O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) disse hoje que a redução da atividade na Unidade de Transplantação Hepática se deve ao facto de existirem doentes portadores de uma bactéria, que, no entanto, não causou nenhuma infeção.
O jornal Público noticiou hoje que o programa de transplantes hepáticos de adultos do CHUC não está a aceitar novos doentes para internamento por causa de uma bactéria multirresistente detetada no serviço.
Em comunicado enviado à agência Lusa, o CHUC refere que a situação já estava sinalizada, tendo sido identificados os fatores de risco que a podem ter condicionado.
De acordo com a administração, “os exames clínicos e as análises efetuadas permitem concluir que oito doentes se encontram colonizados por ‘enterobacteriaceae’ produtoras de ‘carbapenemases’ e não infetados”.
“Estão em curso as medidas consideradas adequadas e necessárias para o controlo desta situação e a melhoria das condições existentes na Unidade em causa”, refere a nota.
No entanto, o CHUC esclarece que as “‘enterobacteriaceae’ são bactérias que fazem parte da flora intestinal normal dos seres humanos, local onde habitam sem provocar doença”.
Contudo, acrescenta o comunicado, “se atingirem outros locais do organismo, como o aparelho urinário ou a corrente sanguínea, podem causar infeções em pessoas suscetíveis (nomeadamente nos doentes imunodeprimidos/transplantados)”.
“Quando esta bactéria habita o intestino dos seres humanos sem provocar doença, a isto chama-se ‘colonização’ e a pessoa diz-se ‘portadora’. Os portadores podem manter-se colonizados durante meses a anos, mas não necessitam de tratamento”, salienta o CHUC.
O comunicado adianta ainda que a administração está a tentar reforçar os recursos humanos na Unidade de Transplantação Hepática.
NDC
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