboratórios do IPST procedem à análise do sangue doado de acordo com a legislação em vigor. A partir do momento em que as análises são negativas é feita a validação dos componentes sanguíneos, sendo estes rotulados e armazenadas de acordo com as suas características, por exemplo, os concentrados eritrocitários são armazenados no frigorífico a 4ºC e têm validade de 42 dias; o Plasma Fresco é Congelado e mantido a temperaturas negativas (-30ºC) durante 24 meses; e os Concentrados de Plaquetas permanecem em agitação contínua a 22ºC e tendo validade de 5 dias. 

As necessidades são muito variáveis. Existem diariamente as cirurgias programadas, os grandes traumatizados que entram na urgência, onde são necessárias grandes quantidades de glóbulos vermelhos,  os doentes que fazem quimioterapia e que precisam de muito suporte de concentrados de plaquetas e de glóbulos vermelhos. É evidente que precisamos de ter sempre componentes disponíveis, porque o doente não pode esperar por eles.

Os residentes em Aveiro e arredores bem podiam ser mais solidários
A ADASCA promove com frequência Campanhas de Informação e Sensibilização para Dádiva de Sangue junto das escolas e empresas do Concelho de Aveiro, sendo as mesmas extensivas aos Concelhos de Ílhavo e Vagos.

Portanto, só não adere à dádiva de sangue quem não pode ou não quer, porque esperar que alguém o faça por si, é impossível.

J. Carlos



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