Até domingo, dia 3 de novembro, 33 alunos finalistas do 1.º ciclo da Licenciatura de Escultura da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL) vai realizar uma residência artística, ao abrigo do protocolo Aldeia Criativa estabelecido entre o grupo de Escultura da FBAUL e o Município de Proença-a-Nova. “A residência propõe a aquisição de competências na área da escultura efémera, integrada no meio natural/rural, sensibilizando os intervenientes para a necessidade de mudanças de comportamento na relação entre a arte e o meio ambiente, numa perspetiva dialética entre o consumismo indiscriminado que radica no esgotamento dos recursos naturais e as práticas sustentáveis”, referem os professores coordenadores da iniciativa José Teixeira, Helena Elias e Ana Mena. As esculturas efémeras vão nascer nos espaços em redor das margens da Ribeira da Isna, locais onde os residentes darão conta das suas perceções e intenções plásticas e conceptuais.
A receção ao grupo decorreu esta quinta-feira, 31 de outubro, com a realização do Trilho de Praia da Aldeia Ruiva, onde os participantes ficaram a conhecer as possibilidades permitidas pela paisagem. Sendo a principal característica das esculturas que vierem a ser produzidas a efemeridade, é possível visitar o grupo e o local até domingo, 3 de novembro, para as ver ao vivo antes que a natureza as volte a transformar.
“Na estratégia desenvolvida para a cultura e as artes enquanto vetores fundamentais do desenvolvimento das comunidades versus sociedade, o Município de Proença-a-Nova, na parceria que mantém com a FBAUL, estabelece a interligação entre o conceito de polis urbana versus ruralidade como fonte de inspiração e perceção destas duas realidades”, considera João Lobo, presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, que irá propor ao grupo o desafio de criar uma escultura menos efémera para integrar o futuro Centro Interpretativo do Corredor Fluvial da Aldeia Ruiva que irá nascer nas margens da Ribeira da Isna.
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