sexta-feira, 20 de março de 2020

Comunicados ACRAL e CCP: “A economia do comércio local não pode nem deve ser esquecida”

O Governo apresentou na presente quarta-feira, dia 18 de março, um conjunto de medidas que não contemplam qualquer reforço financeiro no apoio ao comércio de proximidade – o comércio local, com exceção da restauração.
Perante esta situação, a maior associação do Algarve – a ACRAL, Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve – lamenta que “as micro e pequenas empresas suas associadas que encerram também os seus espaços seguindo as recomendações da DGS e tendo como prioridade a saúde pública para evitar a propagação da infeção, mas também, por falta de clientes, não representando a procura de bens de primeira necessidade, serão aqueles que mais dificilmente conseguirão recuperar com a crise económica vindoura, não tenham sido considerados“, afirma em comunicado de imprensa Paulo Alentejano, Presidente da Direção da ACRAL.
A Associação refere que tem acompanhado diariamente todo o panorama pelo qual o país tem passado no atual contexto da pandemia provocada pelo COVID-19. Deste modo, Paulo Alentejano acredita que as posições e decisões tomadas pelo Governo “sejam bastante difíceis face à conjuntura atual que atravessamos, mas que infelizmente não podemos [ACRAL] corroborar” e que “a economia do comércio local não pode nem deve ser esquecida”.
Em comunicado a ACRAL menciona e declara subscrever a posição assumida por escrito pela CCP – Confederação do Comércio e Serviços de Portugal.
A CCP ao tomar conhecimento destas medidas, considera “inaceitável o profundo desprezo a que foi votado o sector do comércio e de muitos serviços”. A Confederação recorda que o “sector do comércio representa mais de 700 mil ativos, dos quais meio milhão a trabalhar em micro e PME do sector. os restantes serviços empregam ainda mais de um milhão de trabalhadores”.
A CCP termina a nota de imprensa anunciando que “face a esta discriminação inexplicável e à falta de apoio do governo a estes sectores, a CCP aconselha os empresários a não adiarem decisões (como aconteceu, por exemplo, no período de ajustamento) e a adotarem uma política de redução rápida de custos, nomeadamente laborais, de forma a minimizar as dificuldades com que estão confrontados”.

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