A delegação do Parlamento Europeu foi impedida de entrar na Venezuela. Tinha sido notificada "há vários dias" de que "não seria admitida" no país, de acordo com o Governo venezuelano.
"Por vias oficiais e diplomáticas, as autoridades do Governo Bolivariano da Venezuela, notificaram, há vários dias, o grupo de eurodeputados que pretendia visitar o país com fins conspirativos, que não seria admitido", escreveu o ministro dos Negócios Estrangeiros venezuelano, Jorge Arreaza, na sua conta oficial da rede social Twitter.
Segundo o ministro, as autoridades da Venezuela "instaram" os deputados "a desistir" da visita "e evitar assim outra provocação".
"O Governo Constitucional da República Bolivariana da Venezuela não permitirá que a extrema-direita europeia perturbe a paz e a estabilidade do país com outra das suas grosseiras ações de ingerência. A Venezuela respeita-se!", escreveu Jorge Arreaza numa outra mensagem.
Uma delegação do Parlamento Europeu (PE), que tinha sido convidada pela Assembleia Nacional venezuelana (AN) a visitar a Venezuela, foi este domingo impedida de entrar no país e obrigada a apanhar um voo de regresso a Madrid.
A expulsão dos eurodeputados foi denunciada pelo deputado opositor Francisco Sucre, através da sua conta oficial no Twitter, onde afirma que a delegação já tinha chegado ao Aeroporto Internacional Simón Bolívar, de Maiquetía (norte de Caracas), o principal do país.
"Queremos alertar a opinião pública nacional e internacional que o regime usurpador de Nicolás Maduro acaba de proibia entrada na Venezuela de uma delegação de eurodeputados que vieram a convite da Assembleia Nacional da Venezuela e do seu presidente, Juan Guaidó", escreveu.
Segundo Francisco Sucre, a decisão das autoridades venezuelanas foi um "novo atropelo contra a liberdade e a democracia".
"Proíbem a entrada aos eurodeputados e retêm os seus passaportes sem razão ou explicação alguma, o que é um abuso de força de um regime que recorre à força para agarrar-se ao poder", sublinhou.
Francisco Sucre publicou ainda um vídeo, em que explica que os deputados mostraram às autoridades uma carta com o convite feito pela presidência da Comissão de Política Exterior do Parlamento, mas que obtiveram como resposta: "isso não vale nada".
A delegação era composta pelos eurodeputados Esteban González Pons, José Ignácio Salafranca Sánchéz-Neyra e Juan Salafranca.
Dela fazia parte também o eurodeputado português, Paulo Rangel, que acabou por perder o voo de ligação entre Madrid e Caracas.
Lusa
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