O filme, rodado na Serra da Lousã, é uma homenagem ao último habitante da aldeia de Silveira de Baixo.
“O último habitante vestiu o seu fato melhor, fumou o seu último cigarro e veio enforcar-se numa figueira à beira da estrada” escrito por Paulo Monteiro , no livro “terra que já foi terra” é o mote para a obra “Testamento de um homem só” que é uma súmula de episódios reais recolhidos entre os últimos habitantes da Serra.
A música, de canto grave e sério “leva-nos à escuridão do bosque, ao alto da montanha num balanço nórdico com a força e peso que carrega” adianta o autor que é também professor e compositor de várias bandas sonoras de cariz etnográfico.
A cinematografia é da responsabilidade do realizador Tiago Cerveira, natural de Oliveira do Hospital, que também já conta com um trabalho dedicado às tradições rurais, apresenta “um videoclip num registo de surrealismo ou sonho, pautado pela natureza morta de inverno, pela forte carga dos rostos, das cores e símbolos” adianta.
“Para que pessoas, vidas, histórias e crenças nunca sejam esquecidas”, João Francisco escreveu e gravou 12 músicas que ilustram vários mosaicos da ruralidade do nosso país num trabalho que sairá nos próximos meses.
Será como um “Borda d’Água” musical uma vez que se rege pelos doze meses do ano e a efeméride que mais marca cada mês.
O tema que representa Abril, primaveril, de convite ao namoro (“eu quero dançar contigo” filmado na aldeia de Cerdeira com o Grupo Etnográfico da Região Serra da Lousã), pode também ser ouvido e visto nas páginas de João Francisco.
NDC
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