A Comissão Municipal de Proteção Civil de Cantanhede emitiu parecer favorável à constituição de reservas de meios e recursos humanos, em todos os agentes municipais de proteção civil, de modo a que o seu funcionamento fique assegurado em situação de crise decorrente do surto epidemiológico de Coronavírus COVID-19.
A medida, que deverá ser vertida nos Planos de Contingência das entidades em causa, foi aprovada ontem, 17 de março, no âmbito de uma reunião daquela comissão convocada para monitorizar e analisar a situação epidemiológica do Coronavírus (COVID – 19) no território do concelho, nos termos das orientações que constam na Declaração da Situação de Alerta dos Ministros da Administração Interna e da Saúde para o período compreendido entre 13 de março e 9 de abril.
Presidida pela líder do executivo camarário, Helena Teodósio, a reunião contou com a participação do vice-presidente da autarquia, Pedro Cardoso, dos Vereadores Adérito Machado e Célia Simões, do comandante dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, José Oliveira, do comandante do Destacamento Territorial de Cantanhede da GNR, Filipe Mendes, da delegada de saúde, Rosa Monteiro, do presidente do Conselho de Administração do Hospital Arcebispo João Crisóstomo, António Sequeira, do presidente do Conselho de Administração da INOVA-EM, Idalécio Oliveira, e da representante das juntas de freguesia designada pela Assembleia Municipal, Aidil Machado.
Analisadas todas as medidas de prevenção e de antecipação para fazer face ao surto epidemiológico no território do concelho e as restrições e condicionamentos promovidos pela Câmara Municipal, as entidades presentes manifestaram-se no sentido de enaltecer a atuação atempada, diligente e pró-ativa da autarquia, reconhecendo a assertividade das medidas de prevenção adotadas, nomeadamente o encerramento dos serviços de atendimento presencial, o fecho das feiras, a suspensão de eventos e a interdição de equipamentos e instalações municipais.
Referindo-se “à muito preocupante situação de alguns idosos neste contexto em que precisa de ficar em isolamento, muito particularmente a que não dispõe de suporte familiar”, a presidente da autarquia cantanhedense, adiantou ter sido criada no âmbito dos Serviços de Ação Social “uma resposta para assegurar o transporte de medicamentos, alimentos e outros bens de primeira necessidade a esse setor particular da população bastante mais vulnerável nesta situação de crise que o país está a viver, uma resposta que está a ser operacionalizada em articulação com as juntas de freguesia, postos de enfermagem, IPSS, GNR e outras entidades”.
A este propósito, Helena Teodósio, realçou “a importância das famílias enquanto primeiros agentes de proteção civil a quem cabe a missão de proteger todos quantos fazem parte do agregado familiar e colaborar ativamente com as autoridades e agentes de proteção civil”, sublinhando ainda “o papel fundamental de cada cidadão no respeito pelas normas de segurança e na adoção de comportamentos consentâneos com as recomendações das autoridades de saúde”.
Por outro lado, foram enfatizados pela generalidade dos elementos da comissão os fortes constrangimentos que o combate ao surto epidemiológico está a levantar aos serviços de todas as organizações, sobretudo pelos mecanismos que é necessário implementar para mitigar a sua propagação e impedir que atinja os grupos populacionais mais vulneráveis a esta doença considerada muito letal.
Entre os obstáculos identificados sobressaem as dificuldades em adquirir o equipamento de proteção individual necessário ao desenvolvimento de diário das atividades de proteção e socorro, saúde, abastecimento de serviços e bens essenciais, segurança e ordem pública, tendo sido também referida a necessidade de se equacionarem novas formas de garantir reservas de funcionários em prevenção para acudir a situações inusitadas em cada área de atuação dos agentes de proteção civil, à semelhança do que acontece com as autoridades militares.
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