domingo, 17 de fevereiro de 2019

Papa Francisco diz que abusos na Igreja é “um desafio urgente do nosso tempo”

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JM Madeira
O papa Francisco classificou hoje a questão do abuso sexual como "um desafio urgente" dos tempos modernos e pediu orações pela cimeira da Igreja sobre o assunto, que se realiza de 21 a 24 de fevereiro no Vaticano. 
Francisco disse hoje aos peregrinos, na Praça de São Pedro, que a partir de quinta-feira, os chefes das conferências episcopais de todo o mundo discutirão “a proteção de menores na igreja”.
“Convido-vos a rezar por este evento, que eu queria (convocar) como um ato de forte responsabilidade pastoral face a um desafio urgente do nosso tempo”, disse Francisco depois da oração do Angelus.
O papa Francisco lembrava assim o encontro histórico sobre “a proteção dos menores na Igreja”, que reunirá os presidentes das Conferências Episcopais de cerca de 130 países, os superiores gerais de congregações e grupos de vítimas.
O Vaticano anunciou no sábado a expulsão do sacerdócio de ex-cardeal e arcebispo emérito de Washington Theodore McCarrick, depois de este ser acusado de abusos sexuais a menores e a seminaristas
A expulsão do ex-cardeal McCarrick surgiu na sequência de uma investigação ordenada pelo papa Francisco sobre o caso.
A Congregação para a Doutrina da Fé considera McCarrick culpado de acusações abusos sexuais de menores e adultos com a agravante de abusos de poder e por isso impôs-lhe a redução ao estado laico.
A redução ao estado laico prevê que não se possa administrar sacramentos, vestir-se como um sacerdote e receber qualquer tipo de salário.
McCarrick foi ordenado cardeal por João Paulo II e participou no conclave de abril de 2005 que elegeu o pontífice Bento XVI.
A perda do ‘barrete cardinalício’ só teve um único precedente na história da Igreja católica, e não estava relacionada com os abusos sexuais.
Em 13 de setembro de 1927, o cardeal Louis Billot, que tinha apoiado o movimento antifascista e antissemita “Action Française”, foi condenado por Pío XI e depois de ser recebido pelo papa deixou o cargo.
Lusa

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