Auxiliares de ação médica que trabalham no Serviço Nacional de Saúde há 10 ou 20 anos recebem salários entre os 585 e os 609 euros e reclamam a criação de uma carreira específica.
Hoje, dezenas destes trabalhadores concentraram-se junto ao Ministério da Saúde, em Lisboa, numa ação de luta por uma carreira específica de técnico auxiliar de saúde, uma vez que estão atualmente remetidos a uma carreira geral.
Fernanda Ferreira é auxiliar de ação médica há 26 anos num hospital público do Norte do país e até este mês recebia 609 euros brutos.
“Gostava de ver ministros da Saúde num hospital para perceberem quem os ajudaria e auxiliaria, quem lhes daria um copo de água ou os ajudava no banho”, desabafou à agência Lusa Fernanda Ferreira, enquanto participava na concentração frente ao Ministério da Saúde.
Também presente no protesto, Sandra Freitas trabalha há 10 anos como auxiliar no Serviço Nacional de Saúde e tem um vencimento de 585 euros até este mês, antes da concretização do aumento do salário mínimo, cumprindo turnos e fazendo fins-de-semana.
“Não há respeito pelos auxiliares. Nem da parte do Ministério nem da parte dos outros colegas e profissionais de saúde”, comentou à Lusa.
Ana Silva, auxiliar que também recebe o salário mínimo, queixa-se igualmente da falta de união dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde e lamenta que não se compreenda que os auxiliares de ação médica têm funções específicas e, como tal, deviam ter uma carreira própria.
Dezenas de auxiliares de ação médica estiveram hoje concentrados frente ao Ministério da Saúde em Lisboa a protestar pela “gritante injustiça” de não terem uma carreira própria.
Os profissionais, que hoje cumprem um dia de greve nacional, entregaram um abaixo-assinado a exigir a criação de uma carreira de técnico auxiliar de saúde, documento que conta com cerca de sete mil assinaturas, segundo Sebastião Santana, coordenador para a saúde da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais.
Segundo disse à Lusa o dirigente sindical a greve de hoje está a registar uma adesão superior a 90% nos principais centros hospitalares públicos do país.
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